Jac E-J7 é sedã elétrico rápido, com 400 km de autonomia e ruim de curva
Chinês elétrico tem a ambição de disputar com os sedãs de luxo alemães pelo seu bom desempenho e preço, será que só isso é suficiente?
O Jac E-J7 desembarcou no Brasil no início do ano com a grande oportunidade de não ter rivais diretos. Foi o primeiro sedã de grande porte elétrico do país e era o único até o lançamento do BYD Han. E para 2023 está confimado o lançamento do BMW i7.
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QUATRO RODAS apresenta, em vídeo, as qualidades e defeitos do sedã elétrico da JAC, que vem se segurando no mercado brasileiro graças a sua ofensiva de carros elétricos. Ela, inclusive, pode considerada a marca mais versátil nesse segmento.
Afinal, vende desde hatch compacto, o E-JS1 até a SUV médio, picape e caminhões – todos eletrificados.
A marca chinesa tem a ambição de posicionar o JAC E-J7 como alternativa aos sedãs médios alemães de luxo, equipados com motor a combustão. Afinal, ele pode acelerar até os 100 km/h em apenas 5,9 segundos – quase dois segundos mais rápido que um BMW 320i.
Porém é sabido que apenas bom desempenho e um preço mais acessível não é suficiente para conquistar o público que tem R$ 259.900 para comprar um sedã.
Tamanho e desempenho
O E-J7 foi construído em plataforma própria, mas quem assina o desenvolvimento é a alemã Volkswagen, dona de 75% da divisão de elétricos da JAC.
A linha de teto não forma nenhum ângulo com o porta-malas. A lateral ganha evidência ao por um vinco em alto relevo que eleva a linha de cintura do modelo, a qual, combinada com a área envidraçada reduzida, confere uma sensação de robustez ao carro. O que realmente impressiona é o seu porte. Ele tem 4,77 metros de comprimento, 1,82 de largura e 2,76 metros de entre-eixos.
O motor elétrico do JAC E-J7 tem 193 cv e 34,7 kgfm, suficiente para ir de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos. O desempenho está entre os pontos fortes do E-J7 e as retomadas e acelerações são excelentes.
Porém em curvas mais acentuadas a carroceria rola mais do que deveria e os pneus perdem aderência com facilidade. No dia a dia os pneus não chegaram a cantar, mas em circuito fechado esse ruído foi constante tanto nas curvas quanto em frenagens mais bruscas.
Essa perda de aderência pode ser creditada aos pneus ou à suspensão ineficiente, embora o E-J7 tenha suspensão multilink na traseira. Além disso, a direção também se mostrou mais leve do que deveria mesmo com o modo Sport ativado, o que traz menos segurança para contornar as curvas.
Autonomia e recarga
O grande trunfo do sedã está no fato de ser relativamente leve e isso contribui para uma autonomia maior. O E-J7 pesa 1.650 kg e tem consideráveis 402 km de autonomia declarada pela marca.
O conjunto de baterias de fosfato de ferro de lítio totalizam 50,1 kWh de capacidade – a mesma oferecida pelo Peugeot 208 e-GT que pesa apenas 120 kg a menos e tem autonomia de 340 km.
Deve-se levar em conta, porém, que o JAC E-J7 (assim como outros modelos da marca) só tem bocais de carregamento compatíveis com o padrão chinês GB/T, que não é encontrado nos carregadores públicos disponíveis no Brasil. O padrão mais utilizado em nosso país é o chamado Tipo 2 e, por isso, torna-se necessário o uso de um adaptador. Ele é oferecido como opcional ao custo de R$ 13.900 (o preço de um carregador) e limita a velocidade de recarga.
O JAC é mais barato que os sedãs premium alemães, que têm preços entre R$ 280.000 e R$ 380.000. Mas vale pagar R$ 259.900 nele?