‘Jeitinho europeu’: Suzuki Jimny volta à Europa como veículo comercial
Mudança foi necessária para que utilitário se encaixasse em normas mais restritas de emissões no continente europeu
Não é só a Mitsubishi que está em maus lençóis na Europa. A Suzuki também vem enfrentando problemas no Velho Continente com a venda do principal produto de sua gama atual, o novo Jimny. O jipinho precisou ser retirado de linha por culpa do motor 1.5, que não cumpre as regras anti-poluição que entrarão em vigor em 2021.
Embora pequeno, o 1.5 emite elevados 173 g/km de CO2, segundo o método WLTP europeu de medição, bem acima do novo limite para carros de passeio, que será de 95 g/km de CO2.
A versão Sierra vendida no Brasil emite 131 g/km de CO2, segundo o Inmetro. Um Chevrolet Onix LT, com o motor 1.0 de três cilindros sem turbo, emite 87 g/km. Na tabela nacional, o Jimny vendido por aqui emite quase tanto CO2 quanto um Chevrolet Equinox 1.5 turbo.
A saída para a marca continuar vendendo o Jimny no mercado europeu foi tranformá-lo em veículo comercial. Isso porque os limites de emissão para comerciais leves é menos restrito.
Para isso, o modelo perdeu os bancos traseiros e agora tem só dois lugares e “um grande porta-malas”, segundo a própria Suzuki. De fato, espaço para bagagens nunca foi ponto forte do Jimny.
O novo modelo comercial consegue levar até 863 litros atrás dos bancos dianteiros. São 33 litros a mais do que o Jimny convencional já com os bancos de trás rebatidos. Há uma divisória de segurança para deixar a carga no compartimento traseiro.
Ao menos, o Jimny LCV, como será chamado agora na Europa, mantém os vidros nas janelas traseiras, para não deixá-lo com totalmente com jeito de furgão de carga. As rodas são de ferro e pintadas de preto.
O aclamado sistema de tração integral com reduzida continua presente na versão comercial, bem como o polêmico 1.5.
Para a Suzuki, sairia muito caro desenvolver um novo motor, mais moderno, para atender às exigências apenas do mercado europeu. A conta não deve ter fechado mesmo com a alta procura pelo modelo. A espera por uma unidade chegou a bater um ano em alguns países do bloco.
No restante do mundo, inclusive por aqui, o Jimny continuará sendo vendido com o (apertado) banco traseiro.
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