Nunca se vendeu tantos carros elétricos e híbridos no Brasil
Participação no mercado brasileiro já chega a 1,6% no ano, próxima de modelos abastecidos apenas a gasolina
Mesmo com queda nas vendas gerais de veículos leves, o último mês de agosto representou o melhor período para os carros eletrificados no Brasil. De acordo com a Anfavea, foram registradas 3.873 unidades de híbridos e elétricos. O resultado reflete o aumento da oferta de modelos do tipo no mercado.
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Segundo a associação, foram 3.639 unidades de modelos híbridos, contra 234 elétricos. Mais do que agosto, o ano de 2021 já mostra números superiores para o segmento em relação a todo o ano de 2020. No acumulado, até o último mês, foram 21.397 unidades vendidas, contra 19.745 entre janeiro e dezembro do ano passado.
As vendas mostram uma constante crescente em 2021, com apenas 1.321 unidades em janeiro, abaixo da média de 2020. A evolução constante, porém, fez com que os resultados se superassem. Veja a tabela abaixo:
Mês | Unidades |
Janeiro/21 | 1.321 |
Fevereiro/21 | 1.389 |
Março/21 | 1.872 |
Abril/21 | 2.708 |
Maio/21 | 3.102 |
Junho/21 | 3.507 |
Julho/21 | 3.625 |
Agosto/21 | 3.873 |
A participação de modelos eletrificados, com 1,6% das vendas no ano, já se aproxima dos abastecidos apenas a gasolina, que representam 2,8% do mercado. O crescimento se deve, principalmente, ao aumento na oferta de modelos com essa tecnologia.
Marcas como a Volvo, por exemplo, já têm a linha completamente formada por híbridos e elétricos. Um degrau abaixo, a Toyota aposta nas configurações híbridas flex de seus maiores sucessos, Corolla e Corolla Cross.
Vendas gerais em queda, produção estável
De acordo com os dados da Anfavea, as vendas de veículos leves novos caíram 2,2% em agosto, na comparação com julho. Foram comercializados 158.557 exemplares no último mês. Na comparação com agosto de 2020 a queda foi ainda maior, de 8,8%.
A produção de agosto, por sua vez, ficou estável se comparada com o mês anterior e registrou 147.554 unidades fabricadas em território nacional, um aumento de 0,2%, considerado estabilidade.
Em contrapartida, houve uma queda de 26,8% em relação a agosto de 2020. Os números mostram o impacto da escassez de semicondutores, já que, em agosto de 2020, os resultados ainda eram baixos já que a indústria se recuperava das paralisações causadas pela pandemia da Covid-19 no país.