Fiat Pulse Hybrid e Fastback Hybrid: tudo o que sabemos sobre os híbridos
Dupla será a primeira a usar o motor 1.0 turbo com sistema híbrido-leve da Stellentis no Brasil
As fabricantes estão se movimentando para atender as novas normas de emissões não só do Proconve L8, que começa a valer em 1º de janeiro de 2025, como também as futuras regras do IPI Verde do Programa Mobilidade Verde (Mover) do governo. Um dos métodos que será muito utilizado é a adoção de um sistema híbrido-leve. A Fiat é a primeira marca a produzir um carro com esta tecnologia no Brasil, apresentando o Pulse Hybrid e Fastback Hybrid.
Produzidos em Betim (MG), tanto o Fiat Pulse quanto o Fastback trarão a mesma mecânica, combinando o 1.0 turbo ao sistema MHEV. A Stellantis tem chamado a tecnologia de Bio-Hybrid, por usar a eletrificação junto com o etanol para reduzir as emissões de poluentes.
Com a estreia marcada para novembro, a Fiat não está divulgando os detalhes neste momento, somente confirmando que Pulse e Fastback estreiam o sistema e que confirmando que será usado no motor 1.0 turbo. Diversas informações já apareceram sobre os carros, sejam elas divulgadas anteriormente pela Stellantis, apuradas por QUATRO RODAS ou até de alguns vazamentos. Então veja o que já sabemos sobre os primeiros híbridos da Fiat.
Híbrido mais simples
A eletrificação pode acontecer em níveis diferentes até chegar ao carro elétrico de fato. O híbrido-leve é o ponto de entrada e menos custoso. O alternador é substituído por um gerador elétrico, que além de cumprir o papel do seu antecessor, também é capaz de mover o veículo por poucos metros.
Não é um sistema robusto. O motor-gerador entregará algo em torno de 4 cv, o que é muito pouco para trabalhar sozinho em mover o veículo, mostrando que atuará mais nas saídas da imobilidade e acelerações, reduzindo a carga do motor a combustão. A bateria de íons de lítio deve ter menos de 1 kWh. Como comparação, o Toyota Corolla Hybrid tem uma bateria de 1,3 kWh.
A combinação do gerador e da bateria pequena é mais barata do que um sistema mais robusto como um híbrido pleno (HEV). É uma solução adotada na Europa para atender às normas mais restritas do Euro 7, e está cada vez mais comum nos carros de entrada.
A Stellantis divulgou uma imagem com o emblema que será usado pelo Pulse e pelo Fastback, confirmando que irá combinar o motor 1.0 turbo de três cilindros, chamado também de T200, ao sistema MHEV. Seguirá gerando 130 cv e 20,4 kgfm de torque. A transmissão deverá ser a mesma, com o CVT simulando sete marchas. Ainda não falam sobre a utilização em conjunto ao 1.3 turbo.
Ganhos pequenos
Esta tecnologia não foi feita para andar muito tempo sem usar combustível. Dependendo da aplicação, é possível rodar alguns quilômetros ao usar o sistema start-stop, desligando o motor a combustão por alguns segundos em velocidade de cruzeiro, usando a força do gerador apenas para manter o movimento. Alguns carros desativam alguns dos cilindros ao invés do motor inteiro.
Ainda não sabemos como funcionará no Bio-Hybrid MHEV. O provável é que atue como a maioria dos carros na Europa, ajudando no impulso inicial, para que o motorista tenha que pisar menos no acelerador.
Informações vazadas já revelam a diferença no consumo do Fiat Fastback pelo Inmetro. Segundo o perfil stellantis_clube no Instagram, o SUV cupê passará dos 8,1 km/l para 9,6 km/l na cidade, um ganho de 1,5 km/l (15,6%) com etanol. Na estrada, irá de 9,7 km/l para 10,9 km/l, uma diferença de 1,2 km/l (11%).
O rendimento com etanol mostra por que a Stellantis foca tanto no uso do biocombustível. Com gasolina, o resultado não é tão bom. Tem um ganho de 1,3 km/l (10%) no ciclo urbano, passando de 11,3 km/l para 12,6 km/l. No entanto, o rendimento no ciclo rodoviário não mudou e segue fazendo 13,9 km/l.
Quanto vai custar?
Até o momento, existem informações desencontradas sobre como a Fiat posicionará o Pulse Hybrid e o Fastback Hybrid. Alguns rumores dizem que será vendido somente na versão topo de linha Impetus, o que faria mais sentido pela estratégia da fabricante. Isto significa que custaria mais do que os R$ 138.990 cobrados pelo Pulse e R$ 159.990 do Fastback nesta configuração.
Outras especulações falavam sobre o sistema híbrido-leve chegar também à versão Audace, a opção intermediária no portfólio de ambos os SUVs. Hoje, o Pulse Audace custa R$ 123.990, enquanto o Fastback é vendido por R$ 149.990.