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Vídeo: Kia Stonic é SUV híbrido com motor de Creta e preço de T-Cross

SUV compacto usa o mesmo motor 1.0 turbo do Hyundai Creta, mas é o primeiro híbrido do seu segmento

Por Eduardo Passos
Atualizado em 2 dez 2021, 17h47 - Publicado em 2 dez 2021, 17h06
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  • A Kia estava meio sumida, mas agora prepara sua retomada no mercado brasileiro focada na eletrificação. A nova geração do Sportage chega em 2022 apenas com versões híbridas e o moderno elétrico Kia EV6 desembarcará pouco tempo depois. O primeiro passo dessa mudança, entretanto, já foi dado com moderação: confira nosso teste com o Kia Stonic, o SUV compacto híbrido leve que já está à venda no Brasil.

    O Kia Stonic chega importado da Coreia do Sul em versão única, sempre com motor 1.0 turbo ajudado por um pequeno motor elétrico, que acrescenta aproximadamente 3,4 kgfm ao três-cilindros, muito parecido com o 1.0 usado por HB20 e Creta. Defini-lo como um híbrido, entretanto, pode ser uma análise rasa.

    DRLs e faróis de neblina são de leds
    DRLs e faróis de neblina são de leds (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Novos arranjos de carros elétricos seguem aparecendo, assim como novas siglas que os identificam – e que passam a estar cada vez mais integradas ao nosso vocabulário. No caso do Stonic temos um MHEV (mild hybrid electric vehicle), o tipo mais simples de eletrificação.

    Nele, o motor de corrente alternada é conectado ao virabrequim do 1.0 turbo através de uma correia dentada, dando uma força extra em subidas e arrancadas. A conexão à tomada é inexistente e este mesmo motor funciona como motor de partida.

    Apesar do tamanho, Stonic quer oferecer alternativa incomum ao Volkswagen T-Cross, por exemplo
    Apesar do tamanho, Stonic quer oferecer alternativa incomum ao Volkswagen T-Cross, por exemplo (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Não é muito torque extra, mas o aproveitamento é pleno graças ao excelente câmbio de sete marchas, de dupla embreagem imersas em óleo. Com ele as trocas são muito suaves e o sistema eletrônico se mostra competente em escolher a melhor marcha à ocasião.

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    O comportamento do motor elétrico também varia conforme o modo de direção. No Eco, por exemplo, o foco é em acumular energia, vinda da frenagem. Não é o suficiente para comandar o Stonic com apenas um pedal, como em carros elétricos, mas a sensação de um freio motor mais forte certamente poupa os freios — a disco nas quatro rodas — e traz satisfação, sabendo que a energia outrora desperdiçada agora é armazenada sob o porta-malas.

    Entre-eixos de 2,58 m limita muito o espaço interno
    Entre-eixos de 2,58 m limita muito o espaço interno (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Outra função interessante é o modo Vela, que faz jus ao nome e, em descidas, desliga o motor 1.0 de maneira bem sutil, notável pelo conta-giros que despenca ao zero. Basta um toque nos pedais, entretanto, para que o motor Smartstream de 120 cv ressurja, seja para acelerar ou frear o modelo.

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    Qualidades ocultas

    De acordo com a marca, a proposta do carro envolve “colorir o cinza da cidade”, com combinações bicolores bem chamativas que incluem o alvirrubro da unidade testada por QUATRO RODAS. Também há detalhes que soam desnecessários, como escapes duplos decorativos e entradas de ar falsas na dianteira.

    Volante com base chata tem ótima pegada e botões úteis, que incluem o controle de cruzeiro
    Volante com base chata tem ótima pegada e botões úteis, que incluem o controle de cruzeiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)
    Computador de bordo mostra quando a bateria está alimentando o motor elétrico e vice-versa
    Computador de bordo mostra quando a bateria está alimentando o motor elétrico e vice-versa (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Isso contrasta com o interior sóbrio e bem funcional, com poucos botões, sempre bem posicionados e com formas e texturas distintas. Desse modo, é possível comandar do ajuste de altura dos faróis ao ar-condicionado apenas pelo tato, sem desviar o olhar da estrada.

