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Fiat Fastback é SUV com perfil cupê e mala de sedã, e parte dos R$ 129.990

Novo carro da Fiat estreia com motores 1.0 turbo do Pulse e 1.3 turbo do Compass e custa até R$ 149.990

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 nov 2022, 18h48 - Publicado em 14 set 2022, 17h30

“Se a vida lhe der limões, faça uma limonada”, diz o ditado popular. O Fiat Fastback 2023 é uma limonada suíça bem gelada. Combina a plataforma MLA do Pulse, as portas do Cronos e até o motor 1.3 turbo da Toro em uma carroceria de SUV cupê para tentar se destacar em um segmento com Chevrolet Tracker, VW T-Cross e Hyundai Creta.

Justamente por isso, houve um esforço da engenharia da Stellantis para tornar o Fastback o mais refinado possível com o que a empresa tem a sua disposição. É o único Fiat nacional com freio de estacionamento eletrônico, por exemplo.

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Se o carro-conceito de mesmo nome apresentado no Salão do Automóvel de 2018 propunha um SUV cupê médio baseado na Fiat Toro — que até antecipou a reestilização da picape. Seria uma espécie de Jeep Compass com linha de perfil mais sensual e preço ao redor dos R$ 170.000.

Preços do Fiat Fastback 2023:

  • Fiat Fastback Audace 1.0 GSE Turbo – R$ 129.990
  • Fiat Fastback Impetus 1.0 GSE Turbo – R$ 139.990
  • Fiat Fastback Limited by Abarth 1.3 GSE Turbo – R$ 149.990

O carro de produção surge em uma faixa de preço inferior. O Fiat Fastback custa entre R$ 129.990 e R$ 149.990, o que o coloca como uma alternativa acima do Fiat Pulse e paralela a do Jeep Renegade — este sempre equipado com o motor 1.3 turbo.

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(Divulgação/Fiat)

Meio espremido entre os outros SUVs compactos da Stellantis, o Fiat Fastback 2023 é oferecido em apenas três versões.

O Fastback Audace 1.0 turbo (R$ 129.990) já tem de série o câmbio automático CVT de sete marchas, ar-condicionado automático e digital, central multimídia de 8,4 polegadas, sensores e câmera de ré e borboletas para trocas sequenciais.

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(Divulgação/Fiat)

E ainda tem itens que o Pulse Audace 1.0 turbo (R$ 139.990) não tem, como os faróis full-led (no Pulse as setas não são de led), rodas de liga leve aro 17,  freio de estacionamento eletrônico com auto hold e direção com ajuste de altura e profundidade (que só o Pulse Impetus tem, um erro que a Fiat não repetiu).

O que não vai mudar em nenhuma das versões é o número de airbags, apenas quatro: os dianteiros e os laterais, dispensando os de cortina que quase todos os concorrentes têm de série.

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(Divulgação/Fiat)

O Fastback Impetus 1.0 turbo (R$ 139.990) soma central multimídia de 10,1 polegadas, quadro de instrumentos digital, teto pintado de preto, rodas aro 18 diamantadas, banco de couro e teto e coluna pretos, além do sensor de estacionamento dianteiro.

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Ambos usam o motor 1.0 GSE turbo de 130 cv e 20,4 kgfm, combinado com o câmbio automático CVT com simulação de sete marchas, exatamente o mesmo conjunto dos Fiat Pulse equivalentes.

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(Divulgação/Fiat)

Já o Fastback Limited Edition by Abarth (R$ 149.990) é o único com motor 1.3 GSE turbo de 185 cv e 27,5 kgfm combinado com o câmbio automático de seis marchas. Em termos de equipamentos, não há diferenças para a versão Impetus. Visualmente, porém, troca os detalhes prateados e cromados por elementos pretos ou fumês.

Metamorfose ambulante

O Fiat Fastback tem sua própria dianteira, ou quase isso. Seu para-choque com tomadas de ar (funcionais, diga-se) verticais nas laterais e os faróis de neblina discretos nos cantos da tomada de ar inferior foi visto primeiro no Pulse Abarth que, porém, ainda não foi lançado.

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(Divulgação/Fiat)

Os faróis full-led escurecidos também são compartilhados com a versão esportiva, enquanto o Pulse tem faróis com o mesmo formato mas com lâmpadas comuns para as setas. O Fastback Limited by Abarth tem cara de Pulse Abarth, com detalhes com acabamento preto brilhante e cromado fumê na base do para-choque. As demais versões tem apliques cromados e que imitam aço escovado.

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(Divulgação/Fiat)

Portas dianteiras são as mesmas do Pulse, enquanto as portas traseiras têm o mesmo corte das usadas pelo Cronos, mas com a linha de cintura levemente elevada para se alinhar com os volumosos para-lamas traseiros. Talvez não tão volumosos quanto as molduras das caixas de roda que estranhamente fazem com que as rodas de 18 polegadas pareçam pequenas.

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(Divulgação/Fiat)

São esses para-lamas que dão o que falar. É naquela área da carroceria que o sedã vira cupê sob o preço de uma coluna C mais grossa. O vinco que começa nas portas traseiras corta a coluna e se transforma em uma espécie de aerofólio na base do vidro traseiro. Talvez por isso não tenha limpador traseiro.

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(Divulgação/Fiat)

Por sinal, a seção traseira do Fiat Fastback é inteiramente nova, com lanternas estreitinhas e que só têm luzes de led. O para-choque é grande e ainda recebe uma curiosa peça preta, mais saliente, que simula o extrator ao mesmo tempo que aloca os sensores de estacionamento. Sobre eles fica um friso metálico ou prateado que emula falsas saídas de ar.

