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Novo Lexus RX 450h+ é o híbrido plug-in que o RAV4 gostaria de ser

Primeiro plug-in da Lexus no Brasil custa 50% mais caro que o Toyota com mesma mecânica, mas esconde grandes qualidades

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 set 2024, 12h01 - Publicado em 15 ago 2024, 17h00
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 (Matheus Simanovicius/Lexus)
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Vira e mexe a Lexus reaparece. Presente no Brasil desde 2012, foi a primeira fabricante que decidiu vender apenas carros híbridos no Brasil. Mas passou os últimos quatro anos apenas com os híbridos plenos (HEV) e só agora lança seu primeiro híbrido plug-in (PHEV), o RX 450h+, por R$ 609.990.

Não por acaso, a Toyota lançou o RAV4 plug-in há dois meses e ambos usam o mesmo conjunto mecânico. O motor 2.5 aspirado a gasolina, que gera 187 cv e 23,6 kgfm (são 185 cv no Toyota) trabalha em conjunto com mais dois motores elétricos, sendo um dianteiro com 182 cv e 27 kgfm e um traseiro com 54 cv e 12,1 kgfm no eixo traseiro. A potência combinada é de 308 cv.

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(Matheus Simanovicius/Lexus)

Além do motor a gasolina funcionar em ciclo Atkinson, mais eficiente, a combinação dos motores é focada na eficiência de combustível: faz 13,9 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada. E ainda tem a bateria de 18,1 kWh, com autonomia elétrica para percorrer até 56 km em modo elétrico.

Por conta da diferença de propostas, a Lexus mantém o RX 500h F-Sport à venda por R$ 580.990. Este usa o reforço dos motores elétricos (87 cv na frente e 54 cv atrás) para aumentar o desempenho do motor 2.4 turbo. São 371 cv ao todo. Se faz 0 a 100 km/h em 6,2 s, contra os 6,5 s do plug-in, seu consumo é de 10,5 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada. 

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(Matheus Simanovicius/Lexus)

A questão é que o RAV4 plug-in é até mais rápido que os dois (chega aos 100 km/h em 6 s) e custa R$ 402.450 – ou 51,5% mais barato que o RX 450h+. O que faz, então, o Lexus ser tão diferente?

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Há uma clara diferença no design. Os Toyota ainda abusam dos vincos e recortes na carroceria, algo que a Lexus está abolindo com superfícies mais limpas e formas mais orgânicas na carroceria. A reestilização do RX, que chegou ao Brasil no início de 2023, integrou a grade ao para-choque e conferiu às lanternas traseiras um formato mais fluido. Mas os faróis (matriciais) recortados permanecem.

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(Matheus Simanovicius/Lexus)

As rodas aro 21 são vistosas e a janela espia na coluna C também. O porte é maior que o de um RAV4, pois são 4,89 m de comprimento (29 cm a maia) e 2,85 m de entre-eixos (16 cm extras), mas só isso não convence.

A impressão muda ao abrir a porta: a maçaneta parece comum, mas o mecanismo de abertura é elétrico e acionado por um mecanismo tátil. É um acesso diferente à uma cabine diferente, toda voltada para o motorista.

RX PHEV
(Divulgação/Lexus)

A tela de 14 polegadas para a central multimídia rouba a atenção, mas a experiência que proporciona é diferente. Há comandos físicos no meio da tela para controlar a temperatura e os outros controles nunca saem da tela e entre eles fica um controle giratório para o som. Só é estranho o botão de partida do carro no canto superior esquerdo da tela.

Outra coisa estranha é o quadro de instrumentos digital que só tem 7 polegadas e indicadores te tanque e temperatura são leds na lateral, um esquema que se vê num Fiat Pulse ou Fiat Toro. Até o Corolla tem uma tela de 12,3 polegadas ali.

