A sexta geração do Polo enfim foi apresentada oficialmente (com preços!) no Brasil. Com mecânica moderna, visual (quase) igual ao europeu e cheio de tecnologia, o hatch volta como a maior aposta da Volkswagen no país nos últimos anos junto do sedã Virtus, confirmado para o primeiro trimestre de 2018.
Partindo de R$ 49.990, o novo Polo chega com preços competitivos frente ao Hyundai HB20 e Fiat Argo, que parte de R$ 46.800 mas ainda não viu suas vendas decolarem.
Segundo a VW, a pré-venda começa a partir de agora pela internet. A previsão das primeiras entregar ainda não foi divulgada.
Com três opções de motores e duas de transmissões, o Polo é oferecido em quatro versões diferentes. A configuração de entrada, batizada apenas de 1.0 MPI, custa R$ 49.990 e é equipada com o conhecido motor 1.0 de três cilindros do Up!, com 84/75 cv e 10,4/9,7 mkgf com etanol/gasolina, sempre com câmbio manual de cinco marchas.
Com esse conjunto, a Volkswagen diz que o modelo vai de 0 a 100 km/h em 13,3 segundos quando abastecido com etanol, o que indica uma relação de marchas bem curta.
De série, o modelo é equipado com ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos nas quatro portas, travas elétricas, quatro airbags (dois dianteiros e dois laterais), Isofix, faróis com dupla parábola, computador de bordo, suporte para smartphone no topo do painel com USB para recarga, regulagem de altura do banco do motorista e chave tipo canivete.
Os mesmos itens equipam a versão 1.6 MSI, que sai por R$ 54.990 e se diferencia pelo motor maior: com 1.6 litros e 16 válvulas, são 117/110 cv e 16,5/15,8 mkgf com etanol/gasolina (os números são ligeiramente inferiores à configuração utilizada no Golf e no Fox/Spacefox, por questões de mapeamento).
Sempre com câmbio manual de cinco marchas (e não seis, como no Fox), o modelo vai de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, de acordo com dados da fabricante. Além dos equipamentos, o acabamento é o mesmo para as versões 1.0 MPI e 1.6 MSI (que adotam apenas estas nomenclaturas), com acabamento claro, na cor cinza, e bancos de tecido.
Para ambas as versões mais em conta, a Volkswagen oferece dois pacotes opcionais. O primeiro adiciona central multimídia Composition Touch com tela sensível ao toque de 6,5 polegadas, entrada USB, conexão Bluetooth e integração com Mirror Link e Android Auto, rodas de liga leve Viper aro 15 e controle de estabilidade.
Já o segundo pacote traz apenas o controle de estabilidade, que também adiciona sistema de secagem dos discos de freio dianteiros. Os preços dos opcionais ainda não foram divulgados pela marca.
Logo acima, a versão Comfortline já traz o mesmo conjunto mecânico 1.0 TSI da topo de linha Highline, diferenciando-se por acabamento e conteúdo. No caso da Comfortline (R$ 65.190), o interior tem materiais de cores e texturas contrastantes, com porções em cinza e preto, além de peças com acabamento brilhante no centro do painel.
Além dos itens presentes nas versões de entrada, a Comfortline adiciona controle de estabilidade com bloqueio eletrônico do diferencial, freios a disco nas quatro rodas, coluna de direção com ajustes de altura e profundidade, faróis de neblina com auxílio em curvas, central multimídia Composition Touch, bancos traseiros bipartidos, rodas de liga leve aro 15, retrovisores elétricos, sensores de estacionamento traseiros, descansa braço dianteiro, volante multifuncional e lanternas escurecidas.
Para ele, também serão oferecidos dois kits de opcionais. O primeiro acrescenta sistema de chave presencial para travamento, destravamento e partida do veículo, retrovisor interno eletrocrômico, sensores de estacionamento dianteiros, aletas para troca de marchas atrás do volante, farol com ajuste automático de intensidade, rodas de 16 polegadas e piloto automático.
O segundo inclui ar-condicionado digital (de apenas uma zona), câmera de ré, frenagem automática pós-colisão, aletas para troca de marchas atrás do volante, faróis automáticos, sensores de chuva, detector de fadiga, indicador de pressão dos pneus e detalhes em preto brilhante. Os preços dos pacotes não foram divulgados.
Por fim, a versão mais cara, Highline, que já dirigirmos e custa R$ 69.190 e traz de série, além dos itens da anterior, piloto automático, sensores de estacionamento dianteiros, partida do motor por botão, duas portas USB, luzes diurnas em led, ar-condicionado digital, volante revestido de couro e porta-luvas refrigerado.
