Segredo: novo Suzuki Swift é testado e flagrado no Brasil

A quarta geração do Suzuki Swift está entre nós. Leitores de QUATRO RODAS flagraram e um concessionário confirmou que o veículo já passa por testes no Brasil.

Apresentado mundialmente no fim de 2016, o Swift o hatch até parece mais uma reestilização do que uma nova geração. O design inclui novos faróis, para-choques e grade dianteira redesenhados.

Na lateral, há linhas mais arredondadas e as maçanetas das portas traseiras ficam escondidas na coluna “C” (justamente dentro da faixa preta que cobre toda a coluna, lembrando a solução adotada no Nissan Kicks), enquanto que, na traseira, as lanternas ficaram mais largas — abandonando o desenho com recortes da terceira geração.

A estrela da gama é a versão Sport. Agora pesando menos de uma tonelada após a redução de 80 kg, o compacto finalmente deixou para trás o motor aspirado para entrar na era dos turbocompressores.

O antigo motor 1.6 aspirado de 136 cv e 16,4 mkgf de torque deu lugar a um novo 1.4 turbo de 140 cv e 23,5 mkgf – o mesmo empregado nos novos Suzuki Vitara e S-Cross vendidos no Brasil. O câmbio segue sendo o manual de seis marchas da geração anterior, porém com novos ajustes para se adaptar ao propulsor turbinado.

A Suzuki não divulgou os números de desempenho, mas considerando que o antigo Swift Sport R (com bem menos torque e mais pesado) precisou de 0 a 100 km/h em 9,3 segundos no teste da QUATRO RODAS, não seria exagero estimar um tempo de 0 a 100 km/h abaixo dos oito segundos – com o mesmo motor, o Suzuki Vitara cravou 8,3 segundos.

Para manter o bom comportamento dinâmico da antiga geração, a Suzuki recalibrou a suspensão para reforçar a estabilidade nas curvas. Ajuda na dirigibilidade a redução de peso de 80 kg: agora o hatch tem 970 kg.

Alguns adereços estéticos são exclusivos da configuração esportiva. Na dianteira, as aberturas ficaram maiores e mais destacadas, com vincos mais pronunciados ao redor delas. A grade hexagonal abandona os filetes horizontais em favor de uma trama em formato de colmeia. Os adereços aerodinâmicos na base do para-choque também são exclusivos do Swift Sport.

As laterais têm novas saias e rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado. A pintura amarela é exclusiva do Swift Sport e é inspirada no veículo que compete no Junior World Rally – uma espécie de divisão de acesso ao WRC – o Campeonato Mundial de Rali organizado pela FIA.

A traseira tem alterações mais significativas. O para-choque liso e de superfícies arredondadas foi substituído por uma peça mais agressiva, incluindo saída dupla de escape e uma grande porção em preto que simula um extrator de ar. O aerofólio mais pronunciado dá o toque final.

O interior possui volante com base achatada e a tonalidade vermelha marca presença por quase todos os lados, como nos apliques do painel, nas costuras do bancos e até no fundo do conta-giros.

A lista de equipamentos de série do modelo vendido na Europa inclui central multimídia com Android Auto, Apple CarPlay e MirrorLink, alerta para mudanças involuntárias de faixa, piloto automático adaptativo, faróis com facho alto automático, piloto automático adaptativo com frenagem automática, monitoramento de pressão dos pneus, controles de estabilidade e tração e seis airbags.

Procurada pela reportagem de QUATRO RODAS, a assessoria de imprensa da Suzuki do Brasil afirmou que ainda não há uma definição de quando (e se) o novo Swift será vendido no país.

Lançada em 2014, a terceira geração do Swift deixou de ser importada para cá no começo deste ano, quando os estoques do modelo se esgotaram.