Segredo: econômico, Jeep Commander busca não parecer um Compass gigante
SUV de sete lugares que estreia no segundo semestre com pelo menos duas versões, Limited e Overland, e ameaça até o Toyota SW4
A Stellantis já tem três carros produzidos sobre a mesma plataforma em Goiana (PE): a Fiat Toro e os Jeep Renegade e Compass. O quarto modelo é o Jeep Commander, um SUV de sete lugares inédito, que estreia primeiro no Brasil ainda em 2021 e que teve seu nome descoberto por QUATRO RODAS.
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A Jeep, que adora esconder recadinhos em seus carros, disfarçou o nome do novo SUV na música de fundo de um videoteaser que antecipara algumas linhas do modelo. O piano que tocava uma nota só ao fundo, na verdade, reproduzia Commander codificada em Morse.
Ainda assim, uma publicação da Stellantis no Linkedin dava a entender que o nome definitivo poderia ser Grand Commander, mesmo nome de um Jeep desenvolvido especificamente para a China e lançado em 2018, mas que não vende bem.
O SUV chinês é baseado na plataforma Compact Wide, mesma do Cherokee. O Commander brasileiro, porém, usa a Small Wide dos outros carros fabricados em Pernambuco. Na verdade, seu ponto de partida foi o Jeep Compass, de quem aproveitará toda a estrutura até o fim das portas dianteiras.
O entre-eixos será alongado em aproximadamente 15 cm a partir das portas traseiras, e o balanço traseiro também será maior para que sobre algum espaço no porta-malas quando a terceira fila estiver armada.
Até mesmo o interior será compartilhado com o Compass. Flagra enviado pelo leitor Thiago Arouche revela que o Commander terá apenas a faixa cromada em dourado no painel e o console central com material de toque macio nas laterais para se diferenciar. Será melhor, mas não a ponto de ser luxuoso.
A carroceria, porém, terá mudanças suficientes para garantir certa independência ao Commander. Na frente, os faróis full-led exclusivos, com apêndices cromados rentes ao capô, se destacam tanto quanto as luzes diurnas de led interligadas por uma barra cromada no para-choque. A grade, por sua vez, aposta em pequenos retângulos com efeito flutuante e em apliques cromados.
A traseira também será bem distinta da do Compass. As lanternas estreitinhas e bem rentes ao pequeno vidro traseiro são inspiradas no novo Jeep Grand Cherokee L, mas a tampa do porta-malas será muito mais reta e a traseira, bastante quadrada.
O vão da placa e a régua acima, bem horizontais, têm a missão de dar a impressão visual de que o carro é mais largo do que realmente é – afinal, terá o mesmo 1,82 m de largura (sem espelhos) do Compass.
O maior Jeep nacional estará disponível tanto com o novo motor 1.3 GSE Turbo de 185/180 cv e 27,5 kgfm de torque, com câmbio automático de seis marchas, quanto com o motor 2.0 Multijet turbodiesel, mas com chance de este surgir em uma versão mais forte.
QUATRO RODAS descobriu que a opção flex já possui duas versões aprovadas, Limited e Overland. O consumo do SUV promete ser bem satisfatório, com rendimento na casa de 12,63 km/l (cidade/gasolina) e 15,44 km/l (estrada/gasolina).
Já o motor diesel, além de receber sistema de tratamento de gases com Arla 32 (ureia), teria ganho de potência: saltaria dos 170 para mais de 200 cv e o torque, dos 37,5 para mais de 40 kgfm. Mesmo com mais potência, este motor seguiria aliado ao câmbio automático de nove marchas e à tração 4×4.
Considerando os preços do novo Jeep Compass 2022, o Jeep Commander nacional teria preços entre os R$ 200.000 e R$ 260.000, e promete dar dor de cabeça tanto para os Caoa Chery Tiggo 8 e Volkswagen Tiguan quanto para o Toyota SW4.
A fabricante ainda divulgou um teaser que deixa ver a linha de perfil do carro:
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