Após o naufrágio do navio Felicity Ace, cerca de 4.000 carros de marcas do Grupo Volkswagen foram estacionados para sempre a cerca de 3.000 m de profundidade na costa de Portugal. Havia carros convencionais, mas outros eram exemplares muito especiais.
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Em seus andares de estacionamento, o navio RoRo levava 85 Lamborghini. A grande maioria eram Urus, mas 15 deles eram exemplares do Aventador Ultimae, a série limitada a 600 que marcou o fim da produção do superesportivo. Para a sorte dos compradores norte-americanos, a fabricante está disposta a retomar a produção do Aventador para atender aos pedidos.
“Reunimos nossos diretores e, por sorte, estamos dispostos a substituir esses carros, então não haverá perda para nossos clientes nos Estados Unidos. Isso é uma boa notícia. Todos os outros carros poderão ser substituídos. O Aventador será complicado, mas faremos isso”, disse o CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann.
O CEO da Bentley, Adrian Hallmark, também garantiu que a empresa vai fabricar novamente os 189 carros que estavam na embarcação em até seis meses. A Audi, que perdeu 1.800 no naufrágio, também fabricará novamente essas unidades. Só não está claro, ainda, como a Porsche fará com as 1.100 unidades que também foram perdidas.
A Porsche, inclusive, já enfrentou situação semelhante a da Lamborghini. Em março de 2019 o navio Grande America afundou na costa da França com 37 carros da Porsche. Eles saíram de Hamburgo, na Alemanha, com destino ao Brasil.
Entre eles estavam as quatro últimas unidades do 911 GT2 RS. Àquela altura, o esportivo com produção limitada já estava fora de linha. A Porsche do Brasil, então, pediu a matriz para reativar a produção do carro para entregar as unidades aos compradores brasileiros. Cada carro teria custado R$ 2,3 milhões. As entregas aconteceram no segundo semestre do mesmo ano.
O naufrágio do Felicty Ace aconteceu em 1° de março enquanto estava sendo rebocado. Ele havia enfrentado um incêndio, que começou em 16 de fevereiro. Quando começou a ser rebocado, o incêndio já havia sido controlado. Contudo, sua estrutura ficou abalada. Agora repousa a 46 quilômetros do limite da Zona Econômica e Exclusiva de Portugal, onde a profundidade é de aproximadamente 3.000 metros.