Por dentro, VW Nivus é um Polo com volante de Golf e central gigante
Primeiro SUV cupê de volume a ter produção nacional, Nivus herdou detalhes dos hatches Polo e Golf, mas tem central multimídia inédita
A grande aposta, antes mesmo de conhecermos seu nome, era que o VW Nivus seria um SUV menor que o VW T-Cross e derivado do Polo. Pode-se dizer que, de certo modo, o palpite foi certeiro.
Apesar de o modelo inaugurar um novo segmento entre as marcas generalistas no país (o dos SUVs cupês compactos) e ser até maior que o T-Cross em algumas dimensões, ele compartilha para-brisa, teto, portas laterais, caixas de roda e colunas A e B com o Polo.
Também herda do hatch o motor 1.0 turbo flex de 128/116 cv e 20,4 kgfm, o câmbio automático de seis velocidades e até distância entre-eixos de 2,56 m.
O interior segue no mesmo caminho. Comparando as duas versões de topo, o Nivus divide vários itens com o hatch.
Bancos, todos os painéis e guarnições, comandos do ar-condicionado digital, apoios de braço central e lateral com revestimento macio ao toque, manopla de câmbio, saídas de ar e painel de instrumentos digital são os mesmos nos dois modelos.
Uma das diferenças é a nova (e enorme) central multimídia VW Play com tela de 10,1 polegadas, que deve ser de série na versão mais cara “Highline” e que possibilita acesso a internet, download de aplicativos e até a compra de comida pelo carro.
Os botões, que antes ficavam posicionados à esquerda da alavanca de câmbio, agora ficam concentrados nos flancos da nova tela, posicionada acima das saídas de ar centrais.
A abertura da tampa do porta-malas, por exemplo, e até o acionamento do novo sistema Start-stop que equipa o carro passaram a ser feitos pelo monitor.
A segunda diferença é o volante. Embora parecido com o do Polo, o item é novo no Brasil e vem da oitava geração do VW Golf e do elétrico ID.3.
A peça estampa ao centro do cubo o novo logo da Volkswagen – também presente na grade e na tampa do porta-malas – e bordas prateadas que contornam os botões multifuncionais.
Outras diferenças sutis são a faixa preta brilhante acima do porta-luvas – que no Polo e Virtus é cinza – e a perda do suporte para celular na parte de cima do painel.
A ausência deste item, presente em todos os modelos VW, só pode ser explicada pela modernização da central, que dispensa cabos para o espelhamento de celular.
No entanto, o cabo USB será necessário para recarregar a bateria do aparelho, já que o Nivus não conta com carregador por indução, item que já equipa modelos da GM e o Hyundai Creta, por exemplo.
Na segunda fileira, o espaço para as pernas é o mesmo oferecido pelo hatch, 19 cm com o banco do motorista ajustado para um ocupante de 1,85 m. Culpa da distância entre-eixos de 2,56 m, a mesma do Polo.
O espaço interno, no geral, é o mesmo do Polo, mas o SUV cupê tem carroceria 2,75 cm mais alta em relação ao solo, o que muda de maneira sutil o ponto H e a percepção de visão ao dirigir.
A dupla saída de ar para quem ocupa os bancos traseiros é outro ponto positivo herdado do VW Polo turbo.
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