A concorrência acirrada e a chegada de novos modelos dentro da marca levaram ao fim da produção do Fiat Palio no Brasil após quase 22 anos.
O hatch vinha caindo nas vendas há dois anos, mas o lançamento de Mobi, Argo e a próxima geração do Uno selaram o futuro do modelo.
Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 7,90
Ao longo dessas mais de duas décadas, o Palio chegou a ser o mais vendido do Brasil e deu origem a versões exclusivas, modelos esportivos e uma série de derivações que foram pioneiras mundiais. Conheça alguns desses modelos a seguir:
Palio 1.6 16V (1996)
A versão mas potente do primeiro Palio se destacava por seu desempenho acima da média: o motor a gasolina gerava 106 cv e 15,1 mkgf, números bons até hoje para um hatch compacto.
O modelo também foi primeiro do segmento a disponibilizar ABS e airbag duplo como opcional.
Palio Weekend Adventure (1999)
Há quase vinte anos a Fiat teve uma ideia que revolucionaria o mercado nacional – e, depois, mundial: fazer uma versão aventureira leve a partir de um carro de passeio.
Com suspensão elevada, pneus de uso misto, estribos, quebra-mato e faróis de milha (longo alcance), a Weekend Adventure abriu um precedente inédito e foi um sucesso de vendas.
Atualmente quase todas as fabricantes generalistas contam com uma versão aventureira na gama.
Strada Cabine Dupla (2009)
A picape do Palio é um exemplo dos tempos em que a Fiat se antecipava ao mercado como ninguém.
A Strada podia ter cabine simples, estendida, câmbio robotizado e até versão Adventure. Mas nada supera a inovação da cabine dupla, lançada há quase dez anos.
A inusitada configuração fez muito conservador torcer o nariz, mas o crescimento nas vendas – a versão chegou a passar dos 50% de participação dentro da gama – fez com que a concorrência fosse atrás.
A Strada Cabine Dupla foi tão bem aceita que ganhou uma versão com três portas e é ofertada até na versão inicial da picape.
Palio 1.8R (2005)
A icônica terminologia “R”, que já havia batizado duas versões nervosas do Uno, chegou ao Palio para nomear a versão mais esportiva do hatch. O 1.8R usava um motor fabricado pela GM e chegava aos 115 cv.
O modelo não era esportivo só no nome, e tinha pneus mais largos (185/60, ante o 165/70 usado nas outras versões), suspensão mais baixa e firme e diferencial encurtado para melhorar as arrancadas.
O desempenho, porém, não era surpreendente: em nossos testes da época, o 0 a 100 km/h com etanol foi cumprido em 11,1 segundos – com gasolina, o número pulava para 11,3 segundos.
Strada Sporting (2010)
Os americanos têm a Raptor, nós tivemos a Strada Sporting. Assim como o Palio 1.8R, a versão esportiva da picape tinha mudanças mecânicas, com suspensão mais dura e diferencial encurtado.
O visual também mudava, com uma profusão de apliques plásticos espalhados pela carroceria, faróis escurecidos e os cintos de segurança vermelhos usados em outros modelos esportivos da Fiat.
O estilo não convenceu e a Strada Sporting saiu de linha um ano após seu lançamento.
Siena Tetrafuel (2007)
A conversão dos carros para GNV disparou na virada do século, antes da expansão dos motores flex.
Mesmo assim, não havia nenhum modelo movido a gás adaptado de fábrica. Aí a Fiat teve a sacada de oferecer, de uma só vez, um sedã com motor 1.4 flexível e convertido para rodar também com GNV.
Por tabela, a equipe de marketing aproveitou o fato de a injeção eletrônica já estar programada para o veículo rodar em outros países da América Latina (que não usam gasolina misturada com etanol) e batizou a novidade de Siena Tetrafuel.
O quatro do nome se referente à quantidade de combustíveis que o carro podia usar: gasolina brasileira, etanol, GNV e gasolina pura – ainda que essa última não seja vendida no país.
O modelo fez relativo sucesso, sobretudo com motoristas profissionais, e durou duas gerações e quase dez anos, saindo de linha em 2016.