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Ford Fusion 2.0 Ecoboost

Com linhas inspiradas no Aston Martin, o Fusion dá um salto significativo e fica mais competitivo

Por Péricles Malheiros | foto: Marco de Bari
Atualizado em 9 nov 2016, 08h05 - Publicado em 7 dez 2012, 11h45
testes

A primeira geração do Fusion começou a ser vendida no Brasil em 2006. Custava pouco pelo porte, mas mesmo seus fãs nunca colocaram o design como um de seus pontos fortes. Anos depois, a partir do modelo 2010, uma maquiagem pesada garantiu fôlego extra ao sedã. Mas agora a história é outra. Nada de face-lift, o Fusion 2013 é, de fato, um carro novo. No conceito, na forma, no espírito e até na missão.

No mês anterior tivemos um primeiro contato com o modelo no México, agora pudemos fazer o teste na pista de Limeira. A versão avaliada é a top Titanium, com motor EcoBoost 2.0 GTDi, turbo, injeção direta de gasolina e comando variável de válvulas de admissão e escape. A Ford se apoia na eficiência desse motor (relação de quanto bebe pelo desempenho que proporciona) para justificar a troca do V6 3.0. Assim como a antiga versãoV6 (testada em maio de 2009), a Titanium tem tração nas quatro rodas, o que abre espaço para uma comparação imediata de resultados. O 2.0 GTDi deu um passeio no 3.0 no 0 a 100 km/h (7,4 ante 8,9 segundos) e em retomadas de velocidade (por exemplo, 60 a 100 km/h em 4,3 frente 5 segundos).Além de mais silencioso em todas as medições de ruído interno, o motor turbo bebeu menos gasolina na cidade (7,9 ante 7,4 km/l) e empatou no consumo rodoviário (11,1 km/l).

A antiga plataforma do Mazda 6 foi substituída pela CD3, desenvolvida para atender ao plano One Ford, que visa à criação de produtos globais. A mesma CD3 servirá de base para o novo Mondeo, que nada mais é que este Fusion 2013. Mas, se a base de Mazda é coisa do passado, o desenho da carroceria tem evidente inspiração nos cupês da Aston Martin. No interior, chama atenção o console central muito parecido com o dos Volvo. Mazda, Aston Martin e Volvo pertenceram à Ford até a década passada.

Por enquanto, só o Titanium está confirmado. “Haverá a pré-venda de novembro a fevereiro, quando começa a entrega. Mas já em dezembro entregaremos 400 carros de um lote especial”, afirma Oswaldo Ramos, gerente de marketing da Ford. O aumento da família já está certo. “Em março chegam duas versões mais simples, ambas só com tração dianteira. Uma com o mesmo 2.0 GTDi e outra com um 2.5 flex aspirado parecido com o da Ranger”, diz. O híbrido vem logo em seguida, em abril. Apenas o preço do Titanium foi divulgado: 112990 reais. Superior ao antigo V6 na pista, os Fusion 2.0 GTDi e híbrido devem continuar representando uma fatia muito pequena nas vendas do Fusion.

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Quando a versão de entrada chegar, boa parte da tecnologia embarcada do Titanium ficará de fora. E a lista de itens a cortar é vasta. São de série: som de alta potência, teto solar, bancos de couro (o do motorista é elétrico e com memória), controles de tração e estabilidade, ABS e airbags frontais, laterais, de cabeça e de joelho. Acha pouco? Felizmente, a Ford também. Há um pacote tecnológico digno de carros de categorias superiores, com sistema de manutenção de faixa de rolamento (a direção vibra se o carro sair da faixa), alerta no caso de detecção de sonolência do motorista, piloto automático adaptativo (freia e retoma a velocidade de acordo com o veículo à frente), aviso de veículos em pontos cegos, alerta de fluxo cruzado (muito útil ao sair de ré de uma vaga de estacionamento de shopping, por exemplo) e sistema automático de baliza em vagas paralelas.

Mas seu refinamento não está “só” nos itens de série nem no bom acabamento da cabine ao estilo Volvo. Construtivamente, o sedã tem novidades, como a suspensão. “Para garantir suavidade, o conjunto dianteiro é montado num subchassi, que é fixado ao carro não por meio de parafusos, mas por coxins”, diz Klauss Mello, gerente de engenharia da Ford. O uso na cidade revelou um Fusion mais direto na comunicação com o motorista. A suspensão tem ação progressiva: macia em ondulações e mais rígida no contorno de curvas longas. A direção com assistência elétrica repete a dose: suave nas manobras e firme e rápida em velocidades mais altas.

Comparado a rivais coreanos e alemães, o Fusion tem acabamento, desempenho e estilo competitivos. Esse confronto, bem como a ficha e a avaliação do Ford, você encontra nas próximas páginas.

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