O visual da nova RAM 1500 turbodiesel já não era mais mistério, mas a FCA finalmente revelou os detalhes técnicos da versão que chega ao Brasil no final do ano para brigar entre as picapes médias topo de linha, conforme revelado em primeira mão por QUATRO RODAS.
A picape usa uma versão atualizada do 3.0 V6 turbodiesel que já era aplicado em outros modelos da linha FCA.
O propulsor passou por uma série de modificações, como aumento da taxa de compressão, nova turbina, pistões e bombas de vácuo e novo fluxo no cabeçote e sistema de recirculação de gases.
O resultado foi de excelentes 264 cv e 66,3 mkgf. Como referência, a Volkswagen Amarok V6, atual líder nestes quesitos no Brasil, chega a 245 cv e 60,1 mkgf com overboost.
A RAM não revelou os dados de consumo, mas adiantou que ele entregará índices acima da média, com menor vibração e ruídos.
A capacidade de reboque, característica importante para o mercado norte-americano, também é digna de nota na 1500 turbodiesel: ela consegue puxar mais de 5,7 toneladas.
Por outro lado, não espere uma capacidade de carga impressionante. O alento é que, pelas leis brasileiras, a RAM 1500 obrigatoriamente terá que levar mais de uma tonelada na caçamba para poder usar o motor turbodiesel no país.
Levando em conta que a versão V6 a gasolina leva modestas 952 kg — menos do que uma Kombi, a 1500 turbodiesel deverá ser homologada para pouco mais de 1.000 kg de carga.
A RAM não deu mais detalhes, mas a expectativa é que a picape mantenha a opção de câmbio automático de oito marchas e tração 4×4 já oferecidas em outras versões.
Outra novidade é que o motor V6 turbodiesel será oferecido em todas as variantes da 1500, incluindo a off-roader Rebel.
Para o Brasil a RAM deve reservar as opções intermediárias da 1500, mas com um pacote de equipamentos generoso.
Isso porque a picape irá disputar na faixa de preço de R$ 200.000, acima da Ford Ranger Limited, Volkswagen Amarok V6 Highline e próximo da Toyota Hilux GR-S.
A única picape que disputaria lado-a-lado com a 1500 seria a Mercedes Classe X V6. Com a desistência da produção na Argentina, porém, o futuro da rival alemã é incerto.