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BMW i8

Na cidade, ele roda limpo, sem usar gasolina. Na estrada, dispara a 100 km/h em 4,5 s

Por Joaquim Oliveira/Pressinform
Atualizado em 9 nov 2016, 10h41 - Publicado em 18 nov 2013, 08h54
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O primeiro esboço do BMW i8 foi revelado no conceito Vision Efficient Dynamics, no Salão de Frankfurt de 2009. Era tão futurista no seu visual que a maioria achava que ele nunca seria produzido com aquelas linhas – se é que um dia seria produzido. Pois no último Salão de Frankfurt de 2013 apareceu a versão de produção do novo híbrido esportivo da marca – basicamente o mesmo carro mostrado quatro anos antes: lindo, moderno, rápido e econômico. E o melhor de tudo: será vendido no Brasil, no segundo semestre de 2015.

Muito baixo e largo, ele mostra de imediato sua esportividade pelas linhas afiladas e pelo forte perfil aerodinâmico da carroceria. As portas de abertura tipo tesoura (para cima e para a frente) reforçam seu ar futurista, sabendo-se agora que sua superfície transparente usa, pela primeira vez num automóvel de série, um vidro endurecido quimicamente, como o utilizado no iPhone, combinando baixo peso e alta resistência.

Os dois modelos da família BMW i já apresentados – este i8 e o urbano 100% elétrico i3 (avaliado na QUATRO RODAS de setembro) – utilizam o conceito de combinar um chassi de alumínio com uma carroceria de plástico reforçado com fibra de carbono, tendo o cuidado de distribuir os diversos equipamentos de maneira a permitir uma distribuição de peso por igual entre os dois eixos. Por isso a bateria fica na posição longitudinal entre os bancos da frente, o que ajuda a explicar o console central tão alto dentro da cabine e o fato de o i8 ser o BMW com o mais baixo centro de gravidade à venda.

Seu motor de três cilindros de 1,5 litro tem tudo o que há de mais sofisticado no mercado: injeção direta, turbo e gestão totalmente variável do funcionamento das válvulas, gerando 231 cv e 32,6 mkgf enviados de forma direta para o eixo traseiro, sobre o qual ele se encontra. Na dianteira está o motor elétrico de 131 cv e 22,4 mkgf, responsável pelo movimento das rodas da frente. Quando os dois trabalham em conjunto, este esportivo ganha ainda em segurança e estabilidade, pois passa a contar com tração nas quatro rodas.

Com essa configuração mecânica, o i8 une o melhor dos dois mundos: 4,5 segundos de 0 a 100 km/h e 250 km/h de velocidade máxima, aliados a um consumo médio no ciclo europeu de incríveis 40 km/l. É possível percorrer cerca de 35 km em modo de emissão zero, rodando só com o motor elétrico, suficiente para a maioria dos deslocamentos urbanos de um dia.Vale lembrar que ele ainda pode ser recarregado num tomada caseira em apenas 3 horas. O motor elétrico está associado a um câmbio de duas marchas, uma para a condução 100% elétrica e outra para quando ele é usado para “turbinar” o motor a gasolina.

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Abertas as portas-tesoura, temos de fazer uma ginástica considerável para acessar o interior (o batente inferior da porta é muito alto e o banco, muito baixo). Mas vale o esforço. Temos à frente um ousado painel, cuja estrutura é de magnésio (mais leve e rígido, que traz os instrumentos e comandos direcionados para o motorista e no qual reconhecemos elementos dos BMW atuais. É o caso do controle do sistema de infotenimento iDrive, do monitor cromado em posição superior ou dos botões do Driving Experience, programa que varia os modos de condução, agora acompanhados pelo eDrive (que faz o carro rodar só com o motor elétrico). No quadro de instrumentos (todo digital) temos à esquerda o velocímetro e à direita o mostrador de potência, substituído por um conta-giros quando acionamos o modo Sport (que muda a iluminação do conjunto para o vermelho). Mesmo não sendo ainda a versão comercial definitiva (faltam seis meses de aprimoramento), notam-se os acabamentos bem-cuidados e a construção rigorosa no interior, apesar de os bancos traseiros só terem espaço para duas crianças.

No primeiro test-drive com o i8, realizado em estradas secundárias e no campo de provas da BMW perto de Marselha, deu para perceber que falta pouco para que ele esteja pronto para chegar às lojas. É o caso do ruído excessivo do motor de três cilindros em alta rotação (é mais um barulho do que um ronco, faltando um pouco sofisticação no som) e da pouca suavidade nas passagens do modo elétrico para a gasolina e vice-versa, que devem mudar até a versão final. Mas a visibilidade prejudicada pela larga e inclinada coluna dianteira, essa não muda mais.

Se o volante é grande demais, a direção compensa ao ser muito comunicativa e ter o número de voltas (2,6) ideal para seu porte. Ajudada pela largura generosa das bitolas e pela baixa altura do carro, assim como pelo ajuste esportivo da suspensão com amortecimento eletrônico adaptativo, a estabilidade em curva é impressionante, mesmo quando se fazem mudanças rápidas de trajetória.

Os vários modos de condução permitem explorar o potencial dinâmico do i8: em Comfort, é a eletrônica que decide o que é melhor a cada momento, privilegiando a eletriciddade no arranque e até 65 km/h. A partir daí entra em ação o motor a combustão, que ganha uma mãozinha do elétrico nas acelerações mais vigorosas ou em altas velocidades. Ao selecionar o modo Eco Pro, todos os ajustes visam a reduzir o consumo: o acelerador demora a reagir, o ar-condicionado trabalha a meio gás e a velocidade máxima pode ser limitada, desde que pré-ajustada no computador de bordo.

No outro extremo está o modo Sport, no qual os dois motores trabalham em parceria para explorar o máximo da esportividade do i8: o carro responde ao mínimo toque do acelerador, as trocas de marcha do câmbio automático de seis marchas (o mesmo dos modelos Mini) tornam-se mais rápidas e o motor a gasolina dedica-se também a recarregar as baterias. Sem falar do eDrive, que força a condução elétrica até os 120 km/h e cuja autononia ronda os 35 km.

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Tanta tecnologia tem seu preço – e não é baixo. Na Europa ele custará 126 000 euros, pouco mais que um Porsche Panamera 4 S, com seu V8 de 400 cv e quatro lugares de verdade. Dentro da BMW, daria para comprar um sedã M5 de 574 cv. Mas nenhum deles teria a exclusividade de oferecer um visual tão agressivo nem o charme verde de consumir menos que um Toyota Prius.

VEREDICTO

No atraente i8, o sistema híbrido não está lá só pra reduzir consumo: ele faz deste BMW um cupê com pegada esportiva de verdade.

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