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Chevrolet Corsa Hatch é carro usado potente por menos de R$ 30.000

Segunda geração do Chevrolet Corsa unia muitas virtudes e poucos defeitos, e tinha motores 1.0 e 1.8, mas morreu com um 1.4

Por Felipe Bitu
Atualizado em 4 abr 2024, 09h09 - Publicado em 26 nov 2023, 18h10
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(QUATRO RODAS/Quatro Rodas)

O Corsa hatch de segunda geração foi um daqueles carros com soluções que foram além da expectativa do público: maior que seu antecessor, oferece bom espaço a quatro adultos, que desfrutam de um rodar macio e confortável, mérito em parte do subchassi dianteiro.

A iluminação interna com acendimento gradual e o acionamento automático do limpador traseiro davam um toque de sofisticação a ele, que chegou em 2002 com a tarefa de guerrear contra Palio e Polo.

Chevrolet Corsa 1.8
(Divulgação/Chevrolet)

Explica-se: nos primeiros anos de produção, ele jogou nas duas pontas do mercado, dos hatches premium aos populares. Por isso, não havia diferenciação por versões: ou você levava o hatch com o forte e beberrão motor 1.8 ou contentava-se com o fraco 1.0 VHC, inadequado para o peso do carro.

Chevrolet Corsa 1.8 Flexpower 2006
Computador de bordo, rádio integrado, vidros elétricos e airbag para o mais completo (Divulgação/Chevrolet)

De comportamento pacato, o Corsa cativa mais pela maciez da embreagem, câmbio e direção, inspirando uma tocada tranquila e despretensiosa. O que desagrada nele é o acabamento interno, com plásticos e tecidos de baixa qualidade e arremates mal-feitos, que se degradam com rapidez.

2005 Chevrolet Corsa
Sem rádio, ar-condicionado e vidros de manivela para os mais básicos (Divulgação/Chevrolet)

Em 2005, veio a segmentação das versões Joy, Maxx e Premium. A direção hidráulica era opcional na Maxx, mas o ar- condicionado nessa versão só era oferecido com o motor 1.8, que passou a ser flex no fim do ano.

Chevrolet Corsa
(Divulgação/Chevrolet)

Quem procura os dois como item de série deve focar na versão Premium, que tem como opcional airbag e ABS.
Na linha 2008, estreou o motor 1.4 Econo.Flex, vindo do Prisma. Com isso, 1.0 VHC ficou só na Joy e Maxx, o 1.4 na Maxx e na Premium e o 1.8 restrito ao falso esportivo SS. Porém o Corsa perdia mimos, como a luz interna com acendimento gradual e o acionamento automático do limpador traseiro.

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Chevrolet Corsa 1.8 SS
Chevrolet Corsa 1.8 SS (Divulgação/Chevrolet)

O derrocada começou no modelo 2010, com o fim do 1.0 VHC e do 1.8. O Agile passava a ser o carro-chefe e o Corsa ficou restrito à versão Maxx. E assim ficou até julho de 2012, quando saiu de linha.

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Barato, econômico e fácil de manter, o Corsa ainda tem boa procura entre os usados, dizem os lojistas. E, na hora da oficina, pesquise bem o preço das peças. As revendas vendem com pronta-entrega, mas a variação de preço entre as autorizadas é grande.

Chevrolet Corsa
Unidades dos últimos anos têm barra cromada na grade (Divulgação/Chevrolet)

Fuja da roubada

O Corsa é conhecido pela mecânica simples
e eficiente. o senão fica para a versão Autoclutch, com embreagem automática. Dotado de três módulos e sensores, o sistema servoeletrônico pode dar alguma dor de cabeça em caso de pane.

