Novo Renault Kwid elétrico tem data para estrear no Brasil e já muda na Europa
Subcompacto chega a mais do que dobrar a potência e ganha até barra estabilizadora, mas novos ajustes podem não chegar ao Brasil

A Renault marcou para esta semana a estreia do novo Kwid E-Tech no Brasil. Ele passará por uma significativa mudança visual e tecnológica, adotando as linhas já vistas no Dacia Spring, de quem o Kwid tem origem. Porém, o modelo “brasileiro” poderá chegar já defasado, uma vez que o europeu acaba de passar por boas mudanças.
Com desempenho fraco mesmo para padrões europeus, onde o Spring assume uma posição de elétrico urbano, a Dacia elevou a potência do modelo. Até então, ele oferecia versões com motor de 45 ou 65 cv de potência que. Em números oficiais, eles levavam 13,7 e 19,1 segundos para ir de 0 a 100 km/h, respectivamente.

Agora, a versão mais barata do subcompacto passa a ter 71 cv e, a mais cara, chega aos 100 cv. A marca não divulga os novos tempos de 0 a 100 km/h, mas revela os de acelerações entre 80 e 120 km/h. Enquanto a nova versão de 100 cv leva 6,9 segundos para pular dos 80 aos 120 km/h, a de 71 cv leva 10,3 segundos. Para a antiga de 65 cv, o tempo era de 14 segundos e, no caso da de 45 cv, levava-se longos 26,2 segundos.
Para dar conta do novo desempenho, o hatch passa por reforços na seção central da estrutura, com promessa de maior rigidez e uma distribuição de peso otimizada. Ele também ganha novos ajustes de freios, direção e suspensão, além de uma inédita barra estabilizadora. Por fim, adota elementos aerodinâmicos dianteiros, laterais e traseiros para reduzir turbulências que possam afetar sua eficiência energética.

Outra novidade é a troca da antiga bateria de íons de lítio de 26,8 kWh por uma nova, de tecnologia LFP (fosfato de ferro-lítio) pela primeira vez no Renault Group, com 24,3 kWh. Apesar de ter menor capacidade, a nova bateria promete manter a autonomia antiga de 225 km no ciclo WLTP, e eleva a potência máxima de recarga dos anteriores 30 kW para 40 kW.
Aparência não muda
Ainda recente, o Spring não passará por alterações de aparência – com exceção de uma nova cor para a carroceria, em um tom azul acinzentado. Ele manterá os faróis divididos, com a assinatura superior em led e os principais em posição inferior, por projetores, bem como o para-choque com um aplique hexagonal.

A única diferença entre os “primos” fica na grade superior, que passa por mudanças para trocar o “DC” da Dacia pelo losango da Renault – essa mudança ainda não teve imagens reveladas, já que o Brasil será o primeiro mercado a ter o Kwid elétrico de cara nova.
A traseira tem lanternas menores e mais horizontais, interligadas por uma barra em preto – ainda não se sabe se a solução estará no modelo brasileiro. Caso siga fielmente o Dacia, o novo Kwid também terá uma cabine totalmente reformulada, com direito a uma central multimídia de 10,1 polegadas.

E no Brasil?
Apesar de não ter mudanças estéticas, o novo Dacia Spring poderá deixar o novo Kwid E-Tech brasileiro defasado já na estreia, marcada para esta semana. Isso porque a marca já faz estoques do modelo por aqui, possivelmente com o antigo ajuste de 65 cv, uma vez que o lançamento do novo Spring foi divulgado nesta segunda-feira (6), na Europa, e não tem sequer preços divulgados.
Seria uma surpresa e faria bem para o modelo no Brasil se as atualizações já fossem aplicadas em segredo. Mas é pouco provável dado ao tempo em que as unidades estão estocadas por aqui, e também pelo posicionamento do Spring, que serve como guia ao Kwid e tem atualizações sempre antecipadas.