Geely terá compacto elétrico Geome no Brasil contra BYD Dolphin
Geely Geome Xiangyuan virá ao Brasil para tentar tomar espaço do BYD Dolphin; modelo poderá chegar ainda para 2025, em parceria com a Renault

Geely e Renault oficializaram a parceria entre elas no Brasil e já anunciaram o primeiro fruto, o EX5, um SUV elétrico com dimensões de Jeep Compass e que chegará ao mercado brasileiro em junho. Porém, esse não será o único lançamento da marca em 2025, que fará já no ano de estreia uma aposta ambiciosa.
Informações obtidas por QUATRO RODAS apontam que o segundo modelo da marca, previsto para chegar na segunda metade de 2025, será o Geome Xingyuan, um hatch elétrico que terá como seu principal concorrente por aqui ninguém menos que o BYD Dolphin. Ou seja, ele deverá ficar próximo aos R$ 150.000.

Trata-se de um compacto com 4,13 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,57 m de altura e 2,65 m de entre-eixos, dimensões semelhantes às do Dolphin, exceto no entre-eixos. No BYD, são 5 cm a mais.
Ainda não se sabe qual configuração será comercializada por aqui, já que o Geome tem duas opções, na China. Por lá, a versão mais barata tem motor elétrico dianteiro de 78 cv e uma pequena bateria de 30,1 kWh. É o suficiente, segundo a marca, para um alcance projetado de 310 km no (até demais) otimista ciclo chinês.

A segunda e mais cara versão, com mais chances de desembarcar por aqui, também tem motor elétrico dianteiro, mas com 114 cv de potência. A bateria é maior, com 40,2 kWh, elevando a autonomia para 410 km, mais próxima do rival da BYD.
No visual, o Geome Xingyuan tem semelhanças com o Dolphin no formato arredondado da carroceria, sem extravagâncias, além de um aplique plástico na coluna C. A dianteira tem faróis em formato orgânico, com leves espichados para as laterais, enquanto a traseira dispensa a moda de unir as lanternas. Nele, são peças separadas para garantir mais personalidade.

O interior, por sua vez, segue as tendências chinesas com painel e console limpos, concentrando comandos na grande tela de 15,6 polegadas. O quadro de instrumentos, digital, tem 8,8 polegadas e é mais elaborado em relação ao visto no rival. Por fim, o painel tem formas redondas, além de grafismos desenhados nas portas e à frente do passageiro. Espere ainda por um acabamento tão caprichado quanto o do Dolphin.

Após quase dez anos do fim de sua primeira tentativa por aqui, encerrada em 2016, a Geely voltará ao mercado brasileiro. Agora, porém, a história será outra: toda sua operação ficará sob responsabilidade da Renault, que ditará os passos no mercado, bem como cuidará ativamente do pós-vendas. A Geely terá ainda acesso à fábrica da francesa em São José dos Pinhais (PR), onde já se sabe que produzirá um ou mais de seus modelos. As concessionárias, porém, serão separadas.