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Os novos carros que a Maserati prepara para se reinventar – mais uma vez

A Maserati está em uma espiral de queda e os planos de relançamento não produziram efeitos. Agora um novo projeto está em curso para salvar a marca

Por Joaquim Oliveira
Atualizado em 26 nov 2020, 10h29 - Publicado em 26 nov 2020, 10h26
O MC20 estreia em versão V6 biturbo de 670 cv (Divulgação/Maserati)

De meia dúzia em meia dúzia de anos acontece: a Maserati tenta se reinventar. Normalmente há uma pequena reação positiva do mercado no primeiro e no segundo ano após o início do “plano de salvação”, mas logo a seguir tudo volta ao mesmo.

Os dois sedãs esportivos Ghibli e Quattroporte – apresentados lá se vão sete anos – e o SUV Levante, de 2016, começaram por conseguir reanimar as vendas da Maserati, mas o estímulo durou pouco e o projetado volume de produção anual de 100.000 unidades não chegou sequer a 20% (em 2019, foram comercializados precisamente 19.300 carros em todo o mundo). 

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Novo plano elaborado, naturalmente afetado pela pandemia que provocou já um atraso de meio ano, os italianos voltam a respirar fundo para um novo projeto de recuperação em todos os níveis: “Este é o tempo para ter coragem”, dizem os executivos da marca, ainda que tenha mais a ver com o fato de estarem entre a espada e a parede. 

Aprendendo com os erros  

O plano é anunciado, glamourosamente, como “folgore” (fulgor, brilho, em italiano), que é realmente do que a Maserati precisa – ou seja, de consistência e determinação para criar um portfólio muito mais completo e dinâmico. O próprio CEO da FCA, Mike Manley, admite que “projetar ciclos de vida de oito anos foi um erro, porque, neste mundo rápido em que vivemos, poucos produtos podem sobreviver e se manter atrativos durante tanto tempo”. 

Por aqui, talvez a fusão com a PSA (que estará selada, ao que tudo indica, até meados de 2021) e a entrada em ação de Carlos Tavares (o português que pegou o falido Grupo Peugeot-Citroën e o transformou em um dos mais lucrativos fabricantes de automóveis do mundo em poucos anos) sejam benéficas para garantir que existe uma estratégia de longo prazo técnica e economicamente bem fundamentada e, ainda mais crucial, que seja cumprida.

Muitos planos, poucas ações  

Primeiro, modelos como o Ghibli terão motor híbrido. (Divulgação/Quatro Rodas)

Há uma mão cheia de anos, o falecido CEO da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Sergio Marchionne, definiu que a Maserati seria a líder em tecnologia de propulsão elétrica dentro do grupo, mas a verdade é que pouco aconteceu para que isso fosse realidade e todos os Tesla e Taycan deste mundo ultrapassaram os Maserati, pela esquerda e pela direita, na autoestrada da eletromobilidade. 

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No entanto, parece que agora vai mesmo acontecer e, em 2022, a Maserati quer ter no mercado os novos GranTurismo e GranCabrio 100% elétricos, mas a verdade é que apenas se sabe que o par está em desenvolvimento em Modena, na região da Emilia-Romagna, e que ambos serão fabricados em Grugliasco, no Piemonte.

É muito pouca informação, tendo em vista que os novos modelos já deveriam estar na fase de testes de validação se a marca italiana quer realmente ter os carros prontos dentro de cerca de 18 meses.

Só depois do Ghibli chegarão os novos Granturismo e GranCabrio 100% elétricos (Divulgação/Quatro Rodas)

Acresce que este mundo dos carros elétricos é território totalmente virgem para a Maserati, que acaba de revelar o Ghibli Hybrid, que terá a companhia do Levante Hybrid no ano que vem, mas que ao contrário do que seria de esperar (ou, pelo menos, recomendável…) não é um plug-in, mas um híbrido leve.

Enquanto marcas como BMW oferecem seus modelos com tecnologia 48V sem fazer grande alarde por isso, a Maserati parece ter despertado de um longo período de hibernação quando o seu presidente, Davide Grasso, anuncia que a marca do tridente terá uma versão eletrificada no futuro, algo que nós cansamos de ouvir de quase todos os fabricantes de automóveis, há meia dúzia de anos…

MC20 elétrico  

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(Divulgação/Maserati)

Há, pelo menos, um pouco mais de informação em relação ao superesportivo MC20, que acaba de ser apresentado mundialmente, cuja produção arranca ainda este ano e que receberá a companhia de uma versão conversível (Spyder) nos próximos 12 a 18 meses.

Só depois chegará um MC20 totalmente elétrico, o que é sinalizado na versão térmica pelas raras tomadas de ar para refrigeração, já que estas são praticamente supérfluas na propulsão elétrica. Ainda assim, a tecnologia de três motores elétricos (sendo um na frente e dois atrás, como o Audi e-Tron S) e um sistema de 800 volts com inversores de silício carbono criam alguma expectativa.

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Os italianos apostam no sucesso do SUV Grecale, do porte do Porsche Macan, derivado da plataforma do Alfa Romeo Stelvio (Divugação/Quatro Rodas)

Importante será a chegada, dentro de um ano, de um segundo SUV, um pouco menor do que o Levante, cujo rival mais direto será o Porsche Macan. Terá versões a gasolina e, mais tarde, 100% elétrica e usará a base técnica do Alfa Romeo Stelvio, que terá que sofrer algumas adaptações para poder receber as grandes baterias que o alimentam. Esse já tem nome: vai se chamar Grecale, um dos oito ventos que sopram do Mar Mediterrâneo, tal como outros Maserati (Levante, Mistral…).

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