À venda, só que não: esses são os carros mais difíceis de vender

Oito anos atrás, essa Astrovan americana 1993 teve sua foto divulgada na internet. À época, a van tinha 16 anos – nem havia terminado o Ensino Médio.

O dono, Luiz Carlos Diegues, aos 62 anos (em 2017), decidiu passar adiante o Chevrolet e ainda não achou um novo dono, mas permanece firme à espera por esse momento mágico. E também não arreda o pé quanto ao preço.

“Tenho o carro desde zero km e portanto sei o seu valor, porém até hoje só recebi propostas de troca ou de valores muito baixos”, diz Diegues.

Hoje, a simpática minivan verde tem 24 anos. Faz tempo que chegou à fase adulta e até teve tempo de terminar a faculdade. Mas continua lá, irredutível em deixar a garagem do pai.

Seus oito anos ininterruptos no ar, ou cerca de 3010 dias, têm razão de ser. Diegues não paga nada a mais pelo anúncio, já que optou por um plano com custo fixo, no qual o carro pode permanecer em oferta “até vender”.

Isso ainda não aconteceu, mas o Chevrolet Astrovan do senhor Diegues já tem o título de anúncio mais duradouro do Webmotors.

Ele diz ser colecionador de clássicos e não tem pressa de vender. Aliás, ele tem 10 carros à venda no site de comércio – e os outros anúncios também têm aniversários acumulados.

O anúncio do esportivo nacional com motor 4.1 do Opala também completa aniversário de seis anos

Por coincidência, há outros Chevrolet com dificuldades em ganhar novos lares. O Tigra vermelho da foto abaixo, importado entre final de 1998 e início de 1999, teve poucas unidades vendidas naquela década.

Hoje (dezembro de 2017), há 13 anúncios do cupê. E, na média, eles permanecem juntos na loja virtual em média por 495 dias – ou um ano e três meses cada.

O Tigra 1998 de Amir Musleh é um dos aniversariantes. E também um dos mais velhos da turma: são três anos de anúncio.

“Esse carro é meu xodó e só vou vender pelo preço anunciado. Mas infelizmente só recebo valor abaixo e propostas de troca”, afirma o vendedor.

Nesse mesmo ranking se destacam outros dois: a réplica do esportivo Shelby Cobra e o sedã Chrysler Stratus.

Segundo o site de anúncios, um dos motivos para tanta espera por um novo dono é a raridade dos carros à venda, cujo custo de manutenção é elevado.

Mas há, naturalmente, a questão do preço. Não é incomum que algumas pessoas sejam levadas por terceiros a vender o que não querem. Ou, por não terem a necessidade imediata da quantia, insistem em um valor incompatível com o mercado.

No caso de modelos únicos ou com valor sentimental, a etiqueta passa a ter um peso inflado por uma emoção que não necessariamente afeta os possíveis compradores. E isso faz com que nenhum negócio se concretize.

Os modelos com a maior quantidade de anúncios de longa data

Os anúncios com mais tempo no ar