
A Honda CRF 230F mudou pouco na recém-lançada versão 2011. Mesmo não investindo muito, a Honda poderia ter melhorado o farol retangular, que, apesar da lâmpada de 35 W, ilumina quase tanto quanto uma vela sobre um pires. Outro avanço seria o freio traseiro a disco.
Além dos novos adesivos, a traseira branca deixa a CRF 230F parecida com as irmãs importadas de 250 e 450 cc. É fato que sua concorrente direta – bem mais bonita, diga-se -, a Yamaha TTR 230, também não traz muitas mudanças desde seu lançamento. Quem perde com essa água parada é o consumidor. Pelo menos o preço se mantém atraente: com 10530 reais você leva um modelo zero com garantia de três meses sem limite de quilometragem.
A Honda CRF 230 continua sendo ótima opção de ingresso para quem quer se aventurar fora do asfalto.
Parceira de pilotos jovens, velhos, iniciantes e até mesmo mais experientes, essa Hondinha é figura fácil nas trilhas espalhadas pelo país. Valente, ela se submete a níveis de exigência impensáveis. O motor OHC de 223 cc oferece bom torque em baixas rotações e ânimo para subir de giro e empurrar com destreza os 107 kg de peso a seco. Aros de alumínio, partida elétrica e suspensões bem acertadas para iniciantes fazem da CRF uma econômica maneira de se divertir, a preço justo.
Os freios, dianteiro a disco e traseiro a tambor, estão alertas para qualquer manobra. O câmbio de seis velocidades possui engates precisos e escalonamento de marchas excelente, que não deixa o propulsor de 19,3 cv perder o fôlego.
Quanto à geometria e posição de pilotagem, ela é quase perfeita. Estreita e agradável de pilotar em pé ou sentado, a CRF continua a melhor opção para os futuros pilotos profissionais. Ou então para profissionais aposentados, que buscam apenas diversão.
VEREDICTO
A CRF 230 segue como uma boa porta de entrada ao off road – e bem mais bonitinha.