PREÇO DOS CHEVROLET CORSA USADOS (KBB)

Modelo 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Joy 1.0
R$ 17.624
R$ 18.877
R$ 19.012
R$ 19.948
R$ 23.410
Maxx 1.0
R$ 17.893
R$ 18.928
R$ 19.092
R$ 20.193
Maxx 1.4
R$ 22.901
R$ 25.990
R$ 27.120
R$ 29.183
R$ 30.562
Premium 1.8
R$ 21.009
R$ 21.762
R$ 24.162
R$ 29.382
Premium 1.4
R$ 27.318
R$ 28.352

Problemas e defeitos do Chevrolet Corsa

Caixa de direção – A peça pode apresentar folga, principalmente se o carro foi muito usado em pisos irregulares. Estalos ao esterçar em manobras são comuns e indicam terminais gastos. Uma revisão geral no sistema não sai por menos de 1500 reais, com peças e mão de obra.

Correia dentada – O motor 1.0 VHC não admite descuidos com o estado da correia dentada e do tensionador. Seu rompimento provocará atropelamento das válvulas, exigindo uma cara retífica. Sai mais barato prevenir. A troca fica em 200 reais.

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Acabamento – É o ponto mais crítico do Corsa: plásticos rígidos que riscam e quebram com facilidade, forros de porta que se descolam, estofamento e carpetes desfiados. Uma geral em um bom tapeceiro não sai por menos de 500 reais. Por isso, pechinche ou descarte carros com o interior muito maltratado.

Aterramento – Problema crônico da linha GM,
o aterramento não é bem-feito e, por isso, a corrente acaba fluindo pelo módulo de injeção ou pela bomba elétrica, queimando seus chicotes. O ideal é pedir uma revisão a um bom autoelétrico.

A VOZ DO DONO

“Pequeno mas espaçoso, tem tamanho e suspensões ideais para as grandes cidades. Não esqueceram os porta-trecos nem o espelho no para- sol do motorista. Mesmo com ar e direção, ele anda bem e gasta pouco. Nunca deu problemas e tem peças e mão de obra baratas. A única queixa é mesmo o acabamento, com muito plástico solto, que faz barulho.”

Renata Cavalcante, 26 anos, psicóloga, são Paulo (SP)

O QUE EU ADORO

“O desempenho e o consumo do 1.4 são muito bons. Confortável, tem boa ergonomia e não cansa nem mesmo em viagens longas. O seguro é barato e ainda é fácil de vender.”

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Bruno Daniel Zechmeister, 29 anos, engenheiro, Santo André (SP)

O QUE EU ODEIO

“Acho a suspensão muito mole para uma tocada esportiva e o acabamento é ruim: os forros das portas descolam e os grilos de plástico solto são horríveis.”

Bruno Marques, 29 anos, advogado, uberlândia (MG)

NÓS DISSEMOS – Dezembro de 2007


637_usa_01.jpg “São 105 cv de potência máxima – um haras inteiro acima do palio 1.4, de 81 cv, mais até que o Fox 1.6. o torque diminuiu e isso fez bem ao Corsa. Ficou um carro ágil, sem o nervosismo
do 1.8 ou a apatia do 1.0. Não cansa na estrada e alia esportividade e conforto. (…) os vidros elétricos são tipo um-toque e o controle remoto fecha janelas e tanque de combustível. os faróis de dupla parábola
iluminam melhor e o ar-
condicionado gela muito bem – embora assopre fraco ao abrirmos a recirculação. dócil, avisa quando o motorista começa a passar da conta e perdoa pequenos erros. A suspensão com subchassi absorve bem os buracos da rua. (…) É o único a trazer cinto de três pontos para todos.”

Pense também em um Ford Fiesta Rocam

recall
(ford/Divulgação)

De projeto ligeiramente mais atual que o Corsa, o Fiesta é um carro que alia prazer de dirigir e bom espaço interno. Equilibrado, é obediente aos comandos, sem sacrificar o conforto de marcha. O ponto crítico está no acabamento, um degrau abaixo do do Corsa, mas ele agrada pelo grande número de porta-trecos no interior. O motor Zetec Rocam 1.6 é elogiado pelo elevado torque em baixo giro, enquanto o 1.0 tem desempenho apenas aceitável. Porém ambos são conhecidos pela robustez e confiabilidade. Outras vantagens são o seguro e o custo de manutenção acessíveis, com peças relativamente baratas e disponíveis a pronta entrega.

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