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(Divulgação/Fiat)

A traseira com enorme balanço traseiro ajuda a explicar as dimensões do Fastback. Com 4,43 m de comprimento, chega a ser 3 cm mais comprido que um Jeep Compass. Mas tem modestos 2,53 m de entre-eixos, 1 cm a menos que o novo Citroën C3. A largura é de 1,77 m e a altura, de 1,54 m. O vão livre do solo é de 19,2 cm.

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(Divulgação/Fiat)

O porta-malas é um destaque à parte do Fastback. Com 516 litros, é quase tão grande quanto o do Cronos, que tem 525 litros. Contudo, o SUV cupê tem vão de acesso muito maior pois a tampa se abre com o vidro e o sedã tem articulações do tipo pescoço de ganso que invade seu compartimento. Curioso é o tampão, que é dobrável.

Para os ocupantes, porém, o Fastback não é tão espaçoso assim. Quem viaja no banco traseiro se beneficia apenas do fato do encosto do banco ser mais inclinado. A novidade é a saída de ar-condicionado dedicada a quem sentar ali.

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(Divulgação/Fiat)

Na dianteira, os bancos são tão confortáveis quanto os do Pulse. O painel também é rigorosamente o mesmo do SUV, com a diferença do console central mais alto que ainda tem porta-copos removível e com um outro compartimento sob ele, além dos botões para o freio de estacionamento eletrônico.

Por sinal, esse freio de estacionamento exigiu um desenvolvimento de três anos junto a Continental, conta Marcio Tonani, diretor de desenvolvimento de produtos da Stellantis para a América do Sul.

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(Divulgação/Fiat)

Isso porque, ao contrário do sistema usado por Renegade e Compass e pela grande maioria dos carros com esse item de conforto, o sistema não atua em discos de freio. O Fiat Fastback tem freios traseiros a tambor, que são acionados eletricamente quando o freio de estacionamento é ativado. Esta solução é raríssima no mundo e mais comum em carros elétricos, como a família Volkswagen ID.

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(Divulgação/Fiat)

A dinâmica do Fiat Fastback também recebeu atenção. Tomando o conjunto de suspensão do Pulse como pontos de partida, mas com novos amortecedores e molas, barra estabilizadora mais grossa e eixo de torção mais robusto.

Como anda o Fiat Fastback?

O empenho da engenharia surtiu efeito. O Fastback lida melhor com buracos e imperfeições do asfalto que o Pulse, que por sua vez tende a transmitir mais vibrações aos ocupantes. O SUV cupê também revelou ter mais talento que o irmão menor em curvas.

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(Divulgação/Fiat)

Nosso primeiro contato foi com o Fiat Fastback Limited Edition by Abarth, versão mais cara e única equipada com o motor 1.3 GSE Turbo de 185 cv e 27,5 kgfm e câmbio automático de seis marchas. E foi justamente entre São Paulo e São Bento do Sapucaí (SP), um percurso com longas retas no início e serras cada vez mais travadas no final. 

Por mais que se tente, o Fastback não mostra seu limite para lidar com as curvas mais fechadas. Reage neutro, sem revelar tendência a sair de frente ou de traseira. Tem, realmente, um belo trabalho de acerto de suspensões.

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(Divulgação/Fiat)

A adoção do conjunto mecânico mais potente é simplesmente irrepreensível. Se o motor 1.3 turbo já fazia Renegade e Compass andarem bem mesmo com pesos próximos dos 1.500 kg, sobra fôlego para lidar com os cerca de 1.300 kg do Fastback.

A hesitação em saídas que o motor demonstra nos SUVs da Jeep está um pouco atenuada pelo peso menor, mas ainda é notável especialmente em retomadas após passar por lombadas. Quando em movimento, porém, o modo Sport ajuda a deixar as reações mais rápidas e a direção elétrica ainda mais pesada.

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(Divulgação/Fiat)

Revezando a posição de motorista e de carona, o que realmente chama atenção é que novo console central é muito mais largo do que poderia ser, o que limita o espaço lateral para as pernas dos motoristas. Para ter uma ideia, é tão mais largo que as abas do console chegam a avançar sobre as beiradas dos bancos, dificultando o acesso à fivela do cinto.

Mas esse é o tipo de questão que o Fiat Fastback só poderia resolver se tivesse sido concebido em outra plataforma, com dimensões mais avantajadas (até a Small Wide de Renegade e Compass é extremamente limitada neste aspecto).

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(Divulgação/Fiat)

Se o objetivo era realmente fazer o melhor carro possível considerando a plataforma, os motores e os equipamentos disponíveis na fábrica da Fiat em Betim (MG), o Fiat Fastback alcançou seu resultado. Mas em um segmento tão disputado como o dos SUVs compactos, talvez o visual de cupê seja seu maior trunfo.

Ficha técnica – Fiat Fastback Limited 1.3 GSE Turbo

Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cil., 16V, 1.332 cm³, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5, kgfm a 1.750 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
Direção: elétrica, 10,7 m (diâmetro de giro)
Suspensão: ind. McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.), tambor ventilado (tras.)
Pneus: 215/45 R18 Rodas: liga leve, 18’’
Peso: 1.304 kg
Dimensões: comprimento, 442,7 cm; largura, 177,4 cm; altura, 154,5 cm; entre-eixos, 253,2 cm; porta-malas, 516 l, tanque, 52 l

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