Novo BYD Tan L aparece no Brasil com novo design e versão de 1.102 cv
SUV de sete lugares ficou mais equipado e mudou o design para seguir como o modelo topo de linha da empresa

Remanescente dos primeiros dias da BYD vendendo carros no Brasil, o Tan está um tanto esquecido na linha, mesmo que tenha recebido uma reestilização em 2024. Aparentemente, a fabricante vai seguir apostando no SUV de sete lugares, pois começou a testar o novo Tan L por aqui.
Revelado em janeiro na China, o Tan L será a nova opção topo de linha da BYD (sem contar as submarcas). Quando estrou, especulava-se de que poderia substituir o Tan normal, mas acabou chegando como um segundo modelo.
As imagens do perfil Placa Verde no Instagram mostram o SUV com a usual camuflagem azul que a chinesa utiliza nos carros de testes. Esta unidade estava circulando na região de Campinas. Não é uma surpresa, pois um dos escritórios da empresa fica na cidade, assim como o laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento.
É feito com a arquitetura Super e-Platform de 1.000V, que permite recargas a até 351 kW. Segundo a marca, é o suficiente para recuperar 400 km de autonomia em apenas cinco minutos, o que é um valor impressionante, considerando que o carro tem até 670 km de autonomia, dependendo da versão versão elétrica.

Assim como no modelo normal, é vendido tanto na variante híbrida plug-in quanto elétrica. A versão PHEV estreou com o motor 1.5 turbo de 156 cv e duas variantes, uma com apenas um motor elétrico dianteiro de 272 cv e outra com um segundo motor, este na traseira, entregando 544 cv de potência combinada e com tração integral.
No caso do Tan L EV, será vendido com um único motor de 680 cv ou com dois motores, com um total de 1.102 cv. Em ambos os casos, a bateria é de 100,5 kWh, o suficiente para que tenha uma autonomia de 600 km na variante de tração integral de 670 km na de tração traseira. Este alcance é pelo ciclo de testes chinês CLTC, que costuma ser bem generoso.
Além das mudanças na mecânica, o Tan L traz um novo design, adotando uma evolução da identidade Dynasty com o que a empresa chama de Loong Face, inspirada em um dragão chinês. Os faróis foram modificados, ficando mais finos na parte superior e reposiconando o conjunto principal mais abaixo, onde estão as grandes passagens de ar. Na traseira, o para-choque foi redesenhado e as novas lanternas agora ficam separadas do vidro traseiro.

A cabine também mudou bastante por ter ficado mais minimalista, retirando a maioria dos botões do console central. O painel está totalmente diferente, com formas geométricas e um outro acabamento.
A BYD ainda equipou o veículo com o sistema semiautônomo DiPilot 300, utilizando a tecnologia laser LiDAR posicionada no teto. A tecnologia permite que o SUV possa andar de forma autônoma em algumas estradas selecionadas na China.

Qual será o plano da BYD com o Tan L? O modelo atual é vendido por R$ 536.800 e vende bem pouco. Entre janeiro e abril, o utilitário emplacou apenas 34 unidades, o que faz com que seja o segundo carro menos vendido da empresa, só perdendo para o sedã Han.
Renovar o Tan com mais tecnologias seria uma boa forma de buscar novos clientes, ainda mais em um momento em que a BYD se prepara para atacar o mercado premium com uma submarca, a Denza. Por outro lado, reduzir os preços e reposicioná-lo por um pouco menos ajudaria a não brigar com os carros da Denza.