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Citroën C4 Cactus, a arma francesa na briga dos SUVs compactos

Na Europa ele tem status de hatch médio; Aqui, irá brigar no segmento mais quente do mercado. Chega em seis versões, com duas opções de motor

Por Péricles Malheiros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 jun 2019, 20h37 - Publicado em 30 ago 2018, 11h00
Farol tripartido, como na Fiat Toro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O C4 Cactus estreia carregando um pesado fardo. Bem equipado, com um catálogo variado (inclusive, na oferta de motor e câmbio) e, o principal, um visual arrebatador, ele é o modelo escalado para jogar no campeonato mais disputado do mercado: o segmento dos SUVs compactos.

A expectativa é grande, assim como a chance de se dar bem. Mas não dá para começar a falar do “nosso” Cactus – que será produzido em Porto Real (RJ) – antes de citar o modelo europeu.

Mais do que inspirado no carro de lá, o Cactus brasileiro é uma espécie de reinterpretação. A gente explica. Na Europa, o Cactus nada mais é do que um hatch médio. Mas aqui, não.

De olho no segmento mais quente do momento, a Citroën elevou o seu Cactus (literalmente) a outro patamar.

Na apresentação oficial à imprensa, a engenharia teve a preocupação de destacar o tempo todo que o trabalho aplicado na “conversão” havia ido muito além de deixar a suspensão mais alta. Mas, na prática, essa é mesmo a mudança mais relevante.

E isso é uma boa notícia, já que, assim, ele passou a ter ângulos de entrada (22o) e saída (32o) e altura livre (22,5 cm) do solo na média da sua concorrência direta, como EcoSport (respectivamente, 24o, 28o e 20 cm), Captur (23o, 31o e 21,2 cm), Tracker (17o, 29o e 16,2 mm) e companhia limitada.

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Mas a Citroën, assim como qualquer outra grande fabricante de automóveis, não é boba. Então, para não naufragar entre os SUVs compactos, ela deu ao seu lançamento o elemento mais valorizado em qualquer que seja o segmento: design diferenciado.

Faz sentido, afinal nem o mais racional dos compradores aceita andar de carro feio só porque ele é bom e barato.

Goste ou não do C4 Cactus, ele passa longe da fórmula básica de proporção e estilo dos orientais Honda HR-V, Hyundai Creta e Nissan Kicks.

Resumo da ópera: o layout é a grande aposta desse novo Citroën.

Teto bicolor: opcional de R$ 300 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A pintura do teto em tom diferente da carroceria é opcional e custará R$ 300. O que varia é o valor da pintura: de R$ 1.390 (metálicas) a R$ 1.790 (perolizada).

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A cor Vermelho Aden será disponibilizada apenas na fase de lançamento, sem custo. Depois, a única cor que não será cobrada à parte será a Preto Nera.

O conjunto ótico, assim como na Fiat Toro, é tripartido, com DRL no alto, farol principal no centro e de neblina na zona baixa do para-choque.

Este, exibe fendas falsas, utilizadas também na traseira.São recursos estéticos. Da maneira como são aplicados, fazem com que a percepção seja de um carro largo na porção inferior, o que confere um ar de robustez.

As barras longitudinais sobre o teto, inexistentes no modelo europeu, também estão lá por uma razão estilística: elas reforçam o lado SUV – você lembra de algum que não as tem?

De quebra, assim como as fendas dos para-choques, elas alteram a percepção do porte, alongando o perfil.

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Para que elas ganhem funcionalidade, o consumidor precisará comprar as barras transversais – ofertadas na linha de acessórios –, o que permitirá o transporte de carga sobre o teto.

A expectativa dos executivos da Citroën é alta. “Contamos com a venda de 1.500 unidades por mês. Se isso acontecer, o Cactus dobrará o nosso volume total. Estamos tão confiantes que deixamos a fábrica pronta para atender a uma demanda ainda maior”, diz Antoine Gaston-Breton, diretor de marketing do Grupo PSA.

Por dentro, o C4 Cactus é menos surpreendente do que por fora. Ainda assim, causa boa impressão.

A versão top de linha Shine 1.6 THP Pack que ilustra esse texto tem até uma pequena faixa emborrachada no painel, um truque para melhorar a qualidade percebida que mantém o custo sob controle.

Central multimídia é item de série (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A central multimídia, compatível com Android Auto e Apple CarPlay, incorpora também os comandos do ar-condicionado.

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Neste caso, o quadro com o conteúdo de cada versão revela uma pegadinha.

O ar digital aparece para todas, afinal, de fato, a interface de operação é sempre a tela da central, mas apenas nas três mais caras é possível contar com a manutenção automática da temperatura selecionada.