    Bancos dianteiros são confortáveis e trazem estofamento de qualidade
    Bancos dianteiros são confortáveis e trazem estofamento de qualidade (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Segunda fileira tem pouco espaço para as pernas e para a cabeça — caso você tenha mais de 1,82 m
    Segunda fileira tem pouco espaço para as pernas e para a cabeça — caso você tenha mais de 1,82 m (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Também em boa posição está um computador de bordo digital, com resolução bem melhor que a da central multimídia. Esse é um dos pontos em que o carro deixa a desejar. Tem apelo jovem mas oferece uma tela resistiva que lembra smartphones mais antigos. Ela tem suporte a Android Auto e Apple Carplay, mas apresentou travamentos incômodos por volta e meia.

    Não muito ágil, mas econômico

    Indo de 0 a 100 km/h em 12,5 s, o Stonic não lembra em nada o comportamento de elétricos “ligeirinhos”. Seu foco, porém, é na economia, que de fato ocorre.

    Baterias ficam no lugar do estepe, substituído por um kit de reparo provisório
    Baterias ficam no lugar do estepe, substituído por um kit de reparo provisório (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Os testes de QUATRO RODAS renderam consumo médio de 13,1 km/l (cidade) e 16,1 km/l (estrada), sempre com gasolina — o Stonic não é flex. São números bem melhores que Fiat Pulse e Volkswagen Nivus com motor 1.0 turbo, e que frente aos 11,5 km/l (cidade) e 14,4 km/l (estrada) do novo Hyundai Creta ajudam a mensurar o papel do motor elétrico.

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    Sistema de 48V também comanda a duração da aberturas das válvulas do 1.0, tornando-o mais eficiente
    Sistema de 48V também comanda a duração da aberturas das válvulas do 1.0, tornando-o mais eficiente (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A QUATRO RODAS, a Kia estimou que o sistema híbrido acrescenta cerca de R$ 10.000 ao valor do Stonic, que parte de R$ 149.990. O principal opcional é o carregamento sem fio de celulares, mas em breve haverá novidades, prometem os sul-coreanos.

    Custando cerca de R$ 20.000 a mais que SUVs compactos 1.0 turbo de topo, a novidade mira um pouco mais alto, e quer encarar modelos como o Volkswagen T-Cross em suas versões mais caras.

    Vídeo: Kia Stonic é SUV híbrido com motor de Creta e preço de T-Cross
    Novo Kia Stonic chegou às lojas por R$ 149.990 (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    Para garantir que a primeira experiência híbrida de seus compradores seja a melhor possível, a fabricante garante que todas as concessionárias que venderem o Stonic contarão com treinamento adicional, próprio para os MHEVs.

    Outro atrativo, ao menos em tempos de crise na indústria, é a entrega sem filas: segundo a marca, um primeiro lote de 150 unidades já foi vendida, mas outras 250 já estão em estoque no Brasil. Agora cabe ao consumidor dizer se essa diferença de preço justifica uma hibridização leve.

    Teste – Kia Stonic 1.0 T-GDI MHEV

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 12,5 s
    0 a 1.000 m: 33,8 s – 155,7 km/h
    Retomadas
    D 40 a 80 km/h: 5,5 s
    D 60 a 100 km/h: 7,4 s
    D 80 a 120 km/h: 9,5 s
    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0: 14,2/25,2/56,5 m
    Consumo
    Urbano: 13,1 km/l
    Rodoviário: 16,1 km/l
    Ruído interno
    Neutro/rpm máx.: 38,4/62,6 dBA
    80/120 km/h: 64,1/69,3 dBA
    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h: 96 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em 7a marcha: 2.200 rpm
    Volante: 2,5 voltas
    Seu Bolso
    Preço básico: R$ 149.900
    Garantia: 5 anos

    Ficha técnica – Kia Stonic 2022

    Motores: gasolina, dianteiro, transversal, 3 cilindros, 16V, turbo, 998 cm³; elétrico, 48V. 120 cv a 6.000 rpm, 20,4 kgfm a 2.000 – 3.500 rpm.*
    Câmbio: automático, 7 marchas, tração dianteira
    Direção: elétrica
    Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
    Freios: disco ventilado (dianteira), disco sólido (traseira)
    Pneus: 205/55R17
    Peso: 1.256 kg
    Dimensões: comprimento, 414 cm; largura, 176 cm; altura, 152 cm; entre-eixos, 258 cm; porta-malas, 325 l

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