A Volkswagen anunciou que planeja descontinuar a opção de câmbio manual nos seus modelos na Europa, um grande reduto desse tipo de câmbio, até 2030. O primeiro carro a encarar isso seria a próxima geração do Tiguan, prevista para 2023. A partir dele, os novos carros da fabricante terão apenas a opção do câmbio automático.
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De acordo com o site alemão Auto Motor Und Sport, a terceira geração do SUV será a primeira a não oferecer opção de câmbio manual – uma opção que nunca teve no Brasil, diga-se. A nova geração do Passat, também marcada para chegar em 2023, deverá ser exclusivamente automática.
A decisão da VW de abandonar a produção do câmbio manual se sustenta em uma característica do mercado europeu. Mesmo lá, a grande maioria dos clientes já opta por carros automáticos por questões de comodidade.
Além disso, há o fato de que, até 2030, a fabricante alemã pretende oferecer apenas veículos elétricos na Europa. Já que os modelos com essa motorização não utilizam câmbios manuais, a descontinuação desta opção é vista como algo natural dentro da estratégia da marca.
Fora a prioridade dada a eletrificação, a ideia da VW é reduzir os elevados custos para essa produção em específico, uma vez que eles não se traduzem em ganhos para a marca. Para traduzir esse comportamento em números, a consultoria Jato apresentou um levantamento sobre a disparidade entre automáticos e manuais no mercado.
De acordo com o estudo, dos 5.838 modelos presentes no mercado alemão, apenas 1.870 unidades de câmbio manual estão em circulação. Destes, 218 são de cinco marchas e 1.652 são de seis velocidades.
Atualmente, o catálogo da marca na Alemanha tem 353 modelos: retirando a Multivan da conta, 214 modelos contam com transmissão automática e 139 com câmbio manual. De acordo com o site alemão, a mudança não ficará restrita apenas à Volkswagen, mas será expandida para outros nomes do grupo automotivo. Como já foi observado, a Mercedes-Benz também havia anunciado que não contaria mais com o câmbio manual.
É possível que a Audi, a SEAT e a Skoda passem pelo mesmo processo, já que as metas de emissão de poluentes na Europa ficam mais rígidas, os elétricos aumentam e, por consequência, as transmissões manuais se tornarão cada vez mais raras. Além disso, o câmbio manual não permite a adoção de uma série de equipamentos de segurança.
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