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Hyundai Palisade é um Veracruz moderno com 8 lugares e jeitão americano

SUV mantém estratégia e motor V6 do tempo do Hyundai Veracruz e quer ser alternativa ao Toyota SW4

Por Henrique Rodriguez SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 3 out 2024, 14h58 - Publicado em 27 set 2024, 09h00

O ano é 2008. O Hyundai Veracruz chegava para completar uma linha de SUVs com Tucson e Santa Fe. Era consideravelmente maior, com sete lugares e com motor V6 3.8 de 270 cv. Após 16 anos, a linhagem continua no Brasil com o lançamento do Hyundai Palisade, ainda maior e mais requintado. E o elo entre eles é o motor.

Hoje, o motor V6 3.8 Lambda continua aspirado mas tem injeção direta e 295 cv, ainda que mantenha o torque de 36,2 kgfm. As melhores evoluções estão na transmissão, com câmbio de oito marchas e tração integral em vez do automático de seis marchas e da tração 4×4 part-time, que só funcionava até 30 km/h. Mas o motor nem merece tanto destaque.

Entre 2012 e 2018, a Hyundai tentou explorar o segmento dos SUVs grandes de sete lugares com o Grand Santa Fe, com traseira mais comprida para aumentar o espaço na terceira fileira. Voltaram atrás dessa estratégia: o grande mercado desse tipo de carro é os Estados Unidos, onde as grandes dimensões não são um problema.

O Palisade é o maior Hyundai já feito. São 4,99 m de comprimento e 2,90 m de entre-eixos, além de 1,75 m de altura e 1,97 m de largura. Mas pode ser que aumente na próxima geração, que será revelada nos próximos meses para ser lançada dentro de um ano. Este atual vai seguir à venda no Brasil até 2026.

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A última reestilização é do modelo 2023 e ainda tem design alinhado com o do novo Hyundai Creta 2025, que estreia em outubro. Uma diferença importante é que seus faróis parecem estar a 90°: mais próximo dos para-lamas estão a assinatura de leds, mais para dentro os três blocos de leds que respondem pelo facho dos faróis e disfarçados de grade, próximo ao capô, as luzes de seta.

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Essa verticalização das luzes também está nas lanternas traseiras, que ganham volume graças ao aplique prateado na tampa do porta-malas. O que mais interessa na traseira é o espaço. Tome nota: sobram bons 311 litros com a terceira fila armada, mas com ela rebatida são 704 L e a abertura da tampa é elétrica.

Da família à banda

O Hyundai Palisade terá apenas uma versão no Brasil, a Signature com oito lugares e opção de interior cinza claro ou preto, por R$ 449.990. É caro, mas os R$ 175.000 do lançamento do Veracruz, em 2008, correspondem a R$ 437.138 (IPCA) de hoje. Muita coincidência?

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A configuração de oito lugares é curiosa. Não é que a terceira fila seja apertada, o espaço está acima da média, mas é preciso apertar para levar três pessoas ali. A não ser que sejam integrantes de uma banda de pop coreano (K-pop), que são magrinhos. Bom é que há saídas de ar-condicionado no teto, uma porta USB-C de cada lado e um amplo teto solar só para os bancos traseiros.

O acesso à terceira fila é bom e facilitado pelo comando eletro-mecânico de rebatimento da segunda fila. Esta ainda tem ajuste do encosto e ajuste elétrico para negociar o espaço para a terceira fila. Ali, há saídas de ar pelo teto e pelo console central, onde os passageiros podem operar a própria zona de temperatura e até a ventilação e aquecimento dos bancos traseiros.

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Não é de surpreender que o Palisade seja fabricado apenas na Coreia do Sul (de onde vêm para o Brasil) e nos Estados Unidos, que abastece toda a América do Norte. É fácil notar que é um carro pensado para estadunidenses: há dois porta-copos enormes em cada uma das portas traseiras, um maior que o outro.

Na frente, o console central largo e elevado é outra estratégia para agradar aos EUA, assim como os botões práticos e de fácil identificação para tudo: som, ar-condicionado, seletor de tração e modos de condução, temperatura dos bancos e até para o câmbio.

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O que assusta é que a opção de acabamento claro inclua até mesmo um volante em cinza claro: será preciso ter cuidado para essa cor se manter por muito tempo. Ao menos não há pedal para o freio de estacionamento: é elétrico e o comando de desativação permanece à esquerda da direção.

Na dinâmica, o Hyundai Palisade tem o comportamento esperado de um SUV deste porte. Um rodar que prioriza o conforto, permitindo a carroceria inclinar um pouco nas curvas para não exigir muito dos passageiros. A tração integral aumenta a tolerância do carro a curvas mais rápidas, mas os controles eletrônicos estão sempre atentos aos maiores exageros.

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Mas a função de um carro como esse é ser exatamente um bom (e grande) carro para longas viagens. O V6 3.8 é mais adepto às velocidades constantes, mas se defende bem nas acelerações. O zero a 100 km/h em 7,7 segundos declarado pela marca é um bom número para um carro com 2.036 kg.

Como fazia o Veracruz, o Hyundai Palisade se posiciona como uma alternativa aos SUVs derivados de picapes e com motor diesel, como o Chevrolet TrailBlazer (R$ 377.890), o Mitsubishi Pajero Sport Legend Black (R$ 425.990) e o Toyota SW4 Diamond (R$ 433.490), oferecendo mais conforto em troca. Quando o assunto é carro de sete lugares, ainda não há nenhum híbrido nessa faixa de preço.

Ficha técnica – Hyundai Palisade Signature

Preço: R$ 449.990
Motor: gasolina, dianteiro, transversal, v6. em linha, 24V, DOHC, 3.778 cm3, 295 cv a 6.000 rpm, 36,2 kgfm a 5.200 rpm
Câmbio: automático, 8 marchas, tração integral
Consumo: Cidade, 7,3 km/l; Estrada, 9,9 km/l
Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), sólido (tras.)
Pneus: 245/50 R20
Dimensões: comprimento, 499,5 cm; largura, 197,5 cm; altura, 175 cm; entre-eixos, 290 cm; porta-malas, 311/704 litros; peso, 2.036 kg