Jeep Compass, Commander, Renegade e Fiat Toro serão híbridos em 2026
Sistema Bio-Hybrid leve de 48V será produzido em Goiana (PE) e equipará Renegade, Compass, Commander e picape Toro para reduzir consumo e emissões
Com o ano chegando ao fim, a Stellantis já fala mais sobre os planos para 2026. A fabricante pretende realizar 16 lançamentos ao longo dos próximos 12 meses e, entre eles, estão quatro carros híbridos produzidos em Goiana (PE). Embora a empresa ainda não diga quais são, tudo indica que os Jeep Renegade, Compass, Commander e a picape Fiat Toro serão os escolhidos.
A produção ocorrerá no Polo Automotivo de Goiana (PE), que receberá parte do aporte de R$ 13 bilhões anunciado para a região até 2030.
Atualmente, a fabrica pernambucana produz cinco carros. Além dos quatro citados acima, também faz a Ram Rampage. O argumento para que a picape da Ram não tenha uma versão híbrida é a motorização, já que a caminhonete está disponível com motor 2.2 turbodiesel e 2.0 turbo a gasolina, nenhum deles com variantes eletrificadas em outros mercados.
Isto porque os novos híbridos da Stellantis adotarão um sistema híbrido leve (MHEV) de 48V, ao invés da tecnologia de 12V usada pelos Fiat Pulse e Fastback, e também por Peugeot 208 e 2008. O sistema será combinado ao motor 1.3 T270 turbo flex, que equipa tanto os três Jeep nacionais quanto a Fiat Toro.
Como explicado por QUATRO RODAS, essa mecânica é chamada de Bio-Hybrid e-DCT e depende do motor-gerador de 20 cv que trabalha com arquitetura elétrica 48V. Esse motor vai dentro do câmbio automatizado de dupla embreagem chamado de e-DCT.
O câmbio em questão é 7HDT300, fornecido pela Magna e usado nos Jeep Compass e Renegade E-Hybrid e também no Fiat 500X na Europa. Será responsável por substituir o câmbio automático de seis marchas nas versões híbridas.
A diferença para sistemas híbridos leves é que esse motor elétrico pode mover o carro em marcha ré ou condução em marcha lenta ou no trânsito, além de dar a partida no motor a combustão. A alimentação vem de uma bateria de 1 kWh, que é recarregada em desacelerações e frenagens, dispensando o uso de carregadores externos.
Outra particularidade dessa transmissão é que esse câmbio tem um sistema de arrefecimento independente e sob demanda para as embreagens e o motor elétrico, com um único circuito de óleo para resfriamento e lubrificação, o que o torna mais eficiente. Cabe a um sistema de gestão eletrônica coordenar a operação do motor turboflex e dos motores elétricos da forma mais eficiente possível.
Para marcar a chegada da tecnologia híbrida, o Jeep Renegade passará por sua terceira reestilização. O SUV compacto, que é feito sobre a plataforma Small Wide 4×4, receberá atualizações nos para-choques, um redesenho na grade de sete fendas e novas rodas.
Essa mudança visual e tecnológica servirá não só para manter o carro no mercado até que o desenvolvimento da segunda geração seja finalizado, como também para reposicionar o Renegade no mercado. Com a confirmação da produção do novo Jeep Avenger na fábrica de Porto Real (RJ) — utilizando a plataforma CMP — o Renegade deixará de ser o modelo de entrada da marca, assumindo um papel mais sofisticado e com maior valor agregado.
Já os modelos Compass, Commander e a picape Fiat Toro, que passaram por atualizações recentes de design e conteúdo, devem manter o visual atual, concentrando as novidades sob o capô.
Além da atualização das linhas Jeep e Fiat, a fábrica pernambucana também será responsável pela montagem nacional do Leapmotor C10, SUV elétrico da marca chinesa parceira do grupo.


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