Ele também tem dois pacotes opcionais: um com indicador de pressão dos pneus, retrovisor interno eletrocrômico, sensor de chuva, faróis automáticos, câmera de ré, detector de fadiga, frenagem automática pós-colisão e central multimídia Discover Media com tela sensível ao toque de 8 polegadas, GPS, comandos de voz, sensor de aproximação, USB, Bluetooth e conexão com Android Auto, Apple CarPlay e Mirror Link.
O outro traz rodas de liga leve de 17 polegadas e o tecnológico quadro de instrumentos digital, semelhante ao utilizado nos Audi, com tela de 10,25 polegadas de alta definição com todas as informações de condução e navegação dispostas em formato personalizável, além da disponibilidade de visualização 2D ou 3D.
Tanto a versão Comfortline, quanto a Highline, acrescentam à nomenclatura a sigla 200 TSI ─ em referência aos 200 NM de torque (o equivalente a 20,4 mkgf) e ao sistema de turbo com injeção direta do motor. Apesar de herdado do hatch médio, o motor 1.0 turbo tem uma calibração mais potente em relação ao utilizado no Golf e no Up!.
No Polo, são 128/115 cv com etanol/gasolina e 20,4 mkgf independentemente do combustível utilizado, entre 2.000 e 3.500 rpm. Sempre com transmissão automática de seis marchas, o modelo vai de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos com etanol, segundo a Volkswagen. Esta configuração é a mais potente entre todos os 1.0 TSI utilizados pela VW no planeta.
Visualmente, o Polo brasileiro tem singularidades pontuais em relação ao europeu, sendo o para-choque dianteiro a principal delas. Além dos vincos diferenciados, a peça dá mais esportividade ao modelo pela maior abertura central, reforçada pelas bordas mais largas.
Os faróis, apesar de manterem o mesmo formato, têm um novo arranjo interno que dispensa a faixa de leds sublinhando as parábolas de luz. Na parte de trás, apenas as lanternas tiveram a iluminação alterada, também deixando de lado os leds em favor de lâmpadas convencionais.
Já em relação ao antigo Polo, vendido no Brasil até 2015, o novo cresceu ─ e muito. Ele tem, a mais, 16,7 cm no comprimento, 10 cm no entre-eixos e 10 cm na largura. Entretanto, o hatch ficou 2,1 cm mais baixo para reforçar seu caráter esportivo. O porta-malas tem 300 litros de capacidade. Mesmo com todos os acréscimos nas medidas, ele é 44 kg mais leve quando comparado ao seu antecessor.
Isso se deve, além da utilização de motores menores, à sua construção mais leve, com aços especiais de alta e ultra-alta resistência em mais de 50% da estrutura. A utilização de aço conformado a quente, mais resistente e leve em relação às chapas de aço convencionais, estão em 18,5% da estrutura do novo Polo, como no assoalho.
A CONCORRÊNCIA
Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Citroën C3 e Peugeot 208 estão na mira do novo Polo. Todos eles ocupam a vasta faixa entre os R$ 43.000 (no caso do HB20, o mais barato da turma) e os R$ 74.490 (para o 208 Urbantech 1.6). Nenhum, porém, oferece conjuntos mecânicos e equipamentos tão modernos quanto o hatch da Volkswagen.
A grande rivalidade do Volks se estabelece entre Ford Fiesta e Fiat Argo. Enquanto o primeiro é o único com mecânica capaz de brigar com o Polo 200 TSI, o segundo é o mais novo do mercado, com soluções contemporâneas para a categoria.
Na versão de entrada, o Fiesta tem preço mais atraente em relação ao Polo. São R$ 53.660 para o SE com motor 1.6, câmbio manual e lista de equipamentos semelhante ─ exceto pela ausência dos quatro airbags.
No VW, o 1.6 MSI custa R$ 54.990. Na versão intermediária, a briga fica mais acirrada. Os R$ 65.190 do Polo Comfortline 200 TSI se confrontam com os R$ 66.090 do Fiesta SEL com motor 1.0 turbo EcoBoost, sem os quatro airbags.
No topo da linha, o Titanium com motor turbinado custa R$ 73.990, ante os R$ 69.190 do Polo Highline. Dessa vez, porém, o Fiesta passa a ter sete airbags, contra os quatro do novato rival.
Mas quem deve ser o principal concorrente do Polo é o Argo. O hatch da Fiat chegou há alguns meses com boa proposta e preços interessantes. Com motor 1.0 de três cilindros, ele parte de R$ 46.800 na versão Drive sem nenhum opcional. O 1.3 Drive, equivalente ao Polo 1.6, não custa menos de R$ 53.900 e tem como opção o câmbio automatizado GSR, saindo por R$ 58.900.
Para brigar com o Polo Comfortline TSI (R$ 65.190), o Argo tem a versão HGT 1.8 manual por R$ 64.600, enquanto o HGT 1.8 automático bate de frente com o Polo mais caro, de R$ 69.190.
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