Desvalorizou! 7 carros elétricos usados por menos de R$ 100.000
Com cada vez mais opções no mercado, encontrar um carro elétrico usado está mais fácil e sem pesar tanto no bolso
Há exatos 10 anos, só havia um carro elétrico à venda no Brasil: o pequeno BMW i3. O cenário é muito diferente hoje, com mais de 30 opções de carros elétricos diferentes disponíveis, impulsionando as vendas para 41.000 unidades emplacadas ao longo de 2024, uma marca inédita.
Conforme as vendas sobem, os carros elétricos também vão ganhando espaço no mercado de carros usados. Com a chegada dos modelos chineses como BYD Dolphin e JAC E-JS1; e de algumas outras opções de entrada, como o Renault Kwid E-Tech, não é difícil encontrar opções por menos de R$ 100.000 nos classificados.
Para te ajudar na busca, procuramos por todas as opções de carros elétricos usados por menos R$ 100.000 vendidas no Brasil. Como a segunda onda dos EVs chegou ao país em 2018, muitos ainda estão dentro da garantia de 8 anos para as baterias, o que ajuda a relaxar um pouco a respeito do estado delas.
Caoa Chery iCar – A partir de R$ 76.000
Por um tempo, o Chery iCar foi o carro elétrico mais barato do Brasil. Esta era a aposta da Caoa Chery, fazendo com que o subcompacto fosse a opção para quem queria um carro só para enfrentar o trânsito diário. Porém, a concorrência se mexeu, com o Kwid recebendo diversas reduções de preço e a BYD chegando com o Dolphin, depois, Dolphin Mini.
É encontrado com facilidade entre os seminovos e, na maioria dos casos, é também o mais barato, Não é difícil encontrar unidades por menos de R$ 80.000 e a melhor oferta anunciada foi por R$ 76.000. Todos são ano modelo 22/22 ou 22/23, muitas vezes com quilometragem abaixo de 20.000 km rodados.
Trata-se de um subcompacto, então não espere muito. Seu motor tem 61 cv e 15,3 kgfm e a bateria de 30,4 kWh permite rodar por somente 197 km, segundo o Inmetro. Como mede só 3,2 metros de comprimento, é um tanto apertado, principalmente nos bancos traseiros.
Renault Kwid E-Tech – a partir de R$ 65.000
Carro elétrico mais barato do Brasil, o Renault Kwid E-Tech não teve uma vida fácil. Lançado por R$ 142.990, era para ter dominado o segmento, mas o atraso nas entregas fez com que perdesse momentos preciosos e acabou vendo a concorrência chegar e ocupar o seu espaço. Acabou reposicionado com diversas reduções de preço até chegar ao valor atual de R$ 99.990.
Não é um carro tão comum na revenda e os preços variam bastante. Os menos rodados costumam custar em torno de R$ 90.000, o que não compensaria considerando que um 0 km sairia por apenas R$ 9.000 a mais.
Procurando melhor, dá para achar algumas unidades mais baratas e o menor valor encontrado foi de R$ 65.000. Mas, em todos os casos, com mais de 50.000 km rodados. Alguns deles foram usados por motoristas de aplicativos, o que explica a quilometragem alta para um carro elétrico 22/23.
No lugar do motor a combustão, o Kwid E-Tech traz um elétrico de 65 cv e 11,5 kgfm, uma configuração exclusiva para o Brasil. Tem uma das menores baterias da lista, de apenas 26,8 kWh, rendendo 185 km alcance pela medição do Inmetro.
JAC E-JS1 – A partir de R$ 80.000
Outro que já foi o carro elétrico mais acessível do país. Quando a JAC decidiu vender somente modelos elétricos, foi ampliando a linha aos poucos até lançar o pequeno E-JS1 em 2021, o sucessor do finado iEV20. Também participou da guerra de preços, caindo dos R$ 149.900 do lançamento para os atuais R$ 126.900, que é reajustado há um ano.
Vendeu consideravelmente bem por alguns meses, então existem muitas unidades usadas e com uma grande variação de preços. Encontramos alguns por R$ 80.000 e quase 29.000 km rodados, porém a média é bem acima disso, por volta de R$ 95.000. é importante lembrar que o carro não é compatível com as estações de recarga no Brasil, que em sua maioria usam um plugue Tipo 2, enquanto o subcompacto chinês conta com o padrão chinês. Muitos proprietários acabam usando um adaptador.
