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Longa Duração: motor 1.6 16V do Citroën C4 Cactus surpreendeu no desmonte

Motor antigo é o mesmo do novo Peugeot 208 e mostrou que evoluções feitas nos últimos 20 anos deram resultado

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 out 2020, 17h28 - Publicado em 23 out 2020, 08h00
Bloco do motor 1.6 16V do Citroën C4 Cactus se saiu muito bem no teste (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)

O teste de Longa Duração do Citroën C4 Cactus chegou ao fim e você confere o desmonte e a análise completa dele na edição de outubro da QUATRO RODAS, que já está nas bancas.

Mas vale um spoiler exclusivo para o motor 1.6 16V EC5. Ele vinha se destacando desde o último teste de pista do SUV compacto. Isso porque, após 60.000 km, o carro teve melhora consistente nos números de desempenho e consumo.

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E, vale lembrar, este é praticamente o mesmo motor 1.6 que equipa o Peugeot 208. O que muda é o mapa da injeção, que reduziu o torque de 16,1 kgfm a 4.750 rpm para 15,5 kgfm a 4.000 rpm O compacto decepcionou um pouco por não ter motor 1.2 turbo, mas esta evolução do motor 1.6 que estreou no 206 em 1999 se revelou muito robusta.

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Motor 1.6 16V EC5 tem modestos 118 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Antes de começar, efetivamente, o desmonte do Cactus, Fábio Fukuda, da Fukuda Motorcenter, oficina responsável por todo o acompanhamento e desmantelamento dos carros de Longa Duração, faz a medição da pressão no interior dos cilindros em sua temperatura de trabalho.

Tomando por base a média de três medições, o quarto cilindro tinha a maior pressão (195 psi), e o segundo apresentou a menor pressão (188,3 psi). “A montadora não divulga o valor de pressão dos cilindros nominal e mínima, mas a diferença máxima entre as pressões, de 5%. A diferença registrada foi de 3,72%, portanto todos os cilindros estão dentro do esperado”, explica.

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Níveis de pressão de óleo também estavam adequados, vide a tabela abaixo:

Marcha-lenta 4000 RPM
Pressão Mínima Nominal 0,65 bar 2,4 bar
Pressão Aferida 1,5 bar 2,5 bar

A desmontagem começa mesmo é com a retirada do conjunto motor e câmbio. Os coxins do motor e do câmbio em perfeito estado não surpreendem, pois o isolamento das vibrações foi um dos pontos fortes do C4 Cactus do início ao fim do teste.

Coxins do motor estavam em perfeito estado (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)

Ao retirar as velas, que foram trocadas aos 40.000 km, vimos que todas apresentaram folgas rigorosamente iguais, de 0,95 mm. De acordo com a Citroën, quando novas elas deveriam apresentar 0,90 mm e a tolerância é de 0,05 mm. Ou seja, estariam bem no limite.

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Mas como bem apontou Fukuda, isso é uma derrapada da concessionária que executou a troca. “Merece atenção, mas é bem provável que tenham tirado as velas da caixa e instalado sem regular a folga, pois os eletrodos estão perfeitos”.

Cabeçote do motor ainda com as válvulas (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)

Ao soltar o cabeçote, impressionou o bom estado da cabeça dos pistões e das válvulas, tanto as de admissão como as de escape.

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“Estavam bem limpos e sem sinais de carbonização excessiva, especialmente se levarmos em consideração que neste teste foi utilizado apenas gasolina comum. Neste caso a injeção indireta se mostrou bastante eficiente e calibrada para um rendimento excelente”, explica Fukuda.

Mesmo queimando gasolina comum por 60.000 km, havia pouca carbonização nos pistões (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)

Carbonização em excesso foi um problema apresentado em todos os últimos Citroën que passaram por esta seção. Já no motor 1.5 8V do Peugeot 208 desmontado em 2014, a deposição de carvão foi média.

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Mas o 1.6 16V EC5 mostrou os efeitos das evoluções que recebeu no Brasil nos últimos 20 anos, como o comando de válvulas de admissão variável e a bomba de óleo com vazão variável – ambos perfeitos ao fim do teste. Contudo, de acordo com Fukuda, o que também pesou para esse resultado foi a troca do tanquinho de partida a frio por aquecedores nos bicos injetores.

Virabrequim não apresentou desgaste (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)

Esses sistemas foram adicionados numa atualização profunda realizada em 2015 e estreou no Peugeot 308. Depois dele, outros carros da Peugeot e Citroën receberam as mesmas mudanças.

Para completar a desmontagem do motor, retiramos o virabrequim. Não constatamos desgaste nos munhões e moentes da peça, nem em suas bronzinas de mancal e bielas. Diâmetro dos pistões e largura dos anéis estão em conformidade com os dados divulgados pela fabricante.

Válvulas também revelaram pouca carbonização (Renato Pizzutto/Quatro Rodas)

Ainda que a empresa não revele parâmetros de ovalização e conicidade dos cilindros, quando se manifestaram foi mínimo, 0,01 mm. “Dessa forma, podemos afirmar que está tudo dentro do que se espera de um motor novo e em ótimo estado de conservação”, garante Fukuda. Também é mérito do eficiente sistema de lubrificação e do óleo 0W30 sintético usado ao longo de todo o teste.

O motor do Citroën C4 Cactus foi aprovado no Longa Duração. Você confere o desmonte completo, bem como as peças que foram reprovadas ou merecem atenção, na edição de outubro da QUATRO RODAS, disponível nas bancas e online. Clique aqui e tenha o acesso digital.

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