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Chevrolet Trax

Rebatizado de Tracker no Brasil, a GM vai trazer o Trax do México para seguir as pegadas na trilha aberta pelo EcoSport

Por Sergio Oliveira de Melo | fotos: Michael Sexton
Atualizado em 9 nov 2016, 08h06 - Publicado em 3 dez 2012, 16h23
impressoes

A adaptação do nome original Trax (como foi batizado no México, onde é produzido) para Tracker diz muito sobre o próximo lançamento da Chevrolet. Além da sonoridade mais forte, a GM se vale de um nome familiar por aqui – o futuro lançamento será homônimo do jipinho 4×4 que era importado da Argentina até 2009, na verdade um Suzuki Gran Vitara com a marca Chevrolet. Por aqui o Tracker (rastreador, caçador, em inglês) reencarnou na forma de um SUV compacto. Sua principal missão na Terra (mais propriamente no asfalto…) é seguir o caminho aberto por Ford EcoSport e seguido pelo Renault Duster.

Feito sobre a plataforma do Sonic, o Trax é uma resposta tardia da GM ante o sucesso do Eco. E é uma resposta no mesmo tom: tem bom tamanho e altura, motor competente, acabamentos dentro do nível do segmento e visual parrudo, com a impressão de robustez de que tanto gostam os compradores dos aventureiros. Não estranhe a sensação de déjà vu, pois ele segue a cartilha atual do design da Chevrolet. A grade frontal se destaca do resto, com o elemento horizontal que ostenta a gravatinha. O capô é saliente, todo emoldurado por um friso cromado.

Por dentro, fica clara a intenção de lutar contra o EcoSport. O painel central, por exemplo, é parecido com o do Ford. Mas no lugar onde o Eco tem as saídas de ar, o Trax traz dois espaços para, segundo a GM, colocar um celular. Mas se puser lá um iPhone, que só caberá em pé, ele tende a cair numa arrancada forte ou freada brusca. Onde o EcoSport tem seus controles de climatização e som, o Trax exibe as saídas de ar. No local em que a Ford encaixou um pequeno monitor, a GM instalou um compartimento com tampa basculante. Como virou hábito nos atuais Chevrolet, há duas cores no painel e também nos bancos, que podem ser forrados de couro como no carro que dirigimos em São Francisco (EUA).

O nível dos plásticos e dos acabamentos é razoável e está à altura do EcoSport. Aqui e ali vemos alguns desencontros de peças, como na união entre o forro das portas e o painel. Mas, no geral, o Trax mostra-se bem montado. Na versão topo de linha, LTZ, não há do que reclamar sobre o pacote de equipamentos: ar-condicionado, CD player com entrada auxiliar e USB, teto solar, dois porta-luvas e seis airbags.

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A direção tem ajuste de altura e profundidade e a visibilidade é boa, melhor que no EcoSport, já que sua coluna dianteira não é tão inclinada. Os instrumentos são digitais, o que nem sempre agrada a todos, com luzes e números azuis parecidos com os do Sonic. No banco de trás, dificilmente alguém sentirá falta de espaço para a cabeça, mas só duas pessoas viajarão com conforto, já que colocar um terceiro passageiro significará apertar todo mundo.

Falando de segurança, todas as versões terão air-bag duplo e freios com ABS, mas só as rodas dianteiras contarão com discos. A top LTZ vai dispor de controle de estabilidade (ESP) e também distribuidor de frenagem (EBD). As rodas são de aço e aro de 16 polegadas na básica, mas na versão LT elas são de alumínio e na LTZ, 18 polegadas.

A GM não divulgou todas as informações do Trax, como o espaço do porta-malas, mas um de seus irmãos gêmeos, o Buick Encore (o outro é o Opel Mokka), tem 533 litros de capacidade ali. Na hora do test-drive, a suspensão com eixo de torção atrás revela-se um pouco dura, mas sem prejudicar o conforto. A inclinação da carroceria é relativamente pequena e o comportamento é previsível, dando tempo para que se façam as correções necessárias e o carro se mantenha na trajetória ideal.

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Na Europa o Trax terá três motorizações, sendo duas a diesel. Porém, deste lado do Atlântico, o motor será sempre um 1.8 Ecotec de 140 cv, o mesmo do Cruze. Duas transmissões estarão disponíveis, uma manual de cinco marchas e outra automática de seis, que avaliamos em São Francisco. Com ela, o Trax oferece rodar confortável. Podemos até dizer que é bem disposto na hora do arranque. Fica claro que sua intenção é mais oferecer economia e suavidade que esportividade. Curiosamente, a direção com assistência hidráulica não passa muita sensação de comunicação com o terreno, característica que é mais comum nas direções elétricas.

No México, as vendas iniciavam no fim de outubro. Por aqui, no início de 2013.

VEREDICTO

Vindo do México,
o Trax chega em condições de
ter um preço 
que faça dele um rival à altura do Eco. A GM tem apostado em lançamentos que ofereçam custo- benefício atraente.

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