Apesar das evoluções feitas em comparação ao iEV20, não tem uma das melhores autonomias, de apenas 161 km de acordo com o Inmetro, ainda que tenha baterias de 30,2 kWh. Também não é dos mais potentes, com 62 cv e 15,3 kgfm.
Caoa Chery Arrizo 5e – A partir de R$ 90.000
Tão raro que alguns até esquecem que foi lançado, o primeiro elétrico da Caoa Chery foi o Arrizo 5e, em 2019. Era o mesmo sedã compacto, trocando o motor a combustão por um sistema elétrico e que chegou primeiro voltado para vendas diretas, por R$ 159.900, o que foi considerado muito caro na época.
Emplacou tão pouco que saiu de linha apenas dois anos depois e tornou-se um carro difícil de encontrar, mas não impossível. Os preços variam entre R$ 90.000 e R$ 100.000. Como foi usado por frotas e ter mais de cinco anos de mercado, a quilometragem costuma ser alta, chegando até 100.000 km.
É um carro mais antigo e com um sistema elétrico de gerações atrás. Seu rendimento prova isso. A bateria é de 53,5 kWh, mas a autonomia declarada era de 322 km. Pelo padrão atual do Inmetro, este número cairia por 30%, fazendo com que possa rodar por 225 km. No lugar do 1.5 turbo está o propulsor elétrico de 122 cv e 28,1 kgfm.
Nissan Leaf – A partir de R$ 96.000
Para quem não quer um compacto, uma opção é o Nissan Leaf. O hatch médio foi um dos primeiros elétricos do país e, tanto por sua idade mais avançada quanto pela existência de modelos mais modernos no mercado, é um dos mais fáceis de encontrar nas lojas de seminovos.
Pela quantidade grande de unidades usadas, o preço varia muito. O mais barato encontrado custa R$ 96.000 e o mais caro é vendido por R$ 192.900. Ainda está bem longe dos R$ 298.490 cobrados antes de sair de linha. A quilometragem também é inconstante, desde modelos que andaram pouco mais de 10.000 km até alguns que passaram de 70.000 km.
A Nissan não atualizou o Leaf o suficiente com o passar dos anos e isso fica aparente. O motor de 149 cv e 32,6 kgfm é bom, porém a energia vem das baterias de 40 kWh, o que dá 192 km de autonomia, pouco em comparação a carros mais modernos.
Renault Zoe – A partir de R$ 86.000
Quer um elétrico da Renault um pouco mais refinado do que o Kwid E-Tech? O Zoe pode ser uma boa escolha. Prepare-se para procurar bastante, pois o normal é que custe bem mais de R$ 100.000, mesmo que tenha saído de linha há alguns anos.
Algumas pessoas vendem o hatchback por exatos R$ 100.000 e mais de 60.000 km rodados. Há até uma unidade por R$ 86.000 e 81.000 km no hodômetro. São modelos 18/19, antes da reestilização, quando ganhou uma bateria maior e compatibilidade com carregadores rápidos.
Esta versão conta com um motor de 92 cv e 22,4 kgfm, enquanto a bateria era de 41 kWh, o que lhe dava uma autonomia de 300 km pelo ciclo de teste europeu WLTP . Na época, o Inmetro ainda não fazia a medição para os elétricos e se aplicarmos a regra dos 30%, o alcance seria de 210 km.
BYD Dolphin Mini – A partir de R$ 75.800
Lançado este ano, o BYD Dolphin Mini tornou-se o título de carro elétrico mais vendido do país, embora o seu irmão maior Dolphin esteja bem próximo. Ainda que seja novo nas lojas, alguns proprietários já estão vendendo o carro e há muitos abaixo dos R$ 100.000 e com poucos quilômetros rodados. O menor preço foi de R$ 75.800, algo fora da curva, pois os demais estão na casa dos R$ 99.000.
Pelo Inmetro, tem a maior autonomia de todos os usados desta lista, sendo capaz de rodar por 280 km, mesmo que a bateria de 38,8 kWh não seja a maior do ranking. Feito para a vida na cidade, seu motor entrega 75 cv e 13,8 kgfm.