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Nissan Leaf usado tem preço de Dolphin Mini, mas bateria menos eficiente

Extremamente confiável, ele é uma das melhores escolhas entre os elétricos no mercado de usados; mas é bom ficar de olho na bateria

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 Maio 2024, 12h00
Quilometragens altas podem indicar que o carro serviu a taxistas
 (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Produzido desde 2010, o Nissan Leaf é um dos decanos no segmento dos elétricos, com mais de meio milhão de unidades comercializadas no mundo todo. Importada da Inglaterra, a segunda geração chegou aqui em 2019 e ainda hoje cativa o público avesso à combustão interna.

Discreto, ele passa batido nas ruas como apenas mais um hatchback: são 4,48 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,56 m de altura e 2,70 m entre os eixos, necessários para acomodar a bateria de 300 kg formada por 24 módulos de íons de lítio.

 

O Leaf pode ser abastecido de três formas: o carregador de parede (completa a bateria em 8 horas); eletropostos (os de recarga rápida de 50 kW precisam de 40 minutos para garantir 80% da reserva). E por último há opção de usar uma tomada aterrada com adaptador (que requer 20 horas para deixar a bateria com carga total).

O conjunto propulsor entrega 110 kW, o equivalente a 32,6 kgfm e 149 cv que o fazem acelerar de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos. O consumo urbano é de 5,6 km/kWh e as baterias de 40 kWh garantem autonomia aproximada de 270 km, com muitos proprietários indo além dessa marca.

O espaço interno é adequado para quatro adultos e seu porta-malas comporta 435 litros. O acabamento interno é bom e o isolamento acústico notável por isolar o ruído dos pneus.

Nissan Leaf
Porta-malas pequeno é um ponto fraco (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Uma de suas maiores virtudes é o e-Pedal, um acelerador inteligente que trabalha com a regeneração das baterias. Ao se tirar o pé completamente, o carro freia e aciona as luzes de advertência. É perfeito para o anda e para das cidades, mas exige um período de adaptação.

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O nível de equipamentos é adequado: painel de instrumentos com display TFT, ar-condicionado, multimídia, alertas de ponto cego, tráfego cruzado e mudança de faixa, câmera 360o e sensores de faróis, chuva e pressão dos pneus.

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Um dos fatores que mais amedrontam quem procura um elétrico usado é a vida útil das baterias. No caso do Leaf, a garantia é de 8 anos ou 160.000 km (o que ocorrer primeiro). A Nissan reforça que, após os 8 anos, a bateria ainda terá pelo menos 9 das 12 barras indicadoras de carga.

Consultando os proprietários, levantamos que o Leaf perde até 7% da capacidade da bateria nos quatro primeiros anos. A vida útil vai depender de vários fatores de uso e conservação. Na dúvida, vale a pena pagar um pouco mais por unidades mais novas ou com baixa quilometragem.

Antes de comprar, não se esqueça de verificar se estão presentes o cabo de recarga de emergência e o adaptador para tomada de três pinos.

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NISSAN LEAF
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Problemas do Nissan Leaf

Baterias – São o ponto mais vulnerável. Além de sujeitas a danos em lombadas e obstáculos, muitas podem estar próximas do fim de sua vida útil. Cada uma custa
R$ 24.300 na rede autorizada.

Suspensão – Pesando cerca de 1.580 kg, o Leaf sofre um bocado no Brasil com a qualidade da malha viária brasileira. Verifique o estado de amortecedores, batentes, buchas e bieletas.

Rodas e pneus – Confira se estão em bom estado e nas medidas corretas: os pneus 215/50 são relativamente vulneráveis a buracos e um jogo de boa qualidade não sai por menos de R$ 2.000.

Freios – Sofrem menos desgaste que o normal devido à atuação do sistema de frenagem regenerativa, o que muitas vezes resulta em negligência na manutenção
do sistema. Seu ponto mais vulnerável é
a bomba de vácuo, sem a qual o freio fica sem assistência.

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RecallAlgumas unidades apresentaram problemas de aceleração abrupta no pedal do acelerador, exigindo a reprogramação do módulo de controle do veículo. Envolve os chassis SJNFAAZE1LA060556 a SJNFAAZE1PA174303 produzidos entre abril de 2019 e outubro de 2022.

A voz do dono

Nome: Junior Nannetti
Idade: 43 anos
Profissão: ator e empresário
Cidade: São Paulo (SP)

O que eu adoro:

“Foram quase cinco anos indo de São Paulo até Machado (MG), totalizando 78.000 km em quase cinco anos e perdendo apenas 7% da capacidade das baterias. É um carro discreto e com ótimo acabamento.”

O que eu odeio:

“A bateria de 40 kWh está abaixo da expectativa, principalmente frente à concorrência. O ar-condicionado é subdimensionado para o carro e as concessionárias pecam no estoque de peças.”

Preço médio dos Nissan Leaf (KBB)

Preço Leaf
(Reprodução/Quatro Rodas)
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Preço das peças do Nissan Leaf

Preço Peças Nissan Leaf
(Reprodução/Quatro Rodas)

Nós dissemos

Nós dissemos QR 717
(Reprodução/Quatro Rodas)

Janeiro de 2019  “[…] o motor elétrico gera 149 cv e 32,6 kgfm, 9 cv a mais que o Sentra 2.0 e o mesmo torque do 2.0 turbo do Audi A4. (…) Em nosso teste, o Nissan Leaf precisou de 8,8 s para ir de 0 a 100 km/h e teve o pior consumo urbano: 5,6 km/kWh. (…) garante 243 de autonomia no padrão americano EPA e 270 no europeu WLTP e recupera 80% da carga em 40 minutos, em carregadores rápidos”.

Pense também em um…

i3, da BMW, automóvel testado pela Revista Quatro Rodas.
(Divulgação/Quatro Rodas)

BMW i3  As baterias de 22 kWh (33 kWh a partir do modelo 2018) entregam de 130 a 180 km de autonomia elétrica: um motor a gasolina a estende para 300 km. A partir do modelo 2019 surge a versão BEV puramente elétrica com baterias de 42,2 kWh (autonomia de 335 km) e a REX Full, auxiliada pelo motor a gasolina, que garante autonomia de 440 km. Tem carroceria de fibra de carbono e chassi de alumínio.

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