Levamos para a nossa pista de testes as duas versões que deverão polarizar a preferência do consumidor: a Feel Pack 1.6 (quatro-cilindros, aspirado, de 118/115 cv) e a Shine 1.6 THP Pack (quatro-cilindros, turbo, de 173/166 cv).

O câmbio é o mesmo em ambos os casos, uma caixa automática convencional, com seis marchas, conversor de torque e trocas sequenciais.

Apenas o diferencial muda, alterando a relação de funcionamento das marchas. Outra mudança mecânica está nos freios: na versão com motor turbo, há discos sólidos na traseira, enquanto o aspirado conta com tambores.

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Na prática, nosso teste de frenagem revelou números muito próximos. A suspensão,baseada em sistema McPherson na dianteira e eixo rígido na traseira, tem acerto para privilegiar o conforto, mas até que ela se entende bem com os pneus 205/55 aro 17.

Ou seja, o lado utilitário vai bem na buraqueira, valetas e lombadas da cidade.

Motor 1.6 THP: 173/166 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Ótimo, afinal esse é o ambiente dos SUVs compactos. Não espere grandes emoções ao volante da versão aspirada.

Acelerações vigorosas, e retomadas rápidas você só vai encontrar no Cactus com motor 1.6 THP.

Se a marca até que conseguiu criar uma percepção de carro maior, durante o uso não há mágica. Na cabine, há bom espaço na dianteira, mas quem viaja atrás fica com a cabeça rente ao teto.

Porta-malas: apenas 320 litros, um dos menores do segmento (Christian Castanho/Quatro Rodas)

E se você precisa de muito espaço para bagagem, pense bem antes de se render ao layout atraente do Cactus: seu porta-malas de apenas 320 litros está entre os menores do segmento.

Ciente da má fama dos carros franceses em geral no mercado,a Citroën preparou um bom pacote.

A cesta de revisões até 60.000 km totaliza R$ 3.552, valor na média do segmento.

A garantia de três anos também acompanha o padrão do mercado. Quem adquirir o C4 Cactus no período de pré-venda, feita pelo site da marca, terá isenção de pagamento das três primeiras revisões.

Este é o leque de versões e conteúdos

Versão Live 1.6 Feel 1.6 Feel 1.6 Feel Pack 1.6 Shine 1.6 THP Shine 1.6 THP Pack
Câmbio manual manual automático automático automático automático
Preço R$ 68.990 R$ 73.490 R$ 79.990 R$ 84.990 R$ 94.990 R$ 98.990
Conteúdo DRL, lanternas de led, trio elétrico, ar, computador de bordo, volante com ajuste de altura e profundidade, rádio com Bluetooth, barras de teto, painel digital, rodas de aço aro 16 Versão anterior mais alarme, faróis de neblina, câmera de ré, piloto automático, multimídia, volante multifunção, banco traseiro bipartido, rodas de liga leve aro 17 Versão anterior mais controles
de estabilidade e tração, auxílio de partida em rampa, faróis de neblina com acendimento em curva, alerta de baixa pressão dos pneus
Versão anterior mais airbags laterais, chave presencial, faróis e limpadores com acionamento
automático, ar 
digital, volante
de couro, painel 
emborrachado
Versão anterior
mais seletor
giratório de 
tipo de terreno Grip Control,
revestimento
interno de
couro, freio
a disco nas
quatro rodas
Versão anterior mais airbags de cortina,
retrovisor 
eletrocrômico,
alerta de colisão e de saída involuntária de faixa, frenagem automática

 

Teste (com gasolina)  Citroën C4 Cactus Shine 1.6 THP Pack

Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,3 s
Aceleração de 0 a 1.000 m: 29,3 s – 178,9 km/h
Retomada de 40 a 80 km/h: 3,6 s (em D)
Retomada de 60 a 100 km/h: 4,4 s (em D)
Retomada de 80 a 120 km/h: 5,4 s (em D)
Frenagens de 60/80/120 km/h a 0: 14,1/25,2/57 m
Consumo urbano: 11,4 km/l
Consumo rodoviário: 14,4 km/l

Ficha técnica – Citroën C4 Cactus Shine 1.6 THP Pack

Preço: R$ 98.990
Motor: flex., diant., transv., 4 cil., 1.598 cm3, 16V, turbo, 77 x 85,8 mm, 10,2:1, 173/166 cv a 6.000/6.000 rpm, 24,5/24,5 mkgf a 1.400/1.400 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (diant.)/eixo de torção (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), sólido (tras.)
Direção: elétrica; 3 voltas
Rodas e pneus: 205/55 R17
Dimensões: comprimento, 417 cm; largura, 171,4 cm; altura, 156,3 cm; entre-eixos, 260 cm; altura livre do solo, 22,5 cm; peso, 1.214 kg; tanque, 55 l; porta-malas, 320 l

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