O Hyundai Tucson é um dos poucos carros que foram abordados duas vezes nesta seção. Nada mais natural, considerando seu brutal sucesso.
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Apresentado em 2005, cativou clientes que até hoje não abrem mão de sua robustez, praticidade e facilidade de manutenção.
Nacionalizado em 2010, perdeu a opção do motor V6 e da tração 4×4 na linha 2011, para não brigar com o ix35 – o irmão mais novo só foi superá-lo em vendas em 2015.
A versão de maior aceitação é o Tucson GLS, que no modelo 2013 recebeu o motor Beta 2.0 flex, gerando 146 cv/142 cv, sempre com um câmbio automático sequencial de quatro marchas.
O pacote de entrada (GP44L) traz airbag duplo e ABS. Acima, há o pacote GP45N, que acrescenta bancos de couro sintético, monitor de pressão dos pneus e central com Bluetooth, DVD, GPS e CD Player. Ambos trazem ar digital.
Com grande área frontal, enormes pneus 235/60 e peso de 1.550 kg, o Tucson bebe muito. Com gasolina, suas médias ficam em torno de 6,8 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada. Uma alternativa para isso é optar pelo câmbio manual de cinco marchas, exclusivo da versão GL. Movida só a gasolina, faz 8 km/l na cidade e 12 na estrada.
Mas fique atento: o modelo 2014 é o único com freios ABS. Por isso, evite a versão GL com transmissão automática oferecida até o modelo 2011.
Alto e pesado, não é fácil controlar o Tucson com freios traseiros a tambor e sem o ABS nem o ESP.
Mesmo defasado, o Tucson tem como maior vantagem ter sido desenvolvido na plataforma do Elantra de terceira geração. Com espaço para cinco adultos e porta-malas de 528 litros, é imbatível comparado a Renault Duster e Ford EcoSport, que foram seus principais rivais por anos.
É uma grande virtude quando olhamos para o Jeep Renegade, um projeto atual que oferece um espaço bem menor para ocupantes e bagagem. A idade do Tucson se revela no acabamento interno, que parece realmente ter parado em 2004, quando foi lançado mundialmente.
Curioso é que o Hyundai Tucson só deixou de ser fabricado no Brasil no final de 2018, prestes de completar 15 anos. Nove deles foram com produção nacional e com pouquíssimas mudanças. Por isso, se é difícil identificar visualmente o ano do carro, é grande a oferta de peças, facilmente encontradas dentro e fora das autorizadas.
Robusto e confiável, o SUV tem mecânica simples e conhecida por oficinas independentes.
Problemas e defeitos do Hyundai Tucson:
Câmbio automático – A alavanca deve deslizar facilmente e o engate das marchas deve ser suave e sem trepidações durante as trocas. E cheque se o fluido foi trocado mesmo aos 100.000 km.
Discos de freio – Podem empenar, ainda mais na versão automática, na qual os donos fazem pouco ou nenhum uso do freio-motor. Muito fácil de ser verificado, pois causa uma trepidação típica no pedal.
Coxins – Vibração indesejável em marcha lenta e com o veículo parado indicam desgaste ou rompimento dos coxins.
Suspensão – A calibração firme e o elevado peso não suspenso de rodas e pneus cobram seu preço na vida útil de peças como batentes, bieletas e buchas. Batidas secas e vazamentos são indícios graves de amortecedores sem ação.
Acabamento interno – É bom verificar os plásticos espalhados pelo interior: algumas peças são difíceis de encontrar e custam caro. A persiana do porta-malas e a tampa do estepe devem estar em ordem para evitar ruídos internos.
Caixa de direção – A folga aqui é sanada apenas com a substituição do conjunto de reparo. Barulhos e direção imprecisa são um claro indício de que o sistema vai precisar de um conserto.
Preço médio dos Hyundai Tucson usados (KBB)
MODELO | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 |
Tucson 2.0 16V Gas. Man. | R$ 40.639 | R$ 40.530 |
R$ 45.120
|
R$ 50.335 | – | – | – | – |
Tucson 2.0 16V Gas. Aut. |
R$ 42.190
|
R$ 44.039
|
R$ 48.326
|
– | – | – | – | – |
Tucson 2.0 16V Flex Aut. | – | – |
R$ 47.120
|
R$ 52.240
|
R$ 54.120
|
R$ 60.047 | R$ 64.166 |
R$ 76.630
|
Preço das peças
PEÇAS | ORIGINAL | PARALELO |
Para-choque (dianteiro) | 1.101 | 1.110 |
Farol completo (cada um) | 1.194 | 300 |
Pastilha de freio (par dianteiro) | 573 | 430 |
Disco de freio (par dianteiro) | 980 | 380 |
Amortecedores (jogo) | 2.160 | 2.400 |
A voz do dono
- Nome: Fernando Pavani
- Idade: 26 anos
- profissão: comerciante
- Cidade: Pelotas (RS)
O que eu adoro – “Espaçoso, robusto e versátil, com ótimas soluções, como o vidro traseiro basculante e os bancos que viram uma cama. Bem construído, transmite maior solidez que concorrentes como Duster e EcoSport.”
O que eu odeio – “Consumo alto: andando com calma parece um V6; com pressa, um V8. O motor é subdimensionado, o câmbio limitado e a suspensão firme demais. A posição ao volante é comprometida pela falta de ajustes.”
Nós dissemos
Abril de 2017 – “Tem o melhor custo-benefício entre os SUVs. (…) Por ser largo, tem espaço interno melhor do que nos SUVs derivados de compactos. Três pessoas se acomodam atrás sem reclamar, graças ao assoalho plano (…) A mecânica é datada: o motor 2.0 flex de 146 cv tem projeto antigo e o câmbio automático de quatro marchas dificulta tudo.”