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Chevrolet Classic é carro familiar de R$ 20.000 com manutenção barata

Apesar do projeto ultrapassado, o Chevrolet Classic é econômico, fácil de manter e tem um custo-benefício imbatível nas últimas versões

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 set 2024, 09h03 - Publicado em 18 set 2024, 07h00
chevrolet classic na pista de testes
Classic LS 1.0 modelo 2010 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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Seria ótimo se todas as famílias tivessem um pequeno carro popular para as tarefas diárias e um carro maior e mais potente para encarar as estradas nos fins de semana. Mas em geral as restrições orçamentárias fazem com que elas optem por um único veículo, capaz de combinar as duas necessidades. É sob esse ponto de vista que o Chevrolet Classic se destaca entre os carros usados.

Versátil, o sedã cumpria bem o papel de veículo urbano e estradeiro até sair de linha, 8 anos atrás: o porta-malas acomoda 390 litros, mas não atrapalha na hora de estacionar. O entre-eixos de 2,44 metros oferece espaço apenas adequado a quatro adultos de estatura média, mas o acabamento interno é dos melhores: está um degrau acima dos outros populares mais baratos.

classic
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

Lançado em 2002 como Corsa Classic, tinha motor 1.0 (60 cv) ou 1.6 (92 cv), mas em 2003 recebeu o 1.0 VHC (70 cv), de bom desempenho e consumo adequado, apesar de ruidoso. Tornou-se flex em 2005 (72/70 cv) e recebeu melhorias em 2009, quando foi rebatizado de VHC E (78/77 cv). O 1.6 a gasolina saiu de linha no final de 2006.

Chevrolet Classic Life 1.0 Flexpower, sedã modelo 2006 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
Chevrolet Classic Life 1.0 Flexpower 2006 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Robusto e confiável, o Classic também é amigo do bolso na hora da manutenção: motor, câmbio, suspensões e freios são velhos conhecidos das oficinas, o que facilita e barateia qualquer reparo. O custo de peças também é baixo e elas são facilmente encontradas na enorme rede da GM.

classic
O desenho atual vem de um facelift realizado em 2010 (Divulgação/Chevrolet)

Para comprar o Classic ideal, preste atenção nas versões: a básica é a Life, que trazia como opcionais só ar quente, protetor de cárter e ar-condicionado. A Spirit vinha com direção hidráulica de série e a top Super acrescentava espelhos, frisos e maçanetas da cor do carro, CD player, vidros e travas elétricos, alarme e tapetes de borracha.

Interior do Classic LS 1.0 modelo 2010 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

 

O Chevrolet Classic foi reestilizado em 2010. Foi quando, com novos faróis, lanternas e para-choques ele passou a ter exatamente o mesmo visual do Chevrolet Sail que estava se despedindo do mercado chinês. Passou a ser oferecido só na versão LS, com vários pacotes de opcionais.

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Banco dianteiro do Classic LS 1.0 modelo 2010 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

Ao menos todos têm painel completo – conta-giros, termômetro da água, relógio digital e hodômetro total e parcial. Mas o Classic peca pela idade do projeto: desenho antiquado, ergonomia deficiente e cinto de três pontos para o quinto passageiro.

Banco traseiro do Classic LS 1.0 modelo 2010 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

Antes de sair de linha, em 2016, o Chevrolet Classic ainda ganhou airbags dianteiros e freio ABS a partir da linha 2013. Àquela altura, os freios com sistema anti-travamento eram oferecidos somente no pacote PDA, que também inclui itens como ar-condicionado, direção hidráulica, alarme, de faróis ligados, vidros elétricos nas portas dianteiras e travas elétricas, além do airbag duplo.

