Volvo XC60 D5: o valor do diesel

Assim como as pessoas, alguns carros sabem envelhecer com dignidade. O XC60 é um bom exemplo: apresentado ao mundo em 2008, o crossover já não causa o impacto de antes, mas está longe de parecer velho.

A última novidade da linha é o motor 2.4 diesel, de 220 cv, que estreia no Brasil em duas versões: Kinetic (R$ 199.950) e Momentum (R$ 224.950), esta última avaliada por QUATRO RODAS.

Os valores mostram-se bem competitivos quando comparado com concorrentes como as versões a diesel de Toyota SW4 SRX (R$ 247.430), Land Rover Discovery Sport SE (R$ 226.780) e Chevrolet Trailblazer LTZ (R$ 198.990).

Quem encontrar o XC60 pelas ruas dificilmente identificará a novidade, já que só o logotipo D5 indica que há algo diferente. Nem o tradicional ronco do motor em funcionamento ajuda na adivinhação, pois o nível de ruído é surpreendentemente baixo para um veículo a diesel – a ponto de ser difícil notar até se o carro está ligado ou não.

O motor a diesel é um cinco cilindros de 20 válvulas turbinado com 2,4 litros, 220 cavalos a 4.000 rpm e 44,9 mkgf de torque a 1.500 rpm, acoplado a um câmbio automático de seis velocidades com paddle shifts no volante.

Na cidade, o Volvo parece um pouco lento nas acelerações, mas essa impressão se desfaz prontamente assim que o motorista exige mais do carro. A estabilidade é acima da média para um modelo do seu porte, em parte devido à tração integral de série – que volta a ser oferecida no portfólio da marca sueca.

Em nosso teste, o XC60 mostrou disposição nas provas de desempenho (de 0 a 100 km/h em 9,2 s e retomada de 80 a 120 km/h em apenas 5,8 s, mais rápido que um Cruze 1.4 Turbo) e consumo baixo (médias de 11,5 km/l na cidade e 14,2 km/l na estrada).

Fora a nova motorização, o carro é o mesmo desde 2013, quando sofreu sua primeira (e até hoje única) reestilização. O interior ainda tem seus encantos, como o console central ultrafino (copiado por várias montadoras até hoje), a excelente qualidade de construção e o painel digital personalizável, além do amplo espaço interno para passageiros e bagagens.

No entanto, alguns detalhes entregam a idade do projeto, como a central multimídia simples demais. A ergonomia também é ruim, com vários botões difíceis de visualizar no console, em especial nos comandos de telefone e climatização.

Bem equipado, o XC60 D5 traz de série desde a versão Kinetic itens como ar-condicionado digital, banco do motorista com regulagens elétricas e memória, faróis de xenon direcionais, sensor crepuscular, piloto automático, sensor de estacionamento, quatro airbags, DVD Player, On Call (serviço de concièrge e rastreamento veicular) controles de estabilidade e de tração e o City Safety, sistema que para o carro completamente a uma velocidade de até 15 km/h.

Na Momentum, o pacote ganha teto solar, ajustes elétricos para o banco do passageiro, dois airbags de cortina adicionais, sensor de chuva, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, GPS e câmera traseira.

Aos interessados, vale lembrar que uma nova geração estreará na Europa em 2017, ainda sem previsão de chegar ao Brasil. Até lá, o XC60 segue sendo um dos melhores negócios de sua categoria na questão custo-benefício.

VEREDICTO

O eficiente motor diesel dá mais fôlego ao XC60, que, apesar da idade avançada, ainda cativa pelo estilo arrojado e conteúdo generoso.

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