Nissan N7 é quase um Sentra elétrico e usa IA para aumentar conforto dos bancos
Feito com base em um sedã da Dongfeng, o N7 tem estofamento em gel com sensores e inteligência artificial para se adaptar ao corpo dos passageiros

A Nissan está em um momento crítico, mas isso não está impedindo novos lançamentos. A montadora está lançando um novo sedã elétrico no mercado Chinês que, apesar do logotipo Nissan, tem um DNA muito mais próximo da China do que do Japão.
O Nissan N7 é quase uma reestilização do Dongfeng eπ 007 — isso mesmo, “pi”. Ele está sendo lançado por meio da joint venture das duas montadoras e empresta arquitetura, motores, tecnologia e até um pouco do visual do irmão chinês.

Olhe para a dianteira e você notará um design muito parecido entre os dois modelos. Os DRLs finos são marca registrada, mas no Nissan eles acompanham toda a linha do capô. Os faróis principais ficam mais abaixo e tem forma de bumerangue, sendo um pouco menores e mais “pontudos” no N7.

Na traseira, as coisas são um pouco mais parecidas. Os dois têm barra iluminada, mas no N7 ela é um pouco mais estilizada, tendo até o nome da Nissan no centro. Aliás, todas as luzes são em LED Matrix e podem exibir diferentes projeções e inscrições.
Outra mudança importante está no formato da carroceria, com uma seção traseira um pouco maior no N7. Isso faz com que ele seja mais longo que o eπ 007, medindo 4,93 m de comprimento, contra 4,88 m.
Ele também é mais alto, com 1,48 m de altura, ante 1,46 do ‘irmão’. Mas os dois têm os mesmos 1,89 m de comprimento.

O interior é uma prova de que o N7 é um carro feito para os chineses. O design da cabine é voltado ao público local, sendo bem minimalista. No console central, não há nenhum botão, e o seletor de modos de condução e transmissão fica no volante. E no apoio de braços das portas, há botões para destravamento das portas e dos vidros.

Todo o resto fica concentrado na central multimídia de 15,6’’ e no painel de instrumentos digital de 8,8’’. Os sistemas do N7 são geridos por um processador Qualcomm Snapdragon 8295P avançado com 32 GB de RAM e 256 GB de armazenamento de dados.
Mas a tecnologia avançada mesmo estão nos assentos AI Zero Pressure Cloud Carpet. Ele usa inteligência artificial, que utiliza 49 sensores para rastrear a posição corporal dos passageiros. O estofamento é feito com um gel, que levou três anos para ser desenvolvido e se ajusta de acordo com o posicionamento e a dinâmica do corpo.

A Nissan promete também um sistema ADAS de nível 2, ou seja, terá itens como piloto automático adaptativo e assistente de troca de faixas. Esse sistema é desenvolvido em parceria com a empresa chinesa Momenta, especializada na introdução de inteligência artificial em algoritmos de piloto automático.

Quanto aos motores, há duas combinações disponíveis. A versão mais básica tem motor de 218 cv e bateria de 58 kWh, mas que não teve seu alcance divulgado. Por outro lado, a versão mais cara terá 635 km de alcance, de acordo com o ciclo CLTC, garantidos por uma bateria de 73 kWh.

O N7 deve estrear na China até maio e a expectativa é que ele custe mais que o Dongfeng eπ 007, que custa entre 132.000 e 157.000 yuans, algo em torno dos R$ 105.500 e R$ 120.000, aproximadamente.
Até o final de 2026, a joint venture Dongfeng Nissan planeja colocar mais três modelos “conjuntos” no mercado chinês: um sedã híbrido e dois crossovers (elétrico e híbrido).