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Doze equipamentos simples que todo carro deveria ter

Em alguns casos, nem os custos podem ser usados como justificativa

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 mar 2018, 14h33 - Publicado em 12 abr 2017, 19h16

Ajuste de altura para o cinto de segurança

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Volkswagen Up! não tem ajuste de altura nos cintos de segurança (Marco De Bari/Quatro Rodas)

O interior é (ou deveria ser) projetado para oferecer ergonomia adequada para pessoas de qualquer estatura. Por isso, regulagem de altura no banco e no volante são importantes, mas não tanto quanto o ajuste de altura para o cinto de segurança.

Sem ele, há chances de o cinto passar rente ao pescoço mesmo quando tem ajuste de inclinação. Essa falta é percebida em carros de vários segmentos, como o Volkswagen Up!, o Chevrolet Cruze e até o novo Land Rover Discovery.

 

Porta USB

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Por opção das montadoras, alguns carros de luxo (como o Audi A3) não possuem porta USB (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

Foi-se o tempo em que o USB servia para conectar a impressora ao computador. Hoje, essa conexão é fundamental mesmo em automóveis: você a usa para ouvir músicas de dispositivos móveis e carregar o smartphone (que insiste em ficar com a  bateria nas últimas).

Mas o Up! com central Maps&More e o Audi A3 (até a linha 2016) não oferecem nenhuma entrada USB. O jeito é comprar um adaptador para a tomada de 12V – e rezar para que ele não quebre muito rápido.

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Repetidores de seta nos retrovisores ou para-lamas

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Retrovisor com pisca do Fit 2006. Até hoje alguns carros não têm este item (Christian Castanho/Quatro Rodas)

É muito comum que os motoristas não tenham campo de visão suficiente para ver se a seta do carro ao lado está ligada. Um repetidor de seta nos espelhos externos ou mesmo nos para-lamas resolve o problema – ainda mais nos carros cujo pisca fica na parte interna, e não nas bordas dos faróis. Aliás, o equipamento é item de segurança obrigatório na Europa.

No Brasil, como não há legislação específica, nem mesmo modelos completos como o Chevrolet Cruze têm repetidores nas laterais – o modelo vendido nos Estados Unidos conta com o recurso nos retrovisores.

 

Indicador de marcha em carros automáticos

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Nos Audi, o carro mostra a marcha em uso mesmo em modo “Drive” (Divulgação/Audi)

É normal que veículos com transmissão automática não mostrem no painel em qual marcha o câmbio está funcionando (a não ser que esteja em modo sequencial). Só que isso faz muita falta para motoristas que desejam analisar mais a fundo o funcionamento do conjunto de motor e câmbio em diferentes momentos – como por exemplo a marcha que está sendo utilizada em regime de cruzeiro na estrada.

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Para acompanhar a evolução das marchas, os carros poderiam adotar a solução de alguns Volkswagen e Audi: a marcha em uso é indicada ao lado do onipresente “D” em modo automático.

 

Botão de volume giratório

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A central MyLink 2, da Chevrolet, ganhou botões físicos em sua segunda geração (Joao Mantovani/Quatro Rodas)

Teclas e comandos são projetados para ser intuitivos. Ou seja, para que o motorista não precise desviar sua atenção ao operá-los. Mas nem sempre é assim. Controlar o volume pela tela touchscreen é quase perigoso: você não tem a identificação tátil (portanto precisa olhar para onde está encostando), e o acionamento costuma demorar.

Ainda não inventaram maneira mais rápida e segura de ajustar o volume do que através do botão giratório, principalmente quando é necessária uma mudança drástica – ou quando você se esquece de que há aquele botão de função Mudo no volante.

 

Ajuste milimétrico dos bancos

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Família Gol mantém o ajuste do encosto por polia (Divulgação)
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Existem motoristas que não conseguem dirigir enquanto não encontram a inclinação perfeita para o encosto do banco. Quando o ajuste é feito por alavancas, exigindo o trabalho do corpo para realizar o movimento, fica quase impossível fazer uma regulagem milimétrica – trata-se de um impedimento técnico do equipamento, que funciona por catracas.

