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Volkswagen suspende reestilização do Taos argentino, prevista para 2025

Marca busca formas de reduzir custos de produção para que seja mais competitivo e evitar que a matriz decida importar o carro do México

Por Nicolas Tavares
Atualizado em 13 ago 2024, 08h21 - Publicado em 12 ago 2024, 17h00
VW TAOS
Aplique preto que lembra a letra X quer ser a marca registrada do Taos (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Desde que a Volkswagen anunciou que iria apresentar o Taos reestilizado este ano para o mercado norte-americano, havia um expectativa de que a renovação visual logo chegaria ao modelo produzido na Argentina. Não será o caso, com a confirmação de que o facelift, antes previsto para 2025, foi suspenso.

A confirmação foi feita por Marcellus Puig, CEO da Volkswagen Argentina, em entrevista para diversas publicações argentinas como La Nación e Infobae. O executivo respondeu as perguntas envolvendo os rumores de que o VW Taos poderia deixar de ser produzido em General Pacheco, passando a ser importado do México.

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Conhecido como Tharu na China, o SUV tem um visual diferente por lá (INTP/Divulgação)

Puig admite que o utilitário sofre com uma perda de competitividade em comparação com outras fábricas, como a de Puebla (México). O fato de ser um produto fabricado para toda a América do Norte, elevando consideravelmente o volume de produção e se beneficiar dos acordos do México com os demais países, faz com que o Taos mexicano seja mais barato, ainda mais no momento atual da economia argentina.

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O executivo diz que, neste momento, a possibilidade de passar a importar o Taos mexicano para a América do Sul ainda não está sendo discutida. No entanto, isso vai depender do trabalho que será feito até o final do ano para rever custos de produção e, assim, aumentar sua competitividade no segmento.

Novo Taos
Novo Taos flagrado pelas ruas do Brasil. (Eduardo Ruiz/Quatro Rodas)

“Neste ano de crise e para repensar tudo, nós suspendemos o desenvolvimento do Taos PA para revisar custos. Agora temos que baixar a bola e olhar para cada custo, mas o plano é continuar produzindo na Argentina. O que acordamos com os fornecedores é para esperar até o final do ano. Da nossa parte, veremos quais otimizações podemos fazer e iremos conversar de novo.”

Uma das formas seria aumentar o índice de nacionalização do SUV médio, que tem 30% de componentes feitos na Argentina. Não é tão simples por conta do momento enfrentado pelo país vizinho, que ainda tenta definir uma estratégia para a indústria. Puig cita que, para cada carro exportado para o Brasil, os impostos são um quarto do custo, enquanto o México exporta sem impostos.

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Na China, o Taos ganhou uma lanterna diferente, no estilo do T-Cross (Divulgação/Volkswagen)

A situação é ainda pior, pois mesmo os 30% de peças nacionais utilizam alguns componentes importados, que também pagam taxas. Assim, a realidade para o Taos é que mais de 70% dos componentes pagam o imposto sobre importação de mercadorias. Esta alíquota, chamada “Imposto Para Uma Argentina Inclusiva e Solidária” (PAIS), será extinta no final do ano.

Enquanto a VW Argentina decide o que vai fazer, a reestlização do Taos está praticamente pronta para a apresentação este ano nos Estados Unidos, como confirmado pela própria fabricante. Uma das mudanças esperadas é a adoção de uma nova lanterna traseira, recebendo uma linha em led percorrendo toda a tampa do porta-malas, algo adiantado pelo Tharu, a versão chinesa que deu origem ao Taos.

A divisão norte-americana da Volkswagen prometeu que irá apresentar o Taos até outubro. No caso do Brasil, com a suspensão dos trabalhos da versão reestilizada na Argentina, teremos que esperar até dezembro por uma decisão oficial da fabricante. Procurada por QUATRO RODAS, a Volkswagen afirma que “não comenta sobre projetos futuros”.

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