Chevrolet Classic Advantage 1.0
Chevrolet Classic Advantage 1.0 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Problemas e defeitos do Chevrolet Classic

Motor do Classic LS 1.0 VHCE modelo 2010 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
Motor do Classic LS 1.0 modelo 2010 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)
  • Correia dentada – O motor VHC não admite descuidos com o estado da correia dentada e do tensionador. Seu rompimento provocará atropelamento das válvulas, exigindo uma cara retífica. Sai mais barato prevenir, gastando cerca de 200 reais entre peça e mão de obra.
  • Comando de válvulas – Nos Classic fabricados até 2009, o comando atuava diretamente sobre os balancins, provocando desgaste dos cames e comprometendo o levante das válvulas. Leve o veículo a uma oficina de confiança e peça uma avaliação da compressão
    dos cilindros antes da compra.
  • Buchas do trambulador – Até 2004, a caixa de marchas usava o tradicional sistema de varão. Com o desgaste das buchas do trambulador, a seleção dos canais da alavanca fica comprometida. O reparo custa em torno de 40 reais.
  • Infiltração de água – Pode ocorrer por três motivos: falha nas borrachas de vedação das portas, dreno do ar-condicionado entupido ou vazamento no ar quente. Nos dois últimos casos, o conserto pode ser feito em loja de ar-condicionado, com o custo indo de 50 a 200 reais.
  • Aterramento – Problema crônico da linha GM, o aterramento é falho e, por isso, a corrente acaba fluindo pelo módulo de injeção ou pela bomba elétrica, queimando seus chicotes. O ideal é pedir uma revisão a um bom autoelétrico.
Motor do Corsa Classic 1.0 VHC, sedã da Chevrolet.
Motor VHC (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Fuja do mico: O VHC a gasolina (fabricado até 2005) sofre de ruídos crônicos no motor, culpa do combustível de má qualidade ou falhas nos pistões, defeito constatado pela fábrica. Na dúvida, descarte o veículo avaliado.

Quanto valem os Chevrolet Classic usados

Modelo 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Chevrolet Classic 1.0 R$ 22.952
Chevrolet Classic LS R$ 25.148
R$ 25.280
R$ 26.957
R$ 29.937
R$ 33.561
R$ 33.245
R$ 36.945
Chevrolet Classic LS c/ar
R$ 35.087
R$ 34.653
Chevrolet Classic Advantage
R$ 28.442
R$ 30.221

O que dizem os proprietários do Chevrolet Classic

Chevrolet Classic 2016
Chevrolet Classic 2016 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

“Único popular com bom acabamento, ele é econômico sem sacrificar o desempenho. Encara cidade e estrada com valentia, porém falta o isolamento acústico para conter o barulho a 120 km/h.
Seu custo-benefício é ótimo e o gasto com manutenção é baixo, mas cuidado com a rede, que teima em sugerir serviços desnecessários.”

Renata Lenzi Meirelles, assistente administrativa, São Paulo (SP)

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Porta-malas do Classic LS 1.0 modelo 2010 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

O que eu adoro? Vivo na estrada, então a simplicidade mecânica é essencial. Ele agrada na disposição do motor, no câmbio de engate macio e preciso e na robustez da suspensão.” – Francisco André Mendes Júnior, consultor, Campo Mourão (PR)

O que eu odeio? Meu carro apresentou queda no desempenho e um problema crônico de aterramento, que arria a bateria e causa panes. E nenhuma autorizada resolve.” – Luana Volpert Rosseti, auditora, São Bernardo do Campo (SP)

Pense também em um Renault Logan

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(QUATRO RODAS/Quatro Rodas)

Seus filhos estão crescidos e você pretende cair na estrada? Nesse caso, vale a pena gastar um pouco mais e levar um Logan para casa: o longo entre-eixos (2,63 metros) é garantia de conforto para até cinco ocupantes, e o porta-malas de 510 litros é o maior do segmento. As 16 válvulas do motor de 1 litro não fazem milagres, mas dão conta de manter o embalo na estrada. A favor do Logan também está o projeto mais moderno, que se reflete na segurança.

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