Volkswagen ainda não sabe se fará o Golf no México ou na Alemanha em 2027
Plataforma de futuros modelos elétricos está atrasada e marca precisa aliviar um rombo de 11 bilhões de euros
Em dezembro de 2024, a Volkswagen chocou a indústria automotiva com a possibilidade de transferir a produção do Golf da Alemanha para o México. Aliás, o movimento seria similar ao que aconteceu com o Fusca.
No entanto, alguns problemas podem fazer a marca repensar essa possibilidade. Ainda que no último mês o Presidente da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, tenha afirmado que a produção no México pode ampliar a oferta de versões aqui, agora as coisas parecem caminhar para outro lado.
Informações obtidas pela revista Autocar revelam que o martelo sobre a migração da produção não está mais batido. O grande problema está na plataforma SSP, que será utilizada para fazer os novos VW ID.3 e Cupra Born, e ambos ocupariam o espaço do Golf na fábrica de Wolfsburg, na Alemanha.
Por conta de problemas de software, a nova arquitetura elétrica, que deveria ser entregue em 2026, está prevista para, no mínimo, 2029. E isso deixa a Volkswagen em uma verdadeira sinuca de bico.
Recentemente, o conselho de supervisão da fabricante congelou um pacote de investimentos para os próximos anos. Além disso, conforme mostramos no final de outubro, a VW está com um rombo de 11 bilhões de euros para operar em 2026.

Por outro lado, a mudança para o México era vista com alívio econômico, uma vez que é mais barato produzir em Puebla do que em Wolfsburg. Todavia, sem a nova plataforma, a fábrica alemã fica inviável em termos de volume de veículos produzidos por ano.
Com os investimentos congelados e a necessidade de arranjar 11 bilhões de euros, a Volkswagen vê risco no desenvolvimento de futuros modelos, atualizações de infraestrutura e até mesmo postos de trabalho.
Por fim, assim como acontece com outras marcas, as vendas de modelos elétricos estão abaixo do esperado, o que prejudica ainda mais as contas do Grupo Volkswagen a longo prazo.
Vale dizer que rumores apontam para a possibilidade de o grupo vender marcas como a Bugatti, além de empresas correlacionadas com o negócio, mas que não necessariamente produzem carros, como Everllence, MAN Energy, Italdesign e IAV.
Como a Lecar perdeu a oportunidade de não virar piada no Salão do Automóvel
Mitsubishi Triton Savana estreia com a mesma receita de 21 anos atrás e motor biturbo
Salão repleto de carros elétricos não tem carregador e já sofre com a Fórmula E
Nova geração da Nissan Frontier é uma Mitsubishi Triton com outro nome
Maior novidade da BYD no Salão do Automóvel ficará escondida por três dias







