O que saber (e fazer) para não ter problemas com o câmbio automático
Câmbio que troca marchas sozinho tem manutenção (bem) cara. Mas, acredite: isso é raro de acontecer
Até os anos 90, câmbio automático era mais rotulado que uísque comprado no Paraguai. “É caro de manter” e “Dá muito problema” eram as frases que faziam as pessoas abrirem mão desse conforto.
Mas ainda bem que o tempo passou. Hoje já tem carro compacto com mix de vendas equilibrado entre a versão automática e a manual.
Você ainda tem o pé atrás? Ok, há suas razões. No entanto, o esforço para deixar esses medos para trás vale a pena.
Custo para manter
Na manutenção básica, as duas caixas se equivalem. A automática pede uma eventual troca de óleo, mais caro que na manual – mas já há transmissões vedadas, livre da substituição do fluido. “No custo real do veículo, já não é significativo”, garante Leandro Perestrelo, da Comissão Técnica de Transmissões da SAE Brasil.
Se o câmbio pede a troca de óleo, no entanto, é preciso respeitar o prazo estipulado pelo fabricante, que varia de marca para marca.
O desgaste dos componentes internos gera um material metálico que fica imerso no lubrificante. Caso o intervalo não seja respeitado, o acúmulo desse resíduo pode aumentar a densidade do óleo e comprometer a lubrificação do sistema.
E se o câmbio quebra, aí, sim, você descobrirá que o equipamento é bem mais caro que a caixa manual. Um problema no atuador, por exemplo, pode custar de R$ 5.000 a R$ 10.000, tanto pelas peças, que podem ser importadas, como pela mão de obra especializada.
A boa notícia é que caixa automática é feita para durar quase 300.000 km se operada civilizadamente e com a manutenção em dia.
Como cuidar
O câmbio automático por si só se “autoprotege”. Mesmo na maioria dos modelos com opção de mudanças sequenciais manuais, se o motorista reduzir de quinta para primeira, por exemplo, a central eletrônica não vai obedecer, para preservar o sistema.
Mas, no manuseio do câmbio, pode-se obedecer a algumas dicas e evitar vícios para não maltratar o conjunto. A principal é não mover a manopla a todo momento. Afinal, sempre que a alavanca é movimentada, ocorre o acoplamento das embreagens e freios dentro da transmissão. Mesmo no semáforo, não é preciso tirar do modo D para o N.
Outra prática condenada é mudar para as principais posições (P, D e R) com o carro em movimento, pois causa o patinamento dos componentes internos.
Ao estacionar, a rotina é a mesma: parar totalmente, colocar o câmbio em N (neutro), acionar o freio de estacionamento, liberar o pedal do freio e só então mudar o câmbio para P.
Ao sair, o contrário: pise no pedal do freio, retire do P e destrave o freio de mão.
E ao estacionar em ladeiras é preciso acionar sempre o freio de estacionamento. A posição P funcion
a como uma trava mecânica e, sem acionar o freio de mão, pode-se acelerar um processo de desgaste de peças do conjunto da transmissão.
E fazer banguela com carro automático, nem pensar. Descer com o câmbio em N e depois engatar D acelera o desgaste das embreagens internas da transmissão.
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