O TWI, um ressalto dentro dos canais dos pneus, indica o fim da vida útil deles, pelo menos legalmente. Quando a banda de rodagem os alcança, significa que chegou ao limite legal de 1,6 mm de profundidade. Mas os pneus podem deixar o carro inseguro antes que alcancem esse limite.
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A repórter Isadora Carvalho percebeu isso na prática ao volante do nosso Chevrolet Onix Plus. “Precisei enfrentar um temporal na Rodovia Anhanguera, a caminho de Limeira. Era tanta chuva que o carro aquaplanava só com a água correndo na pista para ser drenada. Tirava o pé, reduzia a velocidade e continuava sentindo o carro deslizando lateralmente”, conta.
Medimos os sulcos com paquímetro e estavam, em média, a 1,4 mm do TWI, 2,8 mm no total. Por sinal, em alguns países da Europa recomenda-se que, em períodos de chuva, não sejam usados pneus com sulcos com menos de 2,5 mm.
Aproveitamos a revisão dos 70.000 km para também trocar os quatro pneus e aí, sim, alinhar e balancear rodas e pneus. Agendamos o serviço na Pedragon da Vila Olímpia, em São Paulo, e logo na recepção avisamos sobre o erro na assistência da direção elétrica e da troca do filtro antipólen do ar-condicionado.
O orçamento, porém, foi apresentado com alinhamento, balanceamento e a limpeza do ar-condicionado. Quando questionamos sobre o erro na direção, o técnico disse que não teria o que fazer, pois o sistema da Chevrolet estava fora do ar na concessionária.
Passados 45 minutos, óleo do motor, filtros de óleo, de combustível e o anel do bujão do cárter já estavam trocados e o carro, liberado. Foi quando apresentaram o orçamento para a troca dos pneus: R$ 625 cada pneu Bridgestone e R$ 160 pelo alinhamento e balanceamento. Um total de R$ 2.660.
Perguntamos novamente sobre o erro da direção, mas só após o pagamento da revisão (R$ 592 e R$ 80 pelo filtro de cabine) disseram que o responsável pelo scanner só voltaria à oficina dali a dois dias.
Buscamos outra concessionária que pudesse resolver o problema no mesmo dia. Chegamos à Chevrolet Vigorito do Ipiranga e perguntamos se poderiam resolver o erro da direção. A primeira dúvida do técnico foi se o carro havia ficado sem bateria. Dissemos que não, então falou que iria desligar e ligar novamente a bateria, o que poderia resolver. A única coisa que conseguiu, porém, foi desprogramar os vidros elétricos. Teríamos, então, que retornar outro dia.
“Vi vários pneus empilhados pela loja e aproveitei para orçar a troca dos quatro pneus e o atendimento até mudou”, conta o piloto de testes Leonardo Barboza. Para cada ContiPowerContact 2, medida 195/55 R16 87H, idênticos aos originais, pediram R$ 460, mais R$ 150 pelo alinhamento e montagem e balanceamento grátis.
No total R$ 1.990, quando em lojas especializadas cotamos a R$ 475 e R$ 499 fora os serviços, pagos à parte. De fato, às vezes pode ser mais barato trocar os pneus nas concessionárias. Mais barato até do que na internet, onde ainda teríamos que pagar o frete.
Foi só dizer que faríamos a troca dos quatro, que o técnico aproveitou e pediu a um colega para passar o scanner e corrigir o erro da direção elétrica – sim, aquilo que deveríamos retornar em um outro dia para resolver.
“Quando retirou as rodas, o técnico veio falar que as pastilhas de freio, que trocamos aos 60.000 km, estavam no fim. Vi que estavam boas e disse que trocaria no mês seguinte. O mecânico argumentou que daria para rodar mais 1.000 km”, conta Barboza.
Com os novos pneus montados, balanceados e instalados no carro, passaram o scanner e o carro ativou o modo de aprendizado da direção elétrica. Foram aproximadamente dez minutos em um processo que manda girar o volante para todos os lados, deixar reto, abrir portas e desligar a ignição. Feito isso, testaram o Onix Plus dentro da oficina e o levaram para a rampa de alinhamento. Foi nessa hora que recebemos a ordem de serviço.
De acordo com o técnico, a reprogramação da direção custaria R$ 150, mas foi cortesia. Não é verdade, pois é um serviço feito em garantia. “Na hora que trouxeram o carro, ainda vi que ele estava sem as tampinhas dos bicos dos pneus. Procuraram, não encontraram as corretas (cinza) e colocaram outras, pretas.
Na Fukuda Motorcenter, verificamos o serviço das duas concessionárias. A Pedragon fez todo o serviço corretamente, mas a Vigorito se esqueceu da atualização da posição dos sensores dos pneus após a montagem. Os eixos estavam trocados, então corrigimos a posição dos pneus para não termos mais problemas. O erro da direção elétrica, que já apareceu outras vezes, sumiu mais uma vez. Só não sabemos até quando.
Chevrolet Onix Plus – 70.227 km
Ficha técnica: | |
Versão: | Premier 1.0 12V Turbo |
Motor: | 3 cilindros, dianteiro, transversal, 999 cm3, 12V, turbo, 116/116 cv a 5.500 rpm, 16,8/16,3 mkgf a 2.000 rpm |
Câmbio: | Automático, 6 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 1.112 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: | Até 60.000 km – R$ 3.012 |
Gasto no mês: | Combustível: R$ 1.903 Revisão: R$ 672 Pneus: R$ 1.990 |
Consumo: | No mês: 2,6 km/l com 29% de rodagem na cidade Desde dez/19: 13,2 km/l com 29,3% de rodagem na cidade |
Combustível: | Flex (gasolina) |