Nosso Fiat Pulse Hybrid tem barulho de vento na cabine e nem gambiarra resolve
Nível de ruído na cabine do nosso Fiat Pulse continua incômodo e nem mesmo uma gambiarra que testamos trouxe resultado efetivo

Para nosso Fiat Pulse Hybrid, este foi um mês de experimentar as atualizações e correções feitas anteriormente. Antes mesmo da revisão dos 10.000 km, nosso carro esteve na Fiat Sinal Vergueiro para verificação das borrachas de vedação das portas traseiras e do porta-malas, o que poderia ser a causa do forte barulho de vento na cabine acima dos 100 km/h.
Foi nesta ocasião que atualizaram a lógica de exibição do funcionamento do sistema híbrido do nosso Fiat Pulse – que só foi comunicada pela fabricante semanas depois.
Após o uso do carro em condições e cenários diferentes, notamos que o quadro de instrumentos sempre sinaliza um impulso fraco do motor-gerador (BSG) assistindo o motor 1.0 turbo. Mesmo após dias a fio com o carro parado, não chega a descarregar a bateria de lítio. A assistência elétrica efetiva, que realmente pode ser sentida no comportamento do carro, depende do estado de carga das baterias (de chumbo e de lítio) adequado.

Em outras palavras, o carro passou a mostrar pelo menos uma fração da barra azul de assistência elétrica em todas as situações, para que o usuário não interprete que o veículo está com defeito. Curiosamente, essa nova programação faz com que o carro sinalize que há impulso elétrico até mesmo na estrada, em velocidades superiores a 80 km/h, que seria o limite para a assistência feita pelo BSG.
A troca da guarnição de borracha da tampa do porta-malas ou o ajuste das guarnições das portas traseiras (onde a concessionária encontrou uma infiltração de água) não resolveram a questão do ruído de vento dentro do Pulse acima dos 100 km/h. Quem dirige nosso Fiat tem a incômoda sensação de que algum vidro traseiro está com uma fresta aberta.
Quem nos atendeu na concessionária Sinal disse que esse barulho de vento seria natural do carro, por conta da curva dos vidros laterais traseiros – o que deveria ser comum a qualquer unidade do Pulse. Buscamos, então, as medições de ruído a 120 km/h de todos os Pulse já testados por QUATRO RODAS. Enquanto o nosso Pulse registrou 74 dB, a média dos outros foi 70,7 dB. O nosso Pulse foi o pior e o Pulse híbrido da fábrica testado no lançamento foi o melhor de todos, com 68,5 dB.
Durante uma viagem de 500 km, em um bate e volta entre São Paulo (SP) e Brotas (SP), resolvemos testar os efeitos de colocar fitas para reduzir o vão das janelas laterais. A percepção foi de que houve uma pequena melhora. O repórter Guilherme Fontana deu uma segunda opinião no dia seguinte, após ir para Jundiaí (SP) com as fitas e voltando à capital sem elas, e notou diferença.
Então, resolvemos fazer o teste de ruído com o decibelímetro nas duas situações. Sem fita, o ruído aferido foi de 72,1 dB e, com a fita, piorou para 72,9 dB. Nosso piloto de testes, Leonardo Barboza, ficou incrédulo: ele também teve a sensação de que o carro havia ficado mais silencioso com as fitas nas janelas.

Existe uma explicação para isso: nossa audição capta frequências específicas e não toda a pressão sonora do ambiente. Da mesma forma, o isolamento acústico de um carro é projetado para captar justamente as frequências geradas pelos sistemas do carro e pelo vento passando em sua carroceria.
E, mesmo com todo o barulho de vento, ainda conseguimos ouvir o barulho do câmbio CVT, cujo parecer da concessionária Ventuno, na revisão dos 10.000 km, foi de que seria causado pela válvula wastegate do turbo (é impressionante o repertório de justificativas que as oficinas têm). Em viagens, no entanto, é possível notar que o ruído é constante e mais acentuado entre 4.000 e 5.000 rpm. É um barulho característico da correia metálica passando pelas polias do câmbio CVT. Em outras palavras, aparentemente o câmbio CVT do nosso Fiat Pulse está “cantando”. É mais uma situação para apresentar para uma concessionária em busca de solução.
Fiat Pulse – 12.605 km
Versão: | Impetus T200 Hybrid |
Motor: | 3 cil., diant., transv., 999 cm3, 12 V, aspirado, 130/125 cv a 5.750 rpm, 20,4 kgfm a 1.750 rpm |
Câmbio: | automático, CVT, 7 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 1.425 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: |
Até 100.000 km: R$ 8.622 |
Gastos no mês: | Combustível: R$ 1.245 |
Consumo: | No mês: 12,7 km/l com 51,5% de rodagem na cidade Desde dez/24: 12 km/l com 63,7% de rodagem na cidade |
Combustível: | flex (gasolina) |