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Onix: melhor em nada, bom em tudo

Analisamos as qualidades que levaram o Chevrolet à liderança do mercado

Por Vitor Matsubara
Atualizado em 9 nov 2016, 14h42 - Publicado em 5 out 2015, 19h12
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O Chevrolet Onix chegou à liderança de mercado pelo segundo mês consecutivo, segundo o ranking de emplacamentos da Fenabrave, firmando-se como o maior sucesso da General Motors nos últimos anos. Há mais de três décadas a marca não conquistava essa posição na lista de mais vendidos, mérito que havia sido conquistado pelo Monza, em 1984. Mas o que fez o hatch da GM ser tão querido assim?

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Responder essa pergunta não é tão difícil. O Onix pode não ser referência do segmento em nenhum critério, mas está parelho com a concorrência em diversos itens. Vamos ver alguns?

CONFORTO

Nesse item, fica atrás do Hyundai HB20, mas não tão distante. O Chevrolet tem bancos anatômicos, tecidos e plásticos bem acabados e encaixes aceitáveis – o que sinaliza algum capricho na manufatura. Em relação ao espaço interno, suficiente para abrigar quatro adultos, também não há críticas. Porém, a posição de dirigir elevada pode causar estranhamento a quem nunca o dirigiu antes. A razão para isso é o compartilhamento da plataforma, a mesma utilizada no Cobalt e Spin. O volante oferece boa empunhadura e ajuste vertical da coluna. As versões mais caras contam até mesmo com botões para controle do sistema multimídia.

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DESEMPENHO

Isso também não é problema para esse GM. Seus motores (1.0 e 1.4) podem não ser a última palavra em tecnologia (ao contrário de rivais como VW Up, Nissan March e Hyundai HB20, dotados de motores tricilíndricos de 1-litro), mas agradam. A versão de entrada (LT) recebeu uma melhoria em relação ao antigo 1.0 VHCE do Celta, desenvolvendo 80 cv com etanol e 78 cv com gasolina. Já as versões mais caras adotam um 1.4 de 106 cv, quando abastecido com etanol, e 98 com gasolina no tanque. Tanto o 1.0 quanto o 1.4 têm comportamento ágil, sendo mais do que suficientes para o uso urbano diário.

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CONSUMO

De acordo com os testes da QUATRO RODAS, o motor 1-litro fez 7,6 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada, enquanto o 1.4 marcou 7,9 e 10,9 km/l nos mesmos regimes e abastecido com etanol. Se o Onix 1.0 não fica muito longe de HB20 1.0 (8,3 e 11,8 km/l) e Gol 1.0 (8,2 e 12,6 km/l), o 1.4 é mais econômico que o HB20 1.6 16V, que registrou 7,3 km/l na cidade e 10,8 km/l em percurso rodoviário. Já o Palio registrou 7,9 km/l em circuito urbano e 10,6 km/l no percurso rodoviário com motor 1.0 e 7,4 km/l na cidade e 9,4 km/l na estrada com motor 1.6 16V.

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Avaliamos a versão LTZ 1.4 equipada com câmbio manual. Esse motor, aliás, pode ser combinado a uma transmissão automática de seis marchas – a mesma que equipa Cruze, Cobalt e Spin. A ausência do pedal de embreagem não deixa o Onix sonolento, graças ao funcionamento suave e inteligente da caixa automática, calibrada para reconhecer situações corriqueiras em que o motorista precisa de mais força, como ultrapassagens e subidas íngremes.

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CONECTIVIDADE

Aqui está um dos grandes trunfos do Onix. Enquanto muitos rivais demoraram a oferecer centrais multimídia mais completas, o compacto da Chevrolet foi pioneiro na categoria com o MyLink. Há três anos no mercado, essa central continua sendo uma das mais fáceis de operar e visualizar, graças à tela sensível ao toque posicionada no painel. Uma dos trunfos do sistema é a facilidade de uso, permitindo fácil pareamento com o smartphone, permitindo inclusive o streaming de áudio (é possível ouvir no som do carro as músicas armazenadas no celular). O custo também é outro fator importante, já que o equipamento é oferecido como opcional a partir da versão LT por R$ 1.640.

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LISTA DE EQUIPAMENTOS

Falando no recheio, a versão LTZ traz tudo que o consumidor pode desejar em um hatch do segmento compacto. Ar-condicionado e direção hidráulica equipam de série todas as versões do modelo. E o Onix topo de linha também traz computador de bordo, chave canivete, retrovisores elétricos, grade frontal com detalhes cromados, lanternas fumê, maçanetas internas cromadas, rodas de liga leve de 15 polegadas e spoiler traseiro – além da central multimídia MyLink com tela touch de 7 polegadas. Todas as unidades equipadas com o item, aliás, saem de fábrica com o volante multifuncional na linha 2016.

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DESIGN

O visual é o mesmo desde 2012. A Chevrolet já prepara uma leve reestilização para as linhas Onix e Prisma, mudança que deve estrear no ano que vem, mas só o desenho da grade frontal e do para-choque devem ser alterados. Mesmo assim, as linhas da carroceria continuam agradáveis, transmitindo a impressão que o veículo é maior do que ele realmente é – especialmente na largura. Algumas soluções internas inicialmente criticadas, como o painel digital, ganharam aceitação. Mas a posição do puxador de porta, baixa demais e inclinada, é inadequada por conta da ergonomia ruim.

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Com essas características, a primeira colocação no ranking de vendas é compreensível. Com design adequado, boa oferta de espaço e equipamentos, e bom de dirigir, o Onix parece ser mais caro do que realmente é e oferece conteúdo acima da média da categoria, especialmente para quem quer (e precisa) estar sempre conectado. Ainda é cedo para dizer se o modelo da Chevrolet se manterá no topo pelos próximos meses – no acumulado do ano, ainda ocupa a segunda colocação, atrás do Palio. Os predicados para vencer a briga são discretos, mas relevantes.

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