O sistema de polia, acionado por comando giratório, é a melhor solução. Nem deve custar mais caro – mas algumas montadoras, talvez por teimosia, preferem torturar o condutor em busca da posição de dirigir mais adequada.

 

Vidros elétricos com função “um-toque”

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Comando de acionamento dos vidros elétricos: função “um-toque” apenas para o motorista (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Esse recurso permite que os vidros sejam abertos ou fechados totalmente com apenas um toque no botão. Alguns carros atuais nem contam com o sistema, como o Up!. Outros têm a função apenas para o motorista, caso da maioria dos carros de origem asiática.

Neste último caso, acaba tornando-se comum o condutor se esquecer de fechar completamente os outros vidros, deixando frestas abertas nas portas sem a função um-toque.

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Marcador de temperatura do líquido de arrefecimento

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Hyundai HB20 tem marcador de temperatura digital (Marco De Bari/Quatro Rodas)

Os fabricantes têm optado por eliminar esse indicador de seus carros. Sua função é mostrar variações de temperatura que podem indicar falha no motor. Contudo, é raro ver um motor moderno (lê-se com menos de 20 anos) superaquecer.

Por causa disso, as fábricas estão suprimindo o termômetro – só a luz-espia denuncia a temperatura excessiva do propulsor. O problema é que quando a luz-espia acende, o problema já foi consumado. Pelo menos em teoria, um termômetro convencional pode indicar ao motorista que algo não está certo com mais antecedência, antes de o motor ferver.

 

Faróis com desligamento na chave

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A não que os faróis desliguem na chave ou o carro tenha acendimento automático, as chances de esquecer as luzes ligadas são grandes (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Não existe alerta de faróis ligados tão eficiente quanto a solução mais simples de todas: desativar as luzes quando o carro é desligado. Modelos um pouco mais sofisticados possuem sensor crepuscular (ou função Auto). E diversos carros disparam um alarme sonoro quando as portas são abertas com os faróis ligados e a chave fora do contato.

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Quando nenhuma dessas funções estão disponíveis, entretanto, as histórias de luzes ligadas e bateria descarregada se acumulam – principalmente de dia, quando a percepção de que os faróis estão acesos é menor.

 

Velocímetro digital

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Velocímetro digital facilita a consulta do motorista (Marco De Bari/Quatro Rodas)

Os velocímetros analógicos não precisam necessariamente ser substituídos por telas de alta definição. Mas ter o velocímetro digital de apoio no computador de bordo ajuda bastante.

Se você vive em cidades – ou roda por estradas – povoadas de radares, o velocímetro digital é ainda mais útil, permitindo manter-se no limite de velocidade com mais precisão.

 

Função um-toque para seta

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Função que aciona a seta para mudanças de faixa é mordomia útil (Marco De Bari/Quatro Rodas)

Basta um leve toque na haste de seta e o indicador pisca três vezes. Ou cinco, no caso dos Fiat e Jeep. O recurso é útil em mudanças de faixa, em que essas breves piscadas são suficientes para alertar os motoristas ao redor. Isso também evita que o motorista tenha de desarmar a seta após a manobra.

Mesmo assim, modelos de sucesso (e nem um pouco baratos) como Hyundai HB20 e Toyota Etios não têm o um-toque nem em suas versões mais caras.

Vidros com fechamento global

No mundo ideal, todo carro teria fechamento dos vidros automático ao trancar o carro pela chave
No mundo ideal, todo carro teria fechamento dos vidros automático ao trancar o carro pela chave (arquivo/Quatro Rodas)

Pelo menos no Brasil, há um mistério envolvendo o sistema de vidros elétricos que se fecham sozinhos quando o carro é trancado pela chave. Pouco tempo atrás, até modelos populares como a linha Gol e o Ford Ka ofereciam o equipamento – que garante que nenhum vidro fique aberto quando você aciona a trava.

Hoje, eles estão cada vez mais restritos aos modelos mais caros. E são diversos os exemplos de veículos de categoria superior que não contam com tal comodidade. Não há justificativa para isso: é possível ativar a função com um módulo eletrônico vendido como acessório, com preços a partir de R$ 60.

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