O R8 GT Spyder leva a exclusividade a um nível extremo. Dois serão vendidos no Brasil. Outros 331 serão disputados ao redor do planeta, pois a produção será limitada a 333 unidades. Para reforçar essa exclusividade, o número da unidade é gravado no pomo do câmbio. QUATRO RODAS levou para a pista de testes a 000/333, a mesma utilizada no Salão do Automóvel.
Se parado ele chama a atenção até de quem está acostumado às novidades, andando não tem como esconder seu rugido. O motor V10 5.2 ronca alto a cada acelerada, maltratando os quatro pneus ao despejar 55,1 mkgf de torque sobre eles. Gastamos 4,2 segundos para ir de 0 a 100 km/h, a mesma marca que conseguimos com a versão cupê, em setembro de 2011. O modelo fechado atingiu 319 km/h e a Audi afirma que o conversível também o acompanha. No entanto, por falta de pista não foi possível repetir o teste com o Spyder.
A receita de ambos é parecida. A carroceria é feita de alumínio e magnésio, com polímero reforçado com fibra de carbono em peças estruturais. Os bancos também usam carbono e os para-choques utilizam nylon. Tudo visando à redução de peso. O total ficou em 1640 kg, 115 kg a mais que o cupê. Por causa dos reforços na carroceria, o incremento foi irrisório. Prova disso é que os números de aceleração e retomada do Spyder foram praticamente iguais aos do R8 GT. As frenagens foram mais prejudicadas, ficando cerca de 10% piores que as do cupê.
O modelo é o conversível mais caro e também o mais veloz da Audi. Foi criado para fazer frente a rivais como Ferrari 458 Spider (570 cv) e Lamborghini Gallardo Spyder (560 cv). Embora custe uma fortuna, é um valor menor que o dos rivais, que custam 2,05 milhões e 1,65 milhão de reais, respectivamente.
O jeitão de obra de arte não o livra de críticas. A transmissão automatizada de embreagem simples tem “buracos” entre as trocas de marcha. Impressiona, sem dúvida, mas fica a sensação de que há espaço para melhorar.
VEREDICTO
A exclusividade não tem preço, mas há carros tão legais quanto. O 911, SLS, Gallardo e até o Continental são possibilidades.
Bancos tipo concha só têm ajuste longitudinal | Aerofólio e defletores são de fibra de carbono | Interior simplificado visa a redução de peso.
| Motor | central, longitudinal, V10, 40V |
|---|---|
| Cilindrada | 5204 cm3 |
| Potência | 560 cv (G) a 8000 rpm |
| Torque | 55,1 (G) mkgf a 6500 rpm |
| Câmbio | automatizado, 6 marchas, tração integral |
| Dimensões | comprimento, 443 cm; largura, 190 cm; altura, 123 cm; entre-eixos, 265 cm |
| Peso | 1640 kg |
| Equipamentos | banco concha, rodas de 19 pol., launch control, som da grife Bang & Olufsen |
Como a Lecar perdeu a oportunidade de não virar piada no Salão do Automóvel
Mitsubishi Triton Savana estreia com a mesma receita de 21 anos atrás e motor biturbo
Nova geração da Nissan Frontier é uma Mitsubishi Triton com outro nome
Salão repleto de carros elétricos não tem carregador e já sofre com a Fórmula E
Maior novidade da BYD no Salão do Automóvel ficará escondida por três dias







