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Grandes Brasileiros: Puma P-018 era a tentativa de salvar a marca

Evolução do GTE, o P-018 não conseguiu salvar as finanças da Puma, mas entrou para a história como o carro mais raro da marca

Por Felipe Bitu
Atualizado em 29 ago 2020, 19h40 - Publicado em 18 set 2014, 19h13
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  • Foram apenas 25 unidades do Puma P-018 em três anos
    Foram apenas 25 unidades do Puma P-018 em três anos (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Orgulho nacional, a Puma passava por um bom momento em meados dos anos 70: consolidado com os esportivos GTE e GTB, a fabricante paulistana fazia a carroceria do bugue Kadron e estudava produzir carros urbanos (Mini-Puma) e caminhões (Puma 4T).

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    Não havia limites para a imaginação da equipe do empresário Milton Masteguin. Só faltavam recursos para viabilizar os projetos.

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    O sucesso dos GTE exportados atestava a qualidade dos esportivos, mas, cientes de seu envelhecimento, a engenharia iniciou o estudo de um modelo com chassi próprio e suspensões modernas (dianteira McPherson e traseira de braço arrastado), com um motor mais potente e moderno, refrigerado a água.

    Atualizadas com o mercado, as soluções vinham quase todas da VW: a suspensão traseira seria a da Variant II e o motor, o BS 1.6 de 96 cv do lendário Passat TS. A suspensão dianteira foi baseada na do Fiat 147. Denominado P-016, o projeto chegou à fase de protótipo, mas foi engavetado em 1982.

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    Em paralelo, Masteguin desenvolveu o P-018 (18° projeto da marca), mais simples que o P-016 e que mantinha chassi e suspensão dianteira (por braços paralelos) da VW Brasilia, incorporando só a traseira da Variant II. O tanque saía da dianteira para a posição central, acima do câmbio, aumentando o porta-malas que ficava na frente sem afetar o centro de gravidade.

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    Lanternas de Brasilia, mas maçanetas e rodas eram exclusivas
    Lanternas de Brasilia, mas maçanetas e rodas eram exclusivas (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Por fora, a escola italiana de desenho ainda dava as cartas: capô baixo e faróis inseridos nos para-lamas eram típicos da marca, mas o para-choque quase reto contrastava com seu antecessor. A traseira mantinha o perfil do GTB S2: as lanternas caneladas vinham da Brasília, mas as maçanetas redondas embutidas e as rodas diferentes (aro 14 na frente e 15 atrás) eram exclusivas do P-018.

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    O motor era o velho 1.6 VW refrigerado a ar, com cilindrada elevada para 1,7 litro, comando de válvulas esportivo Puma P2, dupla carburação Solex 40 e câmbio de relações longas do VW SP2.

    O motor era o tradicional VW a ar aumentado para 1,7 litro
    O motor era o tradicional VW a ar aumentado para 1,7 litro (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Apresentado no Salão do Automóvel de 1981, o P-018 prometia ar-condicionado e vidros elétricos, mas não era capaz de competir com o estilo e desempenho do Miura MTS, que tinha o motor do Passat TS. Assolada pela recessão dos anos 80, a Puma produziu só 25 P-018 de 1981 a 1983.

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    O modelo que ilustra esta reportagem é o número 10 e pertence ao colecionador Christian Lovatto, fundador e diretor do Puma Clube do Brasil: “Após 1983 não houve registro oficial: estima-se que foram montados de 25 a 35 carros por credores que recebiam o P-018 como pagamento ou quitação de dívidas trabalhistas.

    Painel de desenho simples, mas instrumentação é completa
    Painel de desenho simples, mas instrumentação é completa (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Após fechar as portas em 1985, a Puma foi adquirida pela Araucária Veículos, de Curitiba (PR), e em seguida teve os direitos de produção transferidos à Alfa Metais.

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    Renomeado para AM1, o cupê voltou ao mercado em 1988, agora com motor de 1,6 litro, tanque de combustível dianteiro e pequenas alterações estéticas. Inexpressivo, ele abriu caminho para o AM3, que estrearia em 1989 com o motor VW AP-1600, dando fim à mecânica VW a ar.

    Ficha técnica – Puma P-018

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