Nas competições, principalmente off-road, tombos são inevitáveis. Coletes, joelheiras, botas, luvas e capacetes minimizam as consequências das quedas. O maior risco é quando a aterrissagem é de cabeça. Estudos publicados em março de 1996 no Journal of Bone and Joint Surgery, nos Estados Unidos, ajudam a compreender a dinâmica desse tipo de impacto e suas consequên cias. Em termos médicos, é assustador: basta cair de 50 cm de cabeça (na vertical), para que sejam grandes as chances de uma lesão fatal por compressão das vértebras. À medida que o ângulo do impacto aumenta, o risco vai se atenuando. Até os 15 graus, o impacto é crítico. A partir daí, ainda há o risco de lesões musculares, como distensões e entorses.
A fabricante italiana de equipamentos Alpinestars engajou-se na busca de algo capaz de proteger a coluna do motociclista. Depois de anos de pesquisa, chegou ao BNS (Bionic Neck Support, ou suporte biônico de pescoço), apoio cervical que funciona em conjunto com o capacete.
É uma base rígida que envolve o pescoço, apoiando-se sobre ombros, peito e costas. Um material macio fica em contato com o corpo e deforma-se em um impacto. Apenas o capacete entra em contato com a superfície rígida do suporte, distribuindo a força do eventual impacto.
“É importante que o protetor e o capacete sejam do tamanho certo e que se ajuste a altura do equipamento a fim de fixá-lo corretamente em relação ao ombro”, diz Ricardo Asa, gerente de marketing. “Entre o capacete e o BNS devem sobrar no mínimo 4 cm para não haver limitação dos movimentos e para que seus quatro pontos de apoio estejam bem assentados, garantindo que o equipamento atue com mais eficácia.”
O ortopedista e traumatologista Cláudio Lepéra, pós-graduado em medicina esportiva, analisou o protetor em um motociclista com capacete de cross, como na foto. “Ao limitar as torções e os movimentos violentos da cabeça, esse protetor certamente auxiliará na prevenção de lesões da medula e/ou fraturas da coluna vertebral e suas terríveis consequências”, afirma o médico.
O BNS tem preço sugerido de 999 reais na versão testada, de polímero. A versão de fibra de carbono pode custar até o triplo desse valor.
CUMPRE O QUE PROMETE? – SIM
O produto vem sendo testado em laboratórios de todo o mundo, que se utilizam de robôs, e também por pilotos, nas mais diversas modalidades competitivas.
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