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Grandes Brasileiros: VW Kombi Cabine Dupla

Econômica e usada para lazer e trabalho, ela era a única cabine dupla de fábrica na época

Por Fabiano Pereira
9 ago 2017, 17h26 •
Ela tinha duas portas à direita e uma à esquerda
Ela tinha duas portas à direita e uma à esquerda (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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  • Ela tinha duas portas à direita e uma à esquerda
    Ela tinha duas portas à direita e uma à esquerda (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Os anos 80 consagraram um mercado que já existia desde os primórdios da nossa indústria: o das picapes de cabine dupla. Praticamente restrito ao universo das transformações, ele se apoiava nas picapes grandes da Ford e da Chevrolet como base.

    Entre as exceções, havia raras opções desenvolvidas a partir de furgões, ou seja, com a dianteira de um monovolume. Foi assim com a Gurgel G-800, nascida como o elétrico Itaipu E-400, e com a Fly, derivada da Poá Caravelle, produzida pela Sulamericana a partir da mecânica Ford.

    De série mesmo só havia um representante, a VW Kombi de cabine dupla, apresentada em 1981.

    Além da caçamba, havia sob o banco traseiro um bom espaço para bagagens escondidas dos curiosos
    Além da caçamba, havia sob o banco traseiro um bom espaço para bagagens escondidas dos curiosos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Ela levava além a praticidade do transporte da Cabrita, apelido da picape de cabine simples, que existia desde 1967. Com espaço para seis pessoas mais carga, atendia tanto a chamados profissionais quanto a missões de lazer.

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    Caçamba tinha 3 metros, mas pouca profundidade por ficar acima do motor
    Caçamba tinha 3 metros, mas pouca profundidade por ficar acima do motor (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Do lado direito ficava a única porta de acesso ao banco de trás, a exemplo da antiga Chevrolet Amazona – e que três décadas depois soaria como novidade no Hyundai Veloster.

    A cabine dupla veio com outras inovações técnicas. Se o motor 1.6 era oferecido desde 1975, quando a Kombi sofreu a maior reestilização, a linha 1981 inaugurou a versão a diesel, reconhecível pela grade do radiador ressaltada entre os faróis. Era a única opção refrigerada a água na época.

    Para os passageiros de trás da cabine dupla, a divisória metálica junto ao encosto dianteiro restringia o espaço das pernas.

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    A saliência do estepe, atrás do encosto do banco dianteiro, limitava ainda mais o espaço traseiro
    A saliência do estepe, atrás do encosto do banco dianteiro, limitava ainda mais o espaço traseiro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Em janeiro de 1982, seria a vez de a QUATRO RODAS comprovar o maior mérito do motor a diesel: seu baixo consumo. “A começar pelo uso urbano, onde fez 15,23 km/l (…) rodando sem carga”, dizia a reportagem. “Para passar ao consumo rodoviário onde, a 80 km/h reais, fez 15,52 km/l vazio e 13,65 km/l carregado com 1 tonelada.”

    Em 1982 surgiu o modelo a álcool e, um ano depois, ela recebeu novos painel e volante. O freio de mão foi do assoalho para baixo do painel, o cinto de segurança era de três pontos e o freio a disco estreou na dianteira.

    Na dianteira, dois bancos e espaço para três passageiros
    Na dianteira, dois bancos e espaço para três passageiros (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    Foi a versão a álcool, a mais vendida, que QUATRO RODAS testou em julho de 1983. Parecia outro carro. Foram 5,61 km/l na cidade e 7,07 km/l na estrada, levando 1 tonelada.

    O conforto ganhou pontos com o volante mais vertical, o que diminuiu a sensação de dirigir um ônibus. O apoio de cabeça era opcional, mas ainda faltava a inclinação do encosto do banco e uma alavanca de câmbio mais alta para melhorar a posição de dirigir.

    Bancos de veludo e ar quente eram itens da versão de exportação
    Bancos de veludo e ar quente eram itens da versão de exportação (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O exemplar 1984 a álcool das fotos foi comprado novo pelo pai do atual dono, que diz tratar-se de um modelo de exportação, caracterizado por carpete, bancos de veludo, encosto de cabeça, ar quente e pintura saia e blusa. “Ela foi usada por um ano para ir ao sítio da família ou à praia e costumava levar uma moto na caçamba. Depois de 35.000 km, ficou dez anos parada. Desde então, só rodou 5 000 km.”

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    Motor a álcool de 68 cv fazia 5,6 km/l na cidade, com carga
    Motor a álcool de 68 cv fazia 5,6 km/l na cidade, com carga (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Curiosamente, sua aposentadoria veio na mesma época em que as versões a diesel e cabine dupla saíram de linha, em 1985.


    Teste QUATRO RODAS – julho de 1983

    Aceleração 0 a 100 km/h: 32,79 s
    Velocidade máxima: 119,601 km/h
    Frenagem 80 km/h a 0: 32,83 m
    Consumo: 5,61 km/l (urbano), 7,07 km/l (rodoviário, carga total), 7,70 km/l (rodoviário, vazio)
    Preço (junho de 1983): R$ 3.823.041
    Atualizado (INPC / IBGE): R$ 67.392

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    Ficha Técnica – VW Kombi Cabine Dupla 1983

    Motor: traseiro, 4 cilindros contrapostos 2 a 2, horizontal, 1.584 cm³, 2 carburadores de corpo simples, refrigeração a ar, a álcool
    Diâmetro x curso: 85,5 x 69,0 mm
    Taxa de compressão: 10,0:1
    Potência: 68 cv a 4.800 rpm
    Torque: 12,5 mkgf a 2.800 rpm
    Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira
    Dimensões: comprimento, 444 cm; largura, 175 cm; altura, 193 cm; entre-eixos, 240 cm; peso, 1.185 kg
    Suspensão: Dianteira: independente, barras de torção em feixe, barra estabilizadora. Traseira: independente, barras de torção cilíndricas
    Freios: disco na dianteira, tambor na traseira
    Rodas e pneus: aço, 5,5 x 14; pneus 7,35 x 14

     

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