Novo Renault Captur: o que deve ser trazido do SUV europeu ao Brasil
SUV compacto nacional herdará arquitetura, motor, visual e tecnologias do primo europeu, estrela solitária da marca no Salão de Frankfurt
O Salão de Frankfurt ainda é considerado um dos maiores do mundo, mas já não é tão grande como no passado.
Neste ano a BMW abriu mão de seu pavilhão exclusivo para compartilhar o mesmo teto com Land Rover, Opel, Hyundai e Alpina. Aston Martin, Toyota, Suzuki e Mazda abriram mão do evento.
A Renault participa, mas não dá para dizer que tem um stand no evento.
A participação da fabricante francesa se resume a uma unidade da nova geração do Captur estacionada e trancada sob acessórios, itens de personalização e objetos, em uma via de passagem entre os pavilhões.
A intenção é convidar os transeuntes a configurarem o carro usando realidade aumentada. A interação com o carro é toda digital.
É pouco para um carro com mais de 1,5 milhão de unidades vendidas em mais de 90 países, e que evoluiu bastante nesta segunda geração.
Agora baseado na plataforma CMF-B, ganhou 11 cm a mais no comprimento e 81 litros extras de volume no porta-malas.
Desta forma reduz pela metade a diferença de 20 cm no comprimento entre a geração anterior e o Captur brasileiro, derivado da plataforma B0 do Duster.
Com ela, introduziram a oferta de sistemas semiautônomos, uma central multimídia com tela estilo tablet de 9,3 polegadas e internet 4G a bordo.
O quadro de instrumentos foi substituído por telas, que podem ter 7 ou 10 polegadas.
Alguns dos novos equipamentos já estão no Nissan Kicks brasileiro, caso da câmera de 360 graus e da frenagem autônoma de emergência.
Mas vai além, com piloto automático adaptativo, assistente de estacionamento, sensores de estacionamento laterais, auxílio à manutenção em faixa e leitor de placas.
Além disso, há uma versão híbrida que pode ser recarregada em tomadas.
Ela roda até 45 km e atinge velocidade máxima de 135 km/h em modo 100% elétrico. Terá um motor 1.6 e dois elétricos, mas seus números de potência e torque ainda não foram revelados.
Os motores a gasolina são da família TCe, com turbo e injeção direta: 1.0 três-cilindros de 100 cv e 1.3 quatro-cilindros em calibrações de 130 e 155 cv. É este motor o que mais interessa ao Brasil.
QUATRO RODAS apurou que o novo Renault Captur deverá ser o responsável pelo lançamento do motor 1.3 TCe no Brasil, mas isso só deverá acontecer entre 2021 e 2022.
Em vez de passar por breve atualização visual no Brasil, o SUV já deverá partir para uma nova geração, com direito a plataforma atualizada para a arquitetura modular CMF.
O novo Captur brasileiro deverá manter as dimensões avantajadas frente ao europeu.
Mas, como hoje, seguirá à risca o design europeu, com faróis e lanternas em forma de C e detalhe cromado na coluna C como elementos mais marcantes.