Tudo parecia correr bem na edição 2020 do pouco conhecido Salão do Automóvel de Singapura, realizado este mês.
Mas uma decisão da importadora da Subaru na cidade-Estado projetou o evento a um novo patamar, infelizmente não de uma forma que seja motivo de orgulho para a sempre sóbria e conservadora fabricante japonesa.
Sua representante oficial resolveu exibir na mostra uma série customizada do SUV Forester. O problema foi o nome escolhido: Forester Ultimate Customised Kit Special (Pacote Especial Final de Customização do Forester, na tradução livre do inglês).
Para entender a “pegadinha”, basta separar a primeira letra de cada palavra e, pronto, está formado o acrônimo “Fucks”, que dispensa traduções.
Ou, pelo menos, não seremos nós a fazê-la, visto que estamos envergonhados demais para escrever o significado do termo em português. Sugerimos, caso necessário, pesquisar diretamente no Google.
Obviamente, o acrônimo não foi criado intencionalmente, mas logo gerou projeção internacional, especialmente nos Estados Unidos (maior país de língua inglesa do mundo).
Lá, donos de concessionárias da Subaru sentiram os efeitos negativos do “Fucks” junto aos clientes e cobraram esclarecimentos.
Para acalmar os ânimos, a própria divisão americana da empresa emitiu um comunicado oficial aos lojistas do país se desculpando pelo que chamou de “situação infeliz”. Confira:
“Prezado revendedor,
Ficamos sabendo a respeito de uma situação infeliz relacionada ao nome dado por nosso representante independente em Singapura a uma edição especial do Forester. Queremos assegurar que você e seus clientes saibam que a Subaru e a Subaru da América nada têm a ver com isso.
Pedimos desculpas por qualquer repercussão negativa que o caso possa ter gerado. A Subaru removeu o nome do carro no Sallão do Automóvel de Singapura. Trabalhamos muito duro para construir uma forte imagem de marca para esta companhia, e a nomeação desse veículo não reflete de nenhuma maneira os valores e padrões em que verdadeiramente acreditamos. Além disso, sempre faremos nosso melhor para preservar a integridade de nossa marca.
O veículo foi criado pelo distribuidor para o Salão de Singapura e não podemos deixar de dizer que ele não será comercializado nos Estados Unidos”.
Aparentemente a situação foi contornada, mas não nos surpreenderia que alguém de dentro da Subaru tenha gritado bem alto o nome do carro assim que descobriu o erro cometido pelos seus colegas de Singapura.
Este não é o primeiro e, ao que tudo indica, não será o último carro a receber um nome “politicamente incorreto”. Recentemente, a VW anunciou a chegada do Nivus, SUV cupê cuja alcunha significa “virilha” em estoniano.
Há, ainda, outros vários exemplos do tipo. Confira.