Top Ten: carros que resolveram usar peças dobradas (ou repartidas em duas)
Alguns carros preferem investir o dobro em certas peças, seja por eficiência ou só para ser diferente
Visão em dobro
Dos anos 60 aos 80, o farol escamoteável era um recurso comum, até sair de moda devido ao custo mais alto e ao risco extra de falha no mecanismo.
Entre 1991 e 1995, o italiano Cizeta Moroder V16T pegou carona atrasado nessa mania e, para compensar, tratou logo de instalar dois pares móveis.
Motores em ação
O Alfa Romeo 16C Bimotore virou história por ter dois motores: 3.2 e oito cilindros cada. Era tão surreal quanto bater Mercedes e Auto Union num Grand Prix de 1935.
Imprevisível na curva e instável na reta, gastava tanto pneu que numa prova os traseiros foram trocados oito vezes.
Estoques de alta liquidez
Herdado do Jaguar Mark X, os dois tanques de gasolina do XJ se tornariam o diferencial do sedã de maior sucesso da marca britânica.
Somando 105 litros, são abastecidos por dois bocais logo atrás da coluna C, com direito a uma chave própria para cada bocal.
O prevenido vale por dois
Inventado em 1904 no País de Gales, o estepe permitia a troca em vez do reparo numa época de estradas esburacadas e cheias de pedras.
Mas a americana Nash não poupou esforços e colocou logo dois estepes nos para-lamas dianteiros do Eight-90 Ambassador de 1931.
Opinião dividida
A icônica janela bipartida do Fusca adotada em 1938 se tornaria marca registrada e duraria até 1954.
Batizada de Split Window (janela dividida), a parte central reduzia a visibilidade, o que fez com que muitos trocassem tudo por uma peça única oval.
Cobertura dúplex
O targa (semiconversível) une o prazer do vento no rosto com a segurança da roll bar (barra anticapotagem).
A Porsche batizou o recurso com o nome da corrida na Sicília, mas a GM inovou ao criar duas seções desmontáveis na terceira geração do Corvette (1968).
Abre a porteira, Toro
A Fiat Toro inovou com o sistema de abertura da tampa da caçamba.
São duas folhas do tipo porta de celeiro, que conta com uma maçaneta embutida ao centro. Após puxá-la, a porta da esquerda se abre. Depois basta puxar uma alavanca na da direita para destravar.
Giro duplo
Todo superesportivo é exótico, mas poucos ganham do italiano Covini C6W: ele tem dois eixos dianteiros!
Com motor V8 4.4 de 434 cv, o cupê de 2004 foi criado por Ferruccio Covini, que defendia que o recurso garantia maior segurança e conforto. E menos estilo, é claro!
Bagagem extra
O Porsche Boxster pode não ser um 911, mas tem seus predicados.
O espaço para bagagem, para um esportivo, é um deles. Graças à posição do motor central, existem dois porta-malas, que somam 260 litros, mesmo volume de um Palio, ou 130 litros a mais que um 911.
Que brisa!
No Brasil dos anos 70, o ar-condicionado era algo raro.
A salvação eram os quebra-galhos, digo quebra-ventos, que logo viraram item de série. Por isso, as primeiras VW Variant receberam algo ainda mais raro: um par extra de quebra-ventos nas janelas traseiras.