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Yamaha YFZ 450R

O quadriciclo impressiona pelas linhas agressivas e pelo espírito esportivo

Por Ismael Baubeta | fotos: Christian Castanho
Atualizado em 9 nov 2016, 11h54 - Publicado em 24 out 2011, 12h21
Yamaha YFZ 450R

Se todo ser humano deveria ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro para ter a vida completamente realizada, de acordo com a sabedoria popular, o adágio, transferido para o mundo das motocicletas, seria: todo motociclista deveria um dia pilotar um quadriciclo esportivo. É daquelas experiências que remetem aos tempos de criança. Cada vez que vou andar de quadriciclo, volta a sensação que tinha, quando pequeno, ao entrar nos carrinhos elétricos de um parque de diversões: pura emoção.

Só que esse “brinquedão” de gente grande requer atenção, técnica e cuidado na pilotagem. O quadriciclo Yamaha YFZ 450R é potente e tem praticamente as reações de um carro de rali. A diferença é que ele é acelerado com o dedão e com muito jogo de corpo. Esqueça os passeios bucólicos: o YFZ 450R foi feito para andar nas pistas de cross, derrapando, pulando e emendando saltos – nos Estados Unidos fazem até freestyle. Parece fácil, mas não é. Depois que você se acostuma ao jogo de corpo, diferente do de uma motocross, e às suas reações, a brincadeira começa a ficar mais divertida.

Besouro bravo

Olhando de frente para ele, parece um escaravelho ou um besouro enfurecido: para-lamas recortados e pontiagudos, faróis finos e alongados, rodas largas com pneus biscoito, braços de suspensão e amortecedores à mostra. Nada de painel, só luzes-espia de neutro, óleo (baixa pressão), indicador de baixo nível de combustível e luz alta. No guidão, do lado esquerdo, corta-corrente e botão de faróis, alavanca do freio de estacionamento e manete de embreagem. Do lado direito, alavanca de acelerador e manete de freio, tudo simples e funcional.

A espuma do banco avança sobre o tanque e as laterais dos para-lamas traseiros, para facilitar posicionamento e pilotagem. Visto por trás, saltam aos olhos as rodas largas, o eixo e a balança de suspensão.

Apesar de não ter a potência declarada, o motor monocilíndrico de 449 cc e cabeçote com cinco válvulas de titânio empurra de forma agressiva.

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As cinco marchas são bastante curtas e fazem as rodas girar em falso constantemente, proporcionando as derrapagens necessárias para contornar as curvas com agilidade – os engates do câmbio em cascata são iguais aos das motos comuns, a primeira para baixo e as demais para cima.

É preciso estar cambiando constantemente para aproveitar todo torque e potência, abundantes desde os baixos giros. A injeção é Mikuni com corpo de borboleta de 42 mm de diâmetro e 12 orifícios injetores, o que, segundo a fábrica, melhora o rendimento do motor e faz parecer que seus 184 kg são bem leves.

A ciclística é surpreendente. O chassi é feito com uma combinação de materiais. Há alumínio nas vigas principais superiores e na balança traseira – uma peça enorme e robusta, que consegue ainda ser bonita. Há também aço, no subchassi e no berço sob o motor. A combinação permite uma distribuição de peso que transmite a sensação de leveza na condução e possibilita manobras na pista, com saltos longos e de boa altura. A suspensão dianteira – independente, do tipo trapézio – tem ótimo curso e absorve as irregularidades com maestria, transformando costelas de vaca em oscilações fáceis de transpor. Nas manobras mais pesadas, o guidão parece querer tomar conta da direção – característica causada pelas duas rodas largas na frente e pela transferência de peso de um lado a outro.

A suspensão traseira também tem ótimo curso. As duas têm amortecedores hidráulicos com reservatório de gás e regulagens de pré carga de mola, retorno e compressão. Os saltos têm aterrissagens macias. O sistema de freio é composto de dois discos na frente, com pinça de dois pistões cada um, e um disco recortado na traseira, tipo wave – montado no eixo -, também de pinça com dois pistões, mais que suficientes para parar o bólido.

É um brinquedo excepcionalmente divertido, daqueles que, a cada vez que se anda, só faz crescer no piloto a vontade de continuar a andar.

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TOCADA

Tem ótima ergonomia e proporciona emoção a todo instante.

★★★★

DIA A DIA

Impossível. Exclusivo para uso em lazer ou em competições off-road. Se você é um piloto profissional, aí o seu cotidiano é que se adapta a ele.

★★★

ESTILO

Impressiona pela agressividade e dá vontade de montar e acelerar, pelo menos para ver como é que é.

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★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO

Empurra muito bem, e o giro em falso das rodas motrizes é um prazer. O câmbio é macio e tem engates precisos.

★★★★★

SEGURANÇA

É necessária bastante técnica para pilotar um YFZ 450R, pode ser arriscado para os mais afoitos.

★★★

MERCADO

É bem restrito, por ser totalmente voltado à competição e ao lazer. Mas é uma ótima opção para os amantes do off-road, fazendeiros, donos de sítio etc.

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★★★

VEREDICTO

Excelente opção para quem gosta de off-road e busca sensações diferentes. Vale até encarar um curso de pilotagem específico para tirar todo o suco possível com segurança.

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