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RX PHEV
(Divulgação/Lexus)

Pode ser um meio de valorizar o head-up display com uma grande projeção no para-brisas. Sem ele, inclusive, é difícil saber se os botões do volante (que funcionam por toque e pressão) estão controlando o quadro de instrumentos ou a central. Há uma redundância tão grande que chega a confundir em um primeiro momento. Não é o caso do retrovisor interno, que também pode exibir imagens de uma câmera traseira.

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A qualidade do acabamento é boa. Os materiais são bem melhores que os de um Toyota, com costuras caprichadas e até apliques de madeira no console e no volante. O sistema de som Mark Levinson com 20 alto-falantes e sub-woofer e a coluna de direção com ajustes elétricos também merecem destaque.

RX PHEV
(Divulgação/Lexus)

O Lexus RX também dá uma atenção incomum aos bancos, que são extremamente confortáveis, têm amplos ajustes elétricos e até mesmo três memórias. O do carona pode ser operado por quem está atrás para aumentar seu espaço. E os quatro assentos são ventilados e aquecidos.

Quem viajar atrás ainda terá uma terceira zona de temperatura, com saídas de ar centrais e pelas colunas, além de encosto com ajuste elétrico e cortinas nas portas. Mas se esse espaço precisar ser ocupado com carga, é só rebater os encostos eletricamente por botões no porta-malas ou comandos na central multimídia.

RX PHEV
(Divulgação/Lexus)

Mas a grande surpresa vem da dinâmica. O Lexus RX é um carro surpreendentemente bom de dirigir. Toda a sofisticação e o foco no conforto poderia ter resultado em um carro com sensações anestesiadas, mas isso não aconteceu. A direção tem um bom peso e respostas rápidas, os motores reagem bem ao acelerador e, por incrível que pareça, o bom isolamento acústico parece ter sido projetado para deixar que as frequências mais graves do motor invadam a cabine.

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Isso inclui uma questão paradoxal. Carros desse porte costumam ter suspensões pneumáticas ajustáveis, que suavizam o rodar do carro e até permitem uma variação de altura. O RX usa molas convencionais e amortecedores com solenóides que ficam mais firmes com o modo esportivo ativado. E só. É menos sofisticado? Sim. É pior? Neste caso, não.

RX PHEV
(Divulgação/Lexus)

Ainda há um nível de cuidado peculiar. Todos os sistemas semiautônomos são assistidos por mais radares. Os laterais, com direito a um par disfarçado sob os faróis, permitem até que o carro evite de abrir as portas caso perceba um veículo passando. E os vidros laterais dianteiros têm tratamento hidrofóbico de fábrica, para que a água da chuva não prejudique a visibilidade. Há um nível de cuidados diferente aqui.

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O preço do Lexus RX 450h+ assusta. Os R$ 609.990 colocam-no alinhado ao Volvo XC90 de entrada, que tem 462 cv com 50 km de autonomia elétrica, além de sete lugares e suspensão pneumática. Não surpreende que, neste ano, o XC90 sozinho tenha emplacado mais que todos os Lexus somados.

RX PHEV
(Divulgação/Lexus)

Na verdade, os Lexus precisam se vender sozinhos. Seus compradores são pessoas já iniciadas na marca (cerca de 80% retornam para comprar outro carro da marca) ou que conheceram os carros por alguém. É quase um clube.

Outras marcas de luxo oferecem design mais ousado com carros que podem ser facilmente reconhecidos de longe e estão na moda. Os Lexus têm acabamento excelente, uma boa dirigibilidade e sistemas de segurança mais avançados combinados com uma mecânica Toyota.

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Isso quer dizer que será difícil ter uma pane e, caso isso ocorra, os Lexus podem ser atendidos em qualquer concessionária Toyota. E os custos com manutenção não são tão mais caros: Se manter um Corolla até os 50.000 km custa R$ 4.423, no RAV4 custa R$ 5.136 e no RX 450 custa R$ 6.100 – mais barato que duas revisões em outras marcas de luxo.

A diferença é que agora os compradores de Lexus também poderão economizar no combustível… E em 2025, com o lançamento do elétrico RZ 450e, poderão deixar de visitar os postos